quinta-feira, janeiro 31, 2008

Fleet Street da Mouraria

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Passei aqui ontem, ao fim da tarde, por esta viela da Mouraria.

À noite, fui à estreia do tétrico filme, "Sweeney Todd, o Diabólico Barbeiro de Fleet Street."

Então percebi que, muitos prédios dos bairros típicos de Lisboa, têm hoje (no sec. XXI) um aspecto muito próximo das imagens de Londres do século XIX.

Porta N8


(Mouraria, Lisboa)

Estou de volta às portas e janelas,
que andei por aí a fotografar
e já preparei, para publicar
aqui, mais uma série delas.

Não vou pôr as fontes de lado.
Elas vão continuar a aparecer,
ora com, ora sem água a correr.
Sim. Parece que estou obcecado.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

claro escuro


(Beco do Arco Escuro, Alfama, Lisboa)
se,
de "Claro" derivam verbos: declarar, esclarecer, clarificar(?);
então,
de "Escuro" podemos derivar: descurar(?), escurecer, escurificar(?).

Nada


Coisas que nos dizem, as paredes de Lisboa.

terça-feira, janeiro 29, 2008

a Fonte 200


Será possível que,
eu
tenha aqui publicado
essas duzentas fontes,
com fotografias e tudo?
Mais coisa, menos coisa.

E ainda restam
montes delas,
por esse país fora
à espera
de correr p'raqui,
a preencher este blog.

(Mas que raio de poesia esta..?
Não sei,
não consegui perceber;
nem sequer rima nem nada
isto assim não presta)

a Quitandeira


QUITANDEIRA

A luz brinca na cidade
o seu quente jogo
de claros e escuros
e a vida brinca
em corações aflitos
o jogo da cabra-cega.

A quitandeira
que vende fruta
vende-se.

- Minha senhora
laranja, laranjinha boa!

Compra laranja doces
compra-me também o amargo
desta tortura
da vida sem vida.

Compra-me a infância do espírito
este botão de rosa
que não abriu
princípio impelido ainda para um início.

Laranja, minha senhora!

Esgotaram-se os sorrisos
com que chorava
eu já não choro.


(Agostinho Neto, Angola)

segunda-feira, janeiro 28, 2008

a Fonte 199


Ontem à noite, não muito longe deste local,
dois rapazes, foram mortos a tiro,
por um terceiro. Cena triste,
como triste é esta fonte,
como triste é o espaço que a rodeia.
Rio-de-Mouro, Sintra.

Sem palavras


Não temos, ficamos sem elas,
as palavras. Já não há mais!
Uma cambada de anormais,
borrou as tabuletas amarelas.

Mas o aviso não dizia nada,
não interessava a ninguém.
E agora, serve para quem,
uma tabuleta toda cagada?

Dizia: "Proibido circular a pé
pela linha."
Ó santa ignorância a minha.
E o "Art. 23 Rep", o que é?

domingo, janeiro 27, 2008

Oceano Tropical


NA LEVEZA DO LUAR CRESCENTE

na
leveza do luar crescente
sobe a ilusão da felicidade
que
teu gesto distraído
me dá
como se
plumas vogando suaves
na brisa
fossem
vida de pássaro apodrecendo
na
leveza do luar crescente

a nossa terra
é um imenso oceano tropical
que do Índico ao Atlântico
a gente devagar
vai contornando em jangada
de vento e saudade
pelo tamanho do mar.


(Arlindo Barbeitos, 1998 - ANGOLA)

sábado, janeiro 26, 2008

a Fonte 198


Milhares de vezes passei aqui.
Montes de vezes parei para beber água.
Só hoje, passadas muitas centenas de dias desde que conheço esta fonte, resolvi finalmente fotográ-la para postar.

Então e o resto?
Não há mais nada a dizer, tem água boa para beber e pronto - é só abrir a torneira.
Mais, não há mais nada, que eu saiba, a não ser, a data - 1917 - o ano da Revolução Bolchevique na Rússia.
Ah, já me ía esquecendo - o lugar é na Praia-das-Maçãs.

Amanhecer CII


Sábado, manhã de Inverno.
Como se chama esta flor?
Sei lá.
Sei que fica bem no meu quintal.
E está Sol, é quanto basta.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

Salir de Cuba


Cuando Salí de Cuba

Nunca podré morirme,
mi corazón no lo tengo aquí.
Alguien me está esperando,
me está aguardando que vuelva aquí.

Late y sigue latiendo
porque la tierra vida le da,
pero llegará un dia
en que mi mano te alcanzará.

Una triste tormenta
te está azotando sin descansar
pero el sol de tus hijos
pronto la calma te hará alcanzar.

