água mole,
verde
pedra cinzenta,
dura
escrita imprevista,
diagonal,
tempo demais,
perde
tudo dizem,
cura
sinto-me bem,
mal...
«A colonização das terras dos índios Aratanguis, onde actualmente está situado o município de Alhandra iniciou-se por volta de 1700. A primeira igreja (matriz) local foi construída em 1749 pelos holandeses.Espera lá, não era esta Alhandra, do Paraíba no Brasil a que eu me queria referir. Era outra Alhandra, aqui perto, em V. Franca de Xira. Estou cansado, fica para o próximo post.
Com a chegada de colonizadores portugueses, que aí se estabeleceram para cultivo da cana-de-açúcar...»
E o que é que tem Linhares de Ansiães, que não se encontra nos outros topónimos homónimos em Celorico da Beira, em Paredes de Coura ou no Brasil:
pois, tem "carradas de granito",
no grandecíssimo Solar - com o seu notável Brasão;
nas Fontes Medievais - que não ficaram na fotografia;
n0 Pelourinho - sinal da antiga importância do lugar;
na Ponte - que chamam romana, apesar de não ser;
na Igreja Matriz e na Capela;
nas tradicionais varandas das casas - e seus alpendres floridos;
nos vestígios de construções da era romana - como o Lagar;
no maciço pico montanhoso - a que chamam Castelo;
nas Fragas penduradas em precipícios de perder a cabeça.
Aquilégio Medicinal (1725)
«...descendo para o rio Tua, por uma serra tão áspera que só a pé se pode andar por ela, nasce uma fonte de água sulfúrea, com calor moderado, despenhando-se pela serra abaixo em grande quantidade...
O Padre António de Seixas mandou fazer um tanque, ainda que humilde e de pedra tosca, no qual se tomam banhos em todo o tempo do ano, e servem para curar debilidades de nervos, e juntas tolhidas, sendo também eficazes estes banhos a curar sarnas e chagas antigas...
O tanque de reduzidas dimensões (cabem duas pessoas) fica dentro de um edifício em forma de capela, brotando a água por debaixo de uma imagem de São Lourenço...
O caudal é notável, desprende-se um forte cheiro sulfúrico e, no Inverno, a água quente sai do edifício em vagas de vapor...
É bastante apreciável a frequência destas caldas pelos famosos resultados aqui obtidos em doenças de pele, doenças digestivas e doenças reumáticas...»
"Friend" quer dizer Amigo;
"Ship" significa Navio ou Barco;
"Amigo Barco" ou "Barco Amigo";
mas também pode ser,
"Friendship" que siginfica Amizade.
Nas muitas dezenas de curvas da estrada que desce para a freguesia - Oliveiras, Pinheiros e Vinhedos - lá está uma primeira Fonte (obra pública com água de nascente) de caminho;
entretanto cruzamos por duas vezes uma "Calçada" Romana e passamos sem explorar uma ou duas estradas florestais onde estava a indicação de "Fragas" - locais de vista espectacular, mas de acesso não aconselhável para um carro sem tracção integral;
depois vamos encontrando algumas hortas, campos de milho e... Abóboras. Muitas!!! Hora da sesta, ninguém à vista. Não resisti e "saquei" duas bem madurinhas para trazer para casa - vão dar um gostinho muito especial à sopa.
Uma fonte, claro, também ela uma "relíquia" (1949) quase tão antiga quanto eu.
E não é uma qualquer, é a Fonte de Santa Marinha (ou Margarida) de Antioquia.
Mártir dos primórdios do Cristianismo, no tempo em que o Império Romano se estendia à Ásia Menor, aqui recordada numa lenga-lenga popular:
«Ela cabras guardou,
Sebes saltou,
Se em alguma se espetou
E a quereis assim como é,
Assim vo-la dou.»
Ora... é lógico, encontrar uma fonte na Rua da Fonte.
Pois é, mas não é costume, garanto que há muitos lugares onde essa regra lógica não se verifica, isto é, a toponímia não está de acordo com a realidade - a fonte "já lá não mora".
«Gosto do nome deste lugar» - e escrevi para não me esquecer - "CASTANHEIRO DO NORTE".
Dei a volta completa ao triangular entroncamento de estradas (uma delas seguia para para um lugar com um estranho nome - "TRALHARIZ") e parei junto à velha fonte (Obra Pública) - rodei a torneira - deitou água, quente.
Pudera! Aqui à torreira do sol, não admira. O termómetro marca 37º C.
Deixei correr um bocado e a água passou a sair fresca. Provei e soube-me bem.
Bebi, lavei a cara e enchi uma garrafa - «que maravilha, uma fonte com água "boa" neste sítio e nesta hora».
O formato desta fonte é comum a muitos lugares na região.
O aviso estampado também é coumum a muitas fontes da região.
«ÁGUA IMPRÓPRIA PARA CONSUMO»
Nessas horas de verdadeira angústia, todos os meus pensamentos passam a negativos. Então tenho receio de viver, procuro apagar-me, tornar-me invisível,
quero ficar escondido, fora da vista do mundo lá fora.Fecho-me em casa, invento uma tarefa que exija habilidade manual aliada a alguma reflexão mental sobre um projecto, como por exemplo, aproveitar as sobras da madeira de forrar as paredes para construir uma porta para o sítio do carvão do grelhador. E lá passa um dia, às vezes dois.
Mesmo assim, física e mentalmente ocupado, tenho momentos de sobressalto, quando olho a rua pela janela ou por cima do muro do quintal e percebo nas pessoas que me fitam, os reflexos inexplicáveis de agressividade, rancor, talvez ódio. É então, que fico estupidamente desanimado e quase arrependido de ter nascido.
Farto de Mim. Porquê Eu, sempre e só Eu, a incomodar a existência dos humanos - personalidades fortes, superiores - que pululam quase todo o espaço em meu redor?
Desço à cave, isolo os ouvidos dos sons da rua, com uma música forte – Ravel e Katchaturian – e tento passar à tela, uma composição que vou buscar ao arquivo das “ideias para um quadro”, que vou guardando algures na memória, quando elas surgem em qualquer lado, a qualquer hora.
Por vezes, não resulta. A mão não consegue trazer para este mundo, isto é, pôr na tela, aquilo que me vai na alma. Então, as coisas pioram.
Maldigo a minha duvidosa existência e revolto-me contra o que não sou, mal-agradecido à Natureza porque não me dotou de uma camada protectora (fisiológica e psicológica) adequada ao meio inóspito em que decorre esta minha vida. Falta-me uma protecção adaptada ao convívio com as mentes soberbamente egoístas deste mundo ignóbil.
Sublime!
Simplesmente sublime.
A poesia, a música e a voz (inconfundível) que embala os espectadores e ouvintes.
Dessa maneira suave, ele faz passar uma mensagem forte - o apelo à PAZ e à VIDA!
..e quando ele disse:
«Ring the bells that still can ring
There is a crack in everything
That's how the light gets in.»
..eu acrescentei:
«That's how the life gets in.»
Yor's sincirely,
L. Cohen
As plantas do meu quintal e o sapo (bufo-bufo) que vive algures no meio delas, agradecem. Se a gente conseguisse escutar-lhes os pensamentos, ouviria:
«Abençoada Natureza, que a custo, lá se vai sobrepondo aos desarranjos provocados no Planeta Azul, pela vontade humana!»
Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...