segunda-feira, março 31, 2008

Piedade

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Pietá no pórtico da entrada de uma capela em Viana do Castelo.
"...virei costas à Galiza,
voltei-me antes para o mar
Santa Marta, saias negras
tem vidrilhos de luar
dancei a Gota em Carreço
o Verde Gaio em Afife
dancei-o devagarinho
como a lei manda bailar
dancei em Vila a Tirana
e dancei em todo o Minho
e quem diz Minho diz Viana..."
(Pedro Homem de Melo)

domingo, março 30, 2008

a Fonte 219



VIANA DO CASTELO

Fonte quinhentista, encomendada pela Câmara Municipal a João Lopes, o Velho.
Demorou quase uma década a construir, devido principalmente à falta de verbas.


Partamos de flor ao peito
que o amor é como o vento
quem pára perde-lhe o jeito
e morre a todo o momento.

Se o meu sangue não me engana
como engana a fantasia
havemos de ir a Viana
ó meu amor de algum dia


(Pedro Homem de Melo)

sábado, março 29, 2008

Amanhecer CIX

PODE AMPLIAR
Cores quentes da Natureza,
um conforto
de Sábado de Primavera,
para a alma e o corpo.

Pode ser que o Sol regresse...
- Ah! Que venha para ficar
Neste jardim à beira-mar.

Isso sim, a gente agradece.

quinta-feira, março 27, 2008

Alento

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"Há que ter mais alento!
Nunca se perde uma batalha antes de a termos começado."

Bem lembrado, pela Maria, a 1ª, a Zezinha, do Porto.
Mesmo a calhar, eis um postal da Praça Mouzinho de Albuquerque (Rotunda da Boavista) com o monumento aos heróis da Guerra Peninsular.

quarta-feira, março 26, 2008

a Fonte 218


Porto, 1920.
Há muitos Pombos e muitas Histórias à volta deste chafariz, mas não sei nenhuma, porque Eu num tibe tempo para ficar um vocadinho à cumbersa com os associados d"Os Passarinhos da Ribeira", que me convidaram para beber uns canecos na sede da associação cultural e recreativa ali mesmo ao lado.

segunda-feira, março 24, 2008

a Grua


Ontem, à saída da estação do Metro na Casa da Música,
guardei, para mostrar aqui, esta imagem acompanhada de uma estranha sensação - uma angústia - que não tem nada a ver com a dita casa nem com a música, que não vem a propósito de coisa nenhuma, mas senti...

Senti uma grande ansiedade, um receio de que, da próxima vez (e já faltam poucos dias) que passar aqui pelo Porto, venha a precisar de uma grua com muita força, para me levantar do chão.

domingo, março 23, 2008

a Fonte 217


fim de tarde,
cruzei o Douro
na foz o sol arde
reflexos de ouro
desci à Ribeira
estavas sentada
numa cadeira,
da esplanada,
ali à beira do rio
apesar da aragem
e não tinhas frio.
passeavas o olhar,
p'la outra margem
pela velha ponte
e a Serra do Pilar
lá no alto do monte.

(Páscoa 2008)

quinta-feira, março 13, 2008

do passado



Tenho medo do encontro
com o passado que volta
ao encontro da minha vida.

Tenho medo das noites
povoadas de recordações
encandeiam os meus sonhos.


(..de um Tango de Carlos Gardel)

quarta-feira, março 12, 2008

uma aberta


pois... é mesmo assim,
são as coisas desta vida
às vezes dou por mim
num beco sem saída,

encontro uma abertura
vislumbro no horizonte
uma fuga da amargura
a promessa duma ponte

para outra vida, incerta
tal as pedras da calçada
ou há uma porta aberta
acolhendo alma penada

há poesias* para refazer, ou então para apagar, logo, como esta, se calhar, é coisa que vamos ver... acho que não presta.
(*)
poesia, isto?
é força de expressão,
eu estava era a gozar;
são só frases a rimar,
umas sim e umas não.

terça-feira, março 11, 2008

a Fonte 216

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Serve mesmo a calhar para este dia, em que quero lembrar o Março de 75, precisamente no dia 11, em Portugal, teve lugar uma grande rebaldaria.
Tudo por causa de um velho General, inventor de uma vergonhosa Maioria a que chamaram de Silenciosa - era o Spínola, o do Monóculo, o careca, que foi o dono da Quinta onde hoje encontrei esta fonte seca.