Cuando salí de Cuba,
dejé mi vida dejé mi amor.
Cuando salí de Cuba,
dejé enterrado mi corazón.


(Luis Aguilé)

quinta-feira, janeiro 24, 2008

o Espectro


A imagem - ainda não consegui fotografar um fantasma (*) ou um espectro, mas hei-de lá chegar; estou a tratar disso, confiante (?) nas possibildades da tecnologia actual.

EU,
desprezado, não diria tanto;
ostracizado, também não;
talvez apenas, desclassificado;
desconsiderado por quase todos;

e até, pasme-se, pelas coisas que não sentem - imaginem que umas malditas portas que se abrem automaticamente à aproximação de uma pessoa "normal", à minha chegada, ficaram quietas, imóveis, não abriram, tive que empurrar, pois parece que as ditas não detectam a minha presença. No mesmo dia, duas portas diferentes - que, funcionaram normalmente, com pessoas antes e depois de mim.
Chiça!!! Será que sou um fantasma, que não passo de uma sombra? Porra, JÁ NÃO EXISTO, SOU APENAS UM ESPECTRO ELECTROMAGNÉTICO, que interfere no normal funcionamento dos controlos remotos de dispositivos electromecânicos - ainda bem que o meu automóvel não tem equipamento muito sofisticado, senão... era capaz de ser difícil eu conduzir em condições?


(*) Não me refiro ao "fantasma" que aparece num televisor quando a antena não está em condições, nem ao "espectro" de cores resultante da decomposição da luz solar, através de um prisma óptico.

Amanhecer CI


Bem lixado, despertar num sítio assim.

No outro dia, alguém me disse:
"Ainda que sinta o maior desespero, desistir é sempre a última coisa a fazer! "

quarta-feira, janeiro 23, 2008

a Fonte 197


(Oeiras / Paço d'Arcos)
Uma fonte com história.
Mas, eu não sei qual é.
Se alguém souber...
pode contar aqui.
A gente agradce.

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Quadra popular (XXVI)


Quadra ao gosto popular

Diz a história que este nosso Portugal,
tem sido o berço de poetas do caraças.
Pois sim, mas a gente vivia menos mal,
se em vez de versos, fizessem carcaças.

(este é meu e quem escreveu fui eu, Jan 2008)

Tango Cubano


ADIÓS, MUCHACHOS.

Adiós, muchachos, compañeros de mi vida,
barra querida de aquellos tiempos.
Me toca a mí hoy emprender la retirada,
debo alejarme de mi buena muchachada.
Adiós, muchachos. Ya me voy y me resigno...
Contra el destino nadie la talla...
Se terminaron para mí todas las farras,
mi cuerpo enfermo no resiste más...


(Pelo Rei do Tango da Argentina, Carlos Gardel, 1928)
** Para quem gosta,
tem um site muito bom com as letras e as gravações originais de Gardel.

domingo, janeiro 20, 2008

Versejar ao Luar



Seis e meia da tarde, parece noite,
apesar do ver bem o caminho,
à luz de uma "lua-quase-cheia",
já é tarde para andar de bicicleta.
Vou arrumar as rodinhas e
sentar-me aqui, no paredão,
(sitting on the doc of the bay...)
à beira-rio a fazer versos à lua.
Mas, fazer versos para quem?

Para, quem não os pode ouvir,
para quem não os quer ler?!!
- Então não... isso,
fica para outra vez,
lá para o dia de São Nunca.
Vou mas é embora para casa,
solidão por solidão, lá,
sempre estou menos sòzinho,
quero dizer, falo sòzinho,
à mesma, mas pelo menos,
estou bem acompanhado.
..

Tempo perdido a escrever
versos com rima forçada.
Para quê, se ninguém vai ler,
o que a gente sente, é nada.

Assim, vou dizer uma quadra,
em poesia seca, uma merda;
se a quem ler lhe desagrada,
tá bem, não é grande perda.

Ó lua que vais tão alteada,
redonda como um tamanco.
Ó Maria, traz cá a escada,
qu'eu não chego lá c'o banco.

sábado, janeiro 19, 2008

a Fonte 196


Sítio bem escondido, este, da Fonte de São Bento.

Barcarena, teve aqui uma nascente de água fresca, desde 1775.
Acabou, fechou em 1955.

Amanhecer C


Manhãzinha cem cedo, este caramelo madrugou
e fez tamanha barulheira que me acordou.

