quinta-feira, maio 31, 2007
Papoilas
a Fonte 109
la chanson
Sans but, au loin et au hasard
De port en port, de gare en gare
Pour effacer les cris stridents de ma mémoire
Et tenter un nouveau départ
Je pars.
Lisboa je fuis
Vers l'incertain, vers l'infini
Vers des ailleurs chercher l'oubli
Comme un fuyard traqué, comme un proscrit.
J'ai gâché l'amour et détruit
Ma vie.
(Charles Aznavour, 2003)
quarta-feira, maio 30, 2007
Flor esta 2
Algum dia o poema será a buganvília
pendente deste muro da Calçada da Graça.
Produz uma semente que faz esquecer os jornais, o emprego e a família,
e além disso tudo atapeta o passeio alegrando quem passa.
Mas antes desse dia há-de secar a buganvília
e o varredor há-de levar as flores secas para o monturo.
Depois cairá o muro.
E como o tempo passa
mesmo contra a vontade,
também há-de acabar a Calçada da Graça
e o resto da cidade.
Então, quando nada restar, nem o pó de um sorriso
que é o mais leve de tudo que se pode supor,
será esse o momento de o poema ser flor,
mas já não é preciso.
(António Gedeão)
Vista daqui 29
Um craveiro numa água-furtada
Cheira bem, cheira a Lisboa!
Uma rosa a florir na tapada,
Cheira bem, cheira a Lisboa!
A fragata que se ergue na proa,
A varina que teima em passar,
Cheiram bem porque são de Lisboa,
Lisboa tem cheiro de flores e de mar!
(Carlos Dias)
a Fonte 108
terça-feira, maio 29, 2007
Flor esta
Da rosa pode ter a cor
E mais os seus espinhos
Fortes, afiados e compridos
Quando picam, ui que dor
Toca a chupar o dedinhos
E tomar uns comprimidos.
Como esta do meu quintal
Que sobe por todo o lado
Cresce de qualquer maneira
Não cheira bem nem mal
Nem precisa muito cuidado
A famosa vulgar trepadeira.
O seu nome Buganvília
Que não significa nada
Era o nome de família
de Antoine Bougainville
que a trouxe importada
p´rá Europa, lá do Brasil.
(Bicho Solitário, Maio, 2007)
Vista daqui 28
Em Lisboa, a minha cidade!
Varandas, vasos com flores;
Craveiros de todas as cores,
Jogos de sombra e claridade.
segunda-feira, maio 28, 2007
a Fonte 107
a Fonte 107A
Vista daqui 27
P'las ruas estreitinhas
Os becos e escadinhas,
E as vielas e travessas.
Largo de Sto. Antoninho.
Na tasca provei o vinho,
Nada mau, podia ser pior.
Em busca de um passado
Noutro tempo enterrado.
Ah. Não tenho melhoras.
Agora! Ou vai ou racha:
Eu gosto de viver assim
Sempre a fugir de mim.
Isto é conversa de xaxa.
(O Bicho Solitário, 2007)
o Zepelin
GENI E O ZEPELIN
Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo - Mudei de idéia
- Quando vi nesta cidade
- Tanto horror e iniqüidade
- Resolvi tudo explodir
- Mas posso evitar o drama
- Se aquela formosa dama
- Esta noite me servir
Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela
- e isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão
Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni
("Ópera do Malandro", Chico Buarque)
domingo, maio 27, 2007
a Fonte 106
sábado, maio 26, 2007
Outra Cascata
(Parque de Monserate, Serra de Sintra)
Estava quase a acabar um poema,
Quando se desligou esta porcaria.
Estou a ficar farto deste esquema,
De escrever ligado a uma bateria.
Na tal poesia que eu tinha feito,
Nem sequer falava sobre mim,
Nem das mágoas do meu peito. Já sei, era mais ou menos assim:
Pelas negras pedras de basalto,
Que represam as águas do lago,
Escorrem fios de água lá do alto,
Como a teia, tecida por um mago.
("Escrita em dia", OBicho, Maio 2007)
Vista daqui 26
Amanhecer LXXVII
Esta água que escorre pela vertente noroeste da Serra de Sintra,
sexta-feira, maio 25, 2007
a Fonte 103
Na Ericeira, chamam-lhe a Fonte do Cabo.
É mais antiga c'ó caraças!
Diz-se que foi construída em 1457 - ano em que foi fundada a Capital do Japão - Tokyo.
Simetrias
(Fotociclista nas Minas de Aljustrel, 2006)
____________
"Capicua?"
"Ó Pai, mas que raio de bicho é esse, de que eu nunca ouvi falar?"