Beco da Bela



A correr p'las ruas d'Alfama,
Gaita! Fiquei lixado da vida.
Perdido num beco sem saída,
Em busca de uma bela dama.

Olhei para cima. Lá está ela
Naquele seu ar provocador
Sorrindo-me com despudor
Através do vidro da janela.

Toma lá! É par'aprenderes,
A não andar aí pelas vielas,
Tonto, a perseguir donzelas.
Velhote! O qu'é que queres?

Não faz mal, volto para trás
E vou passear pela avenida.
E tu, fica para aí escondida.
Ora bolas! Deixo-te em paz.

segunda-feira, março 10, 2008

Poesia da treta

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Há um caderno e uma caneta,
que levo comigo a todo o lado,
para quando me sinto inspirado,
escrever meus poemas da treta.

Às vezes parece que sou poeta,
ao fazer rimas todo o santo dia.
Mas isso não passa duma mania.
Eu gosto é de andar de bicicleta!

Porém, hoje está de chuva, faz frio.
Eu, neste dia invernoso desgraçado,
Fico por aqui, ao computdor sentado.
Não posso ir pedalar pela beira-rio.


(Lisboa, Março 2008)

domingo, março 09, 2008

a Fonte 215

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A Câmara Municipal de Lisboa, mandou construir em 1851, para fornecer de água o Campo Pequeno e arredores.

Agora já não deita água, mas, obviamente, também não faz falta.
Este grande chafariz, escondido das vistas, no fundo de uma rua sem saída (R. de Entrecampos) está, ainda assim muito bem conservado - até admira!!!

sábado, março 08, 2008

Amanhecer CVIII

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Dia da Mulher


Hoje, não é um dia como outro qualquer,
convém lembrar se alguém se esqueceu,
que este é o dia internacional da mulher.
Para ela uma flor cor-de-rosa. Ofereço eu.

sexta-feira, março 07, 2008

Rua da Saudade

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entre Alfama e o Castelo, no nº 23,
viveu José Carlos Ary dos Santos,
o Poeta Original

Original é o poeta
de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um
por todos a quem a sorte faz
devorar um jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.

quinta-feira, março 06, 2008

a Fonte 214

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(antiga Quinta do General António de Spínola, em Massamá)

Na parede lateral pode ver-se o que resta de um pobre coitado
de um humano que não percebeu o que está escrito no Aviso:

"ÁGUA IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO".

Para toda a gente perceber, devia estar lá escrito:

"ESTA ÁGUA NÃO PRESTA PARA BEBER".

quarta-feira, março 05, 2008

Olhar a Natureza


Experimentem "Olhar a Natureza" através da objectiva do amigo Francisco Calado.
para apreciar algumas imagens (não é o caso desta que é minha) do excelente trabalho de FOTOGRAFIA DA NATUREZA E DA VIDA SELVAGEM.

Morgado da Ota

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O brasão dos Figueiredos sobre uma janela do Palácio de Belmonte, no Bairro do Castelo.

Rui de Figueiredo, senhor do Morgado da Ota, mandou construir, na segunda metade do século XVII, o que é hoje o mais antigo palácio da cidade de Lisboa.

terça-feira, março 04, 2008

Barbaridades


Legenda?
Palavras para quê?
É uma árvore portuguesa, de certeza!
E ainda se encontra de pé, num jardim público, em Massamá.

segunda-feira, março 03, 2008

Emplastro


Once upon a time, there was a man,

That was pendurated on the top of a mastro.
And when he said, "Help me! Help me!"
"Help me", o caraças, ó seu ganda emplastro.
Quem é que te mandou pendurar aí?

a Fonte 213


Três anos e meio depois, será revisitada.
Daqui a um mês.
Começa a contagem decrescente.
Ansiedade!
O estômago revolta-se, agoniado.
Angustiado!
Como conseguir controlar a emoção?

sábado, março 01, 2008

Amanhecer CVII

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Tudo não passa de séries de arranjos e combinações de partículas, átomos, moléculas, células, tecidos, cores, realidades efémeras, natureza virtual. Existência. Vida. Ser..?

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...