Cheguei-me à janela para identificar a origem da cantoria
e aqui está, consegui apanhá-lo... na fotografia.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

um Livro

Abri o livro, mas não para ler. Estava preparado para começar a escrever, mas fiquei pasmado, a olhar para uma fotografia.
Apanhou-me de surpresa. Aquela vista, entrou e atravessou-me o espírito, vasculhando todas as imagens da minha memória em busca de uma semelhança.
Esgotadas as hipóteses de identificação rápida, superficial, mergulhou mais fundo na pesquisa, para encontrar uma equivalência, uma cópia. Também não resultou.
Logo em seguida, com o desengano em perspectiva, remexeu todas as gavetas repletas de sons, cores, cheiros, sentimentos, emoções - de nada serviu. Nada feito.
Como o vento de um tornado, revolveu todos os escritos arquivados, misturando frases, descolando páginas, soltando letras e recompondo palavras, experimentando ligações com nexo, feitas através de um ténue fio de esperança. Talvez assim... pois, claro. Mas não.
Cada vez mais complicado, encontrar nos arquivos da memória, a caixa onde estão guardadas todas as informações ligadas a esta fotografia.

Quando foi tirada, qual o dia da semana, de que mês, era cedo ou tarde;
onde, no campo, numa rua, um miradouro, à beira-mar, em que cidade, que país;
porquê, por quem, para quê, a que a precedeu, quem teve a ideia, porque estava aqui, com quem estava;
o tempo, fazia calor, estava frio, nevoeiro, sol aberto, havia vento, moderado, fraco, de que quadrante;
a que cheirava o ar, humidade, chuva iminente, relva cortada, maresia;
ouvia-se o mar, os pássaros, havia gaivotas no espaço, cães a ladrar; buzinas de automóvel;
que pensamentos, que emoções sentia, que sentimentos passavam na minha mente, estava feliz, pouco, alegre, despreocupado, solitário;
para onde fui depois, o que aconteceu a seguir, quem era o nosso Primeiro Ministro, qual a notícia do dia, que vida era a minha, que... tantas outras perguntas;
milhões de outras coisas que se encontram bem guardadas, esquecidas, dentro de milhares de compartimentos que contêm, cada um, o conjunto de informações externas e internas que marcaram um dado momento da nossa existência.

Cada instante de uma vida consciente, está guardado numa caixinha, que em conjunto com todas as outras caixinhas, se encontra arrumada, por uma certa e indeterminada ordem, dentro de um baú - não sabemos ainda, qual a estrutura organizacional cognitiva, dentro desses baús, ou arcas cognitivas.
E há caixas que são partilhados com mais alguém - ou outros "alguéns" que podem ou não, ter estado presentes fisicamente no momento de preencher, etiquetar e encerrar uma caixa.

A memória é uma coisa muito difícil de entender e a recordação é uma coisa ainda mais difícil de explicar... eu penso.

Depois de vasculhar debalde todos os meandros e recantos das poeirentas arcas memoriais, pensei - afinal, este não sou eu. Eu não sou assim.

- "Ah, ah, mas já foste", diz uma puta duma vozinha bem atrás do meu nariz.

..para continuar, sem nexo, sem data, nem hora, um dia destes, aqui ou noutro lado, sabe-se lá?

Amigo

Havana2007
Amigo é, a solidão derrotada!

Quem o disse foi um Lisboeta,
Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões,
conhecido por O'Neill, o Poeta.

a Fonte 195



Custa, doi, ver esta imagem.
Custa, doi mais ainda imaginar este local.
Custa, doi muito pensar que vamos ter que voltar aqui.
Esta é,
a fonte de todas as minhas reservas de amargura,
a fonte onde vou beber as dúvidas do meu maior temor,
a fonte do Suplício de Tântalo da minha agonia invisível,
a fonte que espera por mim há quase 4 anos - eu vou voltar
a fonte que vai servir para, lavar a mágoa ou afogar o desgosto.

Esta que foi,
a fonte de vida - na terra onde nasceu minha Avó e nasceu minha Mãe,
é agora,
a fonte que me enche a alma de desgosto que faz trasvazar para a consciência um sentimento estranho, de desprezo(?) por mim mesmo.

Mas, há mais, muito mais... coisas do género, "mais valia não ter nascido".
Esta noite, dormi muito mal. Acordei, duas ou três vezes, a pensar no mesmo.
Começou a contagem decrescente!

