quinta-feira, maio 31, 2012

a fonte 616



FELIGUEIRA (Torres Vedras)

É apenas (tanto quanto sei...) um pequeno aglomerado de casas num lugar à beira de uma estrada de campo que passa sob a AE do Oeste e serve depois de subida directa para o cume da magnífica elevação que é a Serra do Socorro.
Não é muito longe da Feliteira, da Guesundeira, da Patameira, da Bispeira e doutros lugares terminados em "eira" (Azueira, Bandalhoeira, Aboboreira, Freixofeira, etc.) ligados às minhas recordações de infância/juventude, como são os arredores da terra do meu Pai - O Livramento, Oeste.

quarta-feira, maio 30, 2012

Sozinho



(a propósito do Dia Nacional do Associativismo)

Canta, canta amigo canta
vem cantar a nossa canção
tu sozinho não és nada
juntos temos o mundo na mão!

terça-feira, maio 29, 2012

a fonte 615



FELITEIRA (Torres Vedras)

Nesta data, 30 anos depois da primeira visita, "O LABREGO" continua quase na mesma, a servir os tradicionais pratos da casa - o Bacalhau frito e o Cabrito assado - e aoriginal sobremesa de frutos secos, doce caseiro e vinho doce abafado.
Hoje, no entanto, são já poucos os clientes que aqui chegam para almoçar no anexo do quintal, espécie de estufa com vista para a o verdejante vale onde corre a Linha do Oeste - e lá vai a Automotora! Por quanto tempo mais? Até quando haverá passageiros na Estação da Feliteira e almoços n'O Labrego?

segunda-feira, maio 28, 2012

Policromia



De profundis

Extenso dia taciturno de nuvens.
Nas ramadas passarinhos de mágoa
Lacrimejando chilros. Um braçado
Policromo de flores
Perfumado
De profundis
De coroas.
Tão duro
Assim lacónico
Nosso adeus de rosas, Maria.

(José Craveirinha)

domingo, maio 27, 2012

A Fonte 614


Faro do Alentejo (Cuba)

Num só dia, grande viagem:
Fui de Pavia a Cuba (com uma paragem em Faro a beber água nesta fonte) e nunca saí do Alentejo.
Alentejo

A paz que se adivinha
Na tua solidão..O mistério da tua imensidãoOnde o tempo caminhaSem chegar!...

(Miguel Torga)

sábado, maio 26, 2012

Amanhecer CCCXXI




Ora aqui está um sítio magnífco para ver nascer o sol.
Vai ser possível, a partir de Setembro, amanhecer confortavelmente instalado num dos cento e muitos quartos e suites do "Myriad Hotel" que vai ocupar a Torre Vasco da Gama - Lisboa Oriental.

sexta-feira, maio 25, 2012

quinta-feira, maio 24, 2012

A Fonte 613


Parque das Nações (Lisboa)

No dia em que dei a volta ao mundo nesta fonte do Pavilhão do Conhecimento,
para ir almoçar com velhos amigos da antiga RTP.

quarta-feira, maio 23, 2012

terça-feira, maio 22, 2012

Passado


(Castelo de Vide)

Passé

Et je vous dis alors : - Ce château dans son ombre
A contenu l'amour, frais comme en votre coeur,
Et la gloire, et le rire, et les fêtes sans nombre,
Et toute cette joie aujourd'hui le rend sombre,
Comme un vase noircit rouillé par sa liqueur.


Victor Hugo

segunda-feira, maio 21, 2012

a fonte 612


Quase madrugada, na fonte do lago no jardim da Ortiga, Mação.

E calma subirei até às fontes.

Irei beber a luz e o amanhecer
Irei beber a voz dessa promessa
Que às vezes como um voo me atravessa,
E nela cumprirei todo o meu ser.

(Sophia de Mello Breyner)

domingo, maio 20, 2012

Amarilis



A extraordinária flor Amarilis que revive, duas vezes por ano, num vaso em minha casa.

Epistola de Amarilis a Belardo

El sustentarse amor sin esperanza,
es fineza tan rara, que quisiera
saber su en algún pecho se ha hallado,
que las más veces la desconfianza
amortigua la llama que pudiera
obligar con amar lo deseado;
mas nunca tuve por dichoso estado
amar bienes posibles,
sino aquellos que son más imposibles.


Excerto da epístola dedicada a Lope de Vega (1621) por uma admiradora desconhecida.

sábado, maio 19, 2012

Amanhecer CCCXX


Uma aberta de céu azul
por entre as núvens densas que fazem tecto de algodão no Monte da Lua.
É um luzeiro a matizar intensamente de verde a encosta do Castelo dos Mouros,
desde lá do alto, sobre a Vila de Sintra.

sábado, maio 12, 2012

Amanhecer CCCXIX


Uma gaivota em terra.
Apenas uma. Está cansada.
Não há tempestade no mar.
Ela está a repousar
ali sobre a amurada
desta espécie de navio de pedra;
o promontório da Senhora da Rocha

sábado, maio 05, 2012

Amanhecer CCCXVIII



Perguntava-me, no outro dia, um viciado nos blogs, leitor assíduo do Fotociclista:
- Mas que mosca lhe mordeu, desta vez
para nos deixar 10 semanas sem um despertar,
sem uma fonte, sem um navio, sem um reflexo..?
Foi atacado pela Mosca do Sono, talvez?

Ora bem, enquanto fico a pensar na resposta adequada, aqui deixo a imagem do despertar de hoje (uma casa de Tarzan da Selva, virada para a foz do Tejo) o local onde tenho estado recolhido a hibernar, nesta Primavera invernosa.

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...