Perguntava-me à bocadinho, o Miguel (9 anos), quando eu parei o carro na berma da estrada e lhe disse:
"Bilo, olha aqui, uma capicua!"
Depois, é claro, tive que explicar:
Não é nenhum bicho. Chama-se capicua a um número que apresenta sempre o mesmo valor, lendo-o da esquerda para a direita ou ao invés ().
Olha o conta kilómetros do meu carro. Marca 189.981 kms - isto é uma capicua perfeita, uma simetria completa de 3 pares de algarismos.
Também há frases que apresentam as mesmas propriedades de simetria, na leitura, como por exemplo a expressão brasileira "SUBI NO ONIBUS", mas acho que não se designam capicuas.
Brejeirices
Passei de longe para ver se não te via
Se me esquecia do teu doce bamboleio
Mas por má sorte caminhaste para mim
Olhos gulosos e assim
Com o vento a colar teu seio
Amor de verão que foi no tempo das colheitas
E o teu perfume tinha a naturalidade
De quem descansa dos trabalhos e maleitas
Nos derriços mais gostosos de uma breve mocidade
Mas da seara cortada fez-se farinha
Dessa farinha com fermento fiz o pão
Ficou-me ao peito essa trigueira rainha
Que me roubou alegria ao meu canto e coração.
(rifão)
Olha a perninha, a perninha da menina
Olha a perninha, a perninha a dar a dar
Cabeça não tem juízo e a perna é que vai pagar
Cabeça não tem juízo e a perna é que vai pagar.
(Pedro Barroso)
quinta-feira, maio 24, 2007
a Fonte 102
Dia 24
(Antigo relógio da Estação de Comboios - Vila da Chança)
Passou o dia vinte e três
E o cheque ainda não veio.
Parece-me que este mês,
Temos atraso no correio!
Estou a ficar preocupado.
Mas, que terá acontecido?
Já sinto que estou lixado,
Quer dizer,"estou fodido"!
E com esta linguagem fixe
Parece que chegou a hora;
Quero que isto tudo se lixe.
Já acabei, vou-me embora!
("Escrita em dia", OBicho, Maio, 2007)
quarta-feira, maio 23, 2007
Senha 30
(São não sei quê, Igreja de S. Roque - Lisboa)
Estou à espera do médico
Numa consulta da "Caixa".
É um problema ortopédico,
Vou pedir um mês de "Baixa".
Tive um acidente de bicicleta;
Caí ao chão, bati com a "tola".
Num ápice fiz uma omeleta,
Com os ovos, dentro da sacola.
Vou pedir à minha vizinha,
Para me aliviar este "stress"
Que me dê uma ajudinha
Para aquilo que me apetece.
Até que enfim, vou embora
Chamaram o número trinta;
Porreiro, foi mesmo na hora,
Esta caneta ficou sem tinta!
("Sr. que se segue!", Maio, 2007)
Paralelas
muito paralelamente
iam passando entre estrelas
fazendo o que estava escrito:
caminhando eternamente
de infinito a infinito.
Seguiam-se passo a passo
exactas e sempre a par
pois só num ponto do espaço
que ninguém sabe onde é
se podiam encontrar
falar e tomar café.
Mas farta de andar sozinha
uma delas certo dia
voltou-se para a outra linha
sorriu-lhe e disse-lhe assim:
«Deixa lá a geometria
e anda aqui para o pé de mim...»
Diz a outra: « Nem pensar!
Mas que falta de respeito!
se quisermos lá chegar
temos de ir devagarinho
andando sempre a direito
cada qual no seu caminho!»
terça-feira, maio 22, 2007
a Fonte 101
Bichoman
Ganda treta!
segunda-feira, maio 21, 2007
a Fonte 100
Vendo bem, a medida (tirando os horários) até é acertada pois é, no mínimo, complicada a circulação simultânea de gente de todas as idades:
- a caminhar,
- a marchar,
- a correr,
- a trotar,
- de patins,
- de "skate",
- de trotineta,
- de triciclo,
- de bicicleta
Acredito, sinceramente que, por vezes se torna um bocado perigoso.
MAS... PORÉM, TODAVIA, CONTUDO, existem alguns... CONTRA!
domingo, maio 20, 2007
o Desertor
Je vous fais une lettre
Que vous lirez peut-être
Si vous avez le temps
Mes papiers militaires
Pour partir à la guerre
Avant mercredi soir
Je ne veux pas la faire
Je ne suis pas sur terre
Pour tuer des pauvres gens
Il faut que je vous dise
Ma décision est prise
Je m'en vais déserter
..