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Cheiro de Lisboa (2)


Voltei aos cheiros da cidade.
Numa passagem pelas tradicionais tasquinhas da baixa.
Já são muito poucos os refúgios alfacinhas de comes-e-bebes.
Restam os que a ASAE ainda não fechou, ou que ainda não foram trespassados ou convertidos em restaurantes Indianos ou Paquistaneses.
Para sorte nossa, "A GINJINHA POPULAR" funciona e bem, mesmo ao lado da velha sede do SLB;
quando passei, o aroma era de Arroz com Chouriço

Num tacho, depois de alourar em azeite os 3 ou 4 dentes de alho picados, juntar um caldo de carne e mexer até este se dissolver.
Depois deitar o arroz (seco ou lavado) por cima e deixar fritar durante uns minutos, mexendo de vez em quando para não pegar. Deitar um pouco de sal e voltar a mexer - sempre em lume brando ou médio.
Com cuidado, juntar água aquecida á parte - atenção ao "espirrar" da água em contacto com a gordura muito mais quente.
Depois, juntar o chouriço cortado em cubinhos, as tirinhas de pimento e a salsa.
Mexer, tapar e deixar cozer em lume baixo.
Fica pronto quando a água estiver quase a secar, deixando no tacho, apenas o arroz.

Entrei e pedi um pratinho para acompanhar uma costeleta de porco frita.

o Segundo

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Elevador da Glória

Monumento Nacional, o segundo Projecto do Engenheiro Portuense Raoul Mesnier de Ponsard, em Lisboa - o outro foi o Elevador de Santa Justa, que todo o mundo julga ser obra do engenheiro Eiffel.

Justa Glória ao Ponsard!!!
Foi também o segundo Transporte em Plano Inclinado a ser concedido à Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa (NCAML).

Começou a funcionar em 1885, com muitas interrupções devidas às frequentes falhas no abastecimento de água à cidade.
Por causa disso, o sistema simples e original de tracção por contrapeso de água foi substituido, primeiro pela força de uma máquina a vapor e depois por um motor a energia elétrica.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

a Fonte 194

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Se passar aqui, pela rua do Coliseu,
(ou Portas de Santo Antão)
não perca a oportunidade de
visitar o páteo interior da
Casa do Alentejo, em Lisboa.

Não precisa ser sócio,
nem precisa ser alentejano,
basta pedir ao porteiro "com licença"
para poder entrar, subir a escada e
apreciar esta maravilha da arquitectura civil.

a Figura


Estação do Rossio

Monumento Nacional, entre a Praça do Rossio e a dos Restauradores, a estação dos comboios que (passando pela Porcalhota) ligam o centro de Lisboa a Sintra.

Toda gente vê que é um edifício extraordinário, por dentro e por fora, sem igual em toda a Europa.

Sabemos que é uma obra no estilo Neo-Manuelino, desenhada pelo arquitecto José Luís Monteiro em 1886.

Mas... não sei,
quem é o gajinho que se encontra aqui a tomar conta da porta - quer dizer, qual seria a Figura Histórica que o arquitecto pretendia representar nesta estátua?
Nuno Álvares Pereira, D. João I, Luís de Camões (antes de ficar zarolho) D. Sebastião..?

Aceitam-se explicações.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Merda d'artista


Em 1961, o pai de Piero Manzoni diz ao filho "que ele era um artista de merda".

Nem é tarde, nem é cedo, Piero leva a coisa à letra e trata de defecar para dentro de 90 latas de conserva. Colocou-lhes um rótulo "Merda d’Artista" ("Artist’s Shit") e numerou e assinou cada uma delas.

Piero Manzoni morreu em 1963 (aos 30 anos) e desde então, as famosas latas continuam a circular um pouco por todo o mundo.
Todavia, restam poucos exemplares, pois devido à pressão, algumas latas de caca começaram a verter!
Hoje em dia, cada uma das latas originais vale(*) cerca de 30.000 €uros.

Esta é a verdadeira história da "Merda de Artista", que eu já tinha contado aqui, mas hoje, relembro, para tirar dúvidas, pois parece que algum "artista de merda" em New York, resolveu plagiar o obra, e começou a arrecadar uns dólares vendendo autêntica merda (falsa) aos "camones" intelectuais da treta, ou da trampa.
(*) Vejam só o preço a que chegou a merda neste mundo..!

a Fonte 193


Mais uma. Não desisto.
Outra vez?
Esta já tínha-mos visto!?
Dirão vocês.
Puxa... estou a ficar farto.
Viram foi outra, igualzinha, aqui ao lado,
nesta mesma Praça D. Pedro IV.
Esta, ainda não tinha mostrado.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Cheiro de Lisboa (1)


No miradouro do Elevador de Santa Justa.
Ó que bela vista e que rico cheirinho,
que aroma; cheira bem, cheira a Lisboa?
Não. Cheira a Frango com Esparguete

Frite o alho picado em azeite, até ficar bem dourado.
Adicione açafrão, os pedaços de frango, cebola picada, um caldo de galinha, uma mão-cheia de cogumelos de conserva (pequeninos e inteiros), tempere com pimenta e sal e deixe refogar algum tempo, bastante.
Junte água até cobrir tudo e deixe cozinhar até ficar macio. Acrescente coentