terça-feira, fevereiro 26, 2013
a fonte 627
AMARANTE
Na minha recente passagem pela terra do enigmático escritor Teixeira de Pascoaes, encontrei nos claustros do Convento, um casal de noivos durante a tradicional sessão de fotografias para o álbum de recordações.
A noiva, acabadinha de casar, confessou-me ter vindo ali, para agradecer ao santo casamenteiro a concessão do favor que lhe havia pedido, há coisa de 6 meses:
São Gonçalo do Amarante,
Casamenteiro que sois,
Primeiro casais a mim;
As outras casais depois.
E assim foi... como diz a lenda, a mulher que tocar o túmulo de São Gonçalo do Amarante, terá casamento garantido, dentro de no máximo, um ano.
sábado, fevereiro 23, 2013
Amanhecer CCCLV
A imagem do despertar de hoje, não é de hoje, já tem um ano, mas ainda assim é uma lembrança histórica.
Histórica, porque faz parte da história da minha vida desde aquele dia frio e chuvoso de Inverno, em que parei neste lugar de Póvoa e Meadas à procura de aconchego para o estômago.Por coincidência, hoje (23 de Fevereiro de 2013) é um dia especial em Nossa Sra. da Graça de Póvoa e Meadas - a Junta de Freguesia promove homenagem a uma personalidade de relevo na história daquela terra, o Dr João Transmontano.
E encontrei o sítio certo - na Rua de Baixo, no restaurante do Café Oásis - o melhor acolhimento que um português itinerante (turista profissional, como já me chamaram) pode desejar num dia assim, fora de casa.
O Arroz de Lebre, a Sopa de Peixe, o Vinho, o Pão, as Azeitonas, as Sobremesas, e... a conta. A conta não paga, nem a qualidade destas coisas, nem tão pouco, a Simpatia do atendimento e a Dedicação da cozinheira.
sexta-feira, fevereiro 22, 2013
A Fonte 626
quinta-feira, fevereiro 21, 2013
Autoretrato 40
quarta-feira, fevereiro 20, 2013
a fonte 625
VILA DE FRADES
A terra natal de Fialho de Almeida - o autor de "OS GATOS" -,
é também lugar origem do afamado Vinho da Talha,
cuja excelência está patente nesta quadra popular:
Vila de Frades já não tem abades
Mas tem adegas que são catedrais
Os seus palhetes são brilharetes
São de beber e chorar por mais
São de beber e chorar por mais
Nossas gargantas são o seu caminho
Cantam os melros cantam os pardais
Cantamos nós à festa do vinho
sábado, fevereiro 16, 2013
Amanhecer CCCLIV
AMARANTE
É tarde, já devia ter acordado há mais tempo, mas... acontece-me, por vezes, ao despertar, não sei o que sinto, só sei que não quero sentir - sentir que não me apetece regressar à vida. Fico deitado a pensar que não vale a pena erguer o esqueleto para retomar o dia-a-dia.
É então que o espírito - ou lá o que é, não sei, o que se chama ao ser ou à coisa imaterial que vive agarrado ao meu corpo físico - se levanta, sai das fronteiras do quarto e vai por esse mundo fora...
voando, nunca, não me recordo de tal;
navegando, não, também não me lembro;
sempre percorrendo caminhos terrestres de cidades, aldeias, ruas, praças e avenidas, campos abertos ou íngremes encostas, abruptas escarpas rochosas, agrestes; meandros de rios, margens floridas, planos de lezíria e verdes planaltos; castelos, igrejas, pontes e fontes; monumentos, quase sempre em Portugal; raramente saio fora do meu País durante estas viagens espirituais;
acorrem amiúde vividas imagens de França; também de Itália, estas muito menos - poucas mas boas.
Essa coisa que desencadeia a projecção num ecrã de cinema interior, de cenas ou fotografias, retiradas do emaranhado arquivo da mina memória, é uma actividade psíquica geradora de emoções contraditórias:
- um grande prazer, a sensação de liberdade sem limites, o poder imenso, sobre-humano, de olhar o mundo, de fora;
- tudo isto, no final aporta ao nível da consciência, uma angústia insidiosa: "existe em mim um desejo latente de partir!"
segunda-feira, fevereiro 11, 2013
a fonte 624
AMARANTE
Em dia de feira, tempo quente de outono, almocei na esplanada do mercado, na margem direita do rio, ao pé desta fonte que é uma verdadeira relíquia histórica.
O empregado de serviço, trouxe para a mesa uma Francesinha, especialidade da casa, uma garrafa de verde, o melhor da região, e uma quadrinha popular alusiva ao lugar:
São Gonçalo de Amarante
Que estás virado prá vila
Virai-vos pró outro lado
Que vos dá o sol na pila
domingo, fevereiro 10, 2013
a ver navios 126
Este pequeno batel, acostado na margem do Tâmega, junto a Amarante, serve de mote para uma das muitas lendas de S. Gonçalo.
Certo dia de Romaria, Gonçalo havia ficado de castigo a guardar o milho que secava na eira, enquanto seus pais iam para a festa.
À saída, seu pai, Gonçalo Pereira, recomendou ao barqueiro: «se o filho aparecesse por aquelas bandas não o atravessasse, sob pena de ter de se haver com ele no regresso.»
Ainda o barqueiro não tinha acabado de coçar o queixo já Gonçalinho, rapioqueiro, lhe pedia para atravessar. Negação imediata do barqueiro; novo pedido; nova negação.
Gonçalinho pensativo, olhou o céu, o rio, o barqueiro e, num repente, tirou a capa que trazia pelos ombros, lançou-a à água, sentou-se nela e, com um cajadinho que sempre o acompanhava, remou até à outra margem, para espanto do barqueiro, que não queria acreditar no que estava vendo.
Foi à festa e voltou atravessou o rio da mesma maneira: sentado na capa e a remar com o cajadinho.
sábado, fevereiro 09, 2013
AMANHECER CCCLIII
terça-feira, fevereiro 05, 2013
a fonte 623
Vila Alva (CUBA)
Uma das vilas mais belas do concelho da Cuba, em terras do Alentejo.
Aqui há regras bem definidas para utilização do lavadouro e chafariz.
Para que não restem dúvidas, ou não haja desculpas, elas estão escritas bem à vista de todos,
na parede branca da frontaria desta obras pública de 1889.
PROIBIDO LAVAR
SACOS DE AZEITONA
ROUPA MUITO SUJA
SÓ À QUINTA FEIRA.
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