(Boris Vian, 1954)
sábado, maio 19, 2007
Amanhecer LXXVI
Ao chegar a Manhattan, fui completamente surpreendido pois não sabia que durante todo esse dia, poderia palmilhar os 14 quarteirões da 7ª Av. fechados ao trânsito automóvel e inteiramente ocupados por bancas de feira - a maior Feira da Ladra que eu vi até hoje.
E comprei lá muitas coisas. Fiquei autênticamente embasbacado com aquele New York City Street Summer Festival. Foi das coisas que mais apreciei na Big Apple - antes da visita nocturna ao Scores, é claro.
Só lá estive uma vez mas tenho saudades dos contrastes de New York City.
sexta-feira, maio 18, 2007
o Eremita
Há uma espécie de Caranguejo, o Eremita,
que tem por hábito fazer a ocupação selvagem de conchas desabitadas, fazendo delas a sua casa permanente.
Este pequenino Santo António (com o respectivo menino ao colo) parece que resolveu ocupar o nicho, que foi despojado do seu antigo inquilino, numa esquina da Rua de S. Paulo, próximo do Largo de Sto. Antoninho, em Lisboa.
Ciclos de Vida 1
Vale do Jamor
Já tenho a minha bicicleta arranjada - 30€ de reparação (*).
Por acaso, nunca por lá passei em dia de festa; pode ser que seja desta..?De passagem, entre Carnaxide e Queijas, dá para ver que a Irmandade da Nossa Senora da Conceição da Rocha tem tudo pronto para as festas - só falta uma semana para a romaria (e feira) anual.Em tempos que já lá vão, na última semana de Maio e primeira de Junho, havia imensos peregrinos que aqui acorriam a visitar a gruta onde, dizem, terá aparecido a imagem da Sra.
quinta-feira, maio 17, 2007
a Fonte 99
Bicho na Flor
Caracóis, são bichos móis.
Quais, quais,
Oliveiras, olivais,
Pintassilgos, rouxinóis,
Caracóis, bichos móis,
Morcegos, pássaros negros,
Trambolas, galinholas,
Perdizes, codornizes,
Cartaxos e pardais,
Cucos, milharucos,
Cada vez há mais!
(Moda Alentejana)
quarta-feira, maio 16, 2007
o Soneto
Acordei, não se via nada.
Será de noite? Fui à janela.
Ora gaita, estava fechada,
Tive que acender uma vela.
Levantei-me de madrugada
Deviam ser umas três e tal
Comi pão, queijo e marmelada
E bebi uma cerveja Imperial.
Sentia uma fome do caraças
Para tomar o pequeno-almoço
Mas já não havia mais carcaças.
Fui à rua comprar mais pão.
Ali, escorreguei num caroço
Espalhei-me todo no chão.
(Bicho Solitário, Maio 2007)
o Objectivo
Para perseguir esse objectivo, deixei tudo, mudei tudo, comecei de novo uma vida renovada, reconstruída do nada.
O verdadeiro conforto, então, não era propriamente uma questão física;
também não era coisa que estivesse exclusivamente ao alcance do espírito;
era fundamentalmente uma questão sentimental - sentimentos não se explicam;
diz o povo - "o amor não dura p'ra sempre" - com razão ou talvez não, pois há sentimentos inesquecíveis!
Agora, próximo do regresso ao nada, no termo da grande viagem - "no comboio descendente, de Queluz à Cruz Quebrada" - uma vida (em busca do prazer) vivida em função de nada - de quem não consegui, nunca, satisfazer.
a Fonte 97/98
terça-feira, maio 15, 2007
Vida de nada
Pois, para mim, isso é uma verdade!
Mas para aqueles que me rodeiam,
Aqueles a quem eu quero bastante,
Que são o objectivo da minha vida,
Para eles, isso não serve, não chega:
"Vida de pequenos nadas, não é nada!"
Estou triste, desolado, cada dia mais
Solitário, desinteressado da realidade
Que não se adapta à minha idade (?)
Poderia pensar assim, dessa maneira,
Mas não, não é essa a verdadeira razão
pois, a idade já não me interessa mesmo;
o meu principal problema é esta vida,
que não condiz com a minha mentalidade!
Não me apetece dizer mais nada, nem
fazer mais nada, vou sair, vou-me perder
por aí, por uma estrada qualquer, até...
ao Estoril, para começar, ou acabar..?
E depois... vou voltar! Nada mais.
pequenos nadas
A vida é feita de pequenos nadas
Muito boa noite, senhoras e senhores
muito boa noite, meninos e meninas
muito boa noite, Manuéis e Joaquinas
enfim, boa noite, gente de todas as cores
e feitios e medidas
e perdoem-me as pessoas
que ficaram esquecidas
boa noite, amigos, companheiros, camaradas
a vida é feita de pequenos nadas
a vida é feita de pequenos nadas.
segunda-feira, maio 14, 2007
a Fonte 96
É caso para pedir a Santa Lúcia - a protectora dos olhos - que proteja os olhos dos turistas, que aqui acorrem diariamente à procura de uma vista que já não é vista há muito tempo.
Vista daqui 24
sábado, maio 12, 2007
Amanhecer LXXV
O amanhecer, hoje está difícil.
O tempo, parece estar de resssaca, como eu.
O resultado de uma noite inteira de comidas e muitas bebibas.
Deitei-me cedo, bastante cedo, às 6:30 da madrugada e acordei tarde, tarde e a más horas.
Mal disposto, com má cara, estou eu, igualzinho ao tempo que faz, aqui no Vale de Colares, nesta manhã de Sábado.
A cabeça pesada, a vista nublada - tal e qual este Ceu, carregado de nuvens que ameaçam chuva.
Mal consigo pensar - gaita p'ra isto!
A minha vizinha parece que acordou numa onda de "Rock & Roll" - ligou os Decibeis todos e acordou-me também a mim.
São 11 da manhã, vou tomar uma Aspirina e vou tentar dormir mais um bocadinho...
sexta-feira, maio 11, 2007
a Fonte 95
Descalça vai para a fonte
Leonor, pela verdura:
Vai formosa , e não segura...
Leva na cabeça o pote,
O têsto nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Saiinho de chamalote.
Traz a vasquinha de cote
Mais branca que a neve pura;
Vai formosa ,e não segura
Descobre a touca a garganta;
Cabelos de ouro entrançado,
Fita de côr de encarnado,
Tão linda, que o mundo espanta,
chove nela graça tanta,
Que dá graça à formusura:
Vai formosa, e não segura.
(Luís de Camões, 155X)
os Amigos
Portugal no Coração
Portugal foi a razão
Por que um dia morreu meu irmão
Mas também é coração
A bater nesta canção
Não sei bem de quem eu nasci
Não descobri nem pai nem mãe
Só sei que já nasci aqui e foi aqui
Que eu fui alguém
Digo tudo quanto eu sou
Serei criança ou malmequer?
Tenho apenas o que eu dou:
Este lugar que ninguém quer
Neste país onde estou
Serei tudo quando eu fizer
Este povo a que me dou
Não é homem nem mulher
Portugal é querer dar a mão
Sermos amigos, termos pão
Portugal é ter a vontade
De acabar com a saudade
Para o povo entender liberdade
Portugal é uma nação
Onde vive o meu irmão
Portugal, ai meu amor
Coração desta minha canção
Bate, bate coração
Para termos a vida melhor.
(Ary dos Santos, 1977)
quinta-feira, maio 10, 2007
Vista daqui 22
Pois, mas não é - trata-se da porra de uma seringa descartável, daquelas que nós, decentes cidadãos ordinários, comuns contribuintes, oferecemos aos agarrados para se injectarem em melhores condições de higiene e segurança, utilizando sempre seringas novas e não partilhadas, que vão buscar de borla, às farmácias.
Mas então, o Zé Povinho, para facilitar a vida aos janados, paga do seu bolso as seringas que eles utilisam e em seguida deitam fora em qualquer lado, sem pensarem em mais ninguém? Os filhos da... mãe.
Esta estava num jardim público, mas já tenho encontrado muitas merdas dessas enterradas na areia da Praia das Maçãs.
Quando penso que uma qualquer criança se poderá picar na puta da seringa que um cabrão de um drogado larga no meio do chão, fico mesmo fodido de todo!
Afinal, que merda vem a ser esta? Ao protejer os mais incapazes (os desgraçados, com um futuro bastante duvidoso) estamos a pôr em perigo a vida dos mais importantes - os inocentes que serão o nosso futuro mais promissor.
o Batedor
- Como é que é possível acontecer uma coisa destas, em pleno centro da capital do país mais pacífico da Europa? Como é que se perderam os tão apregoados brandos costumes da minha terra?
- Porque no fim do dia, depois de desocupados os escritórios e encerradas as lojas, fecham os restaurantes, e toda a antiga zona nobre da cidade é abandonada e fica quase deserta - entregue à bicharada.
Poema Esquecido
Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...
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Não consigo escrever. Na cabeça tenho montes de imagens. Sobreposições de fotografias. Algumas que foram captadas e fixadas em filme negati...
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FREIXO DE ESPADA À CINTA Visitei a Igreja Matriz, com todo o vagar de que dispunha, antes da hora de celebração da missa. Observei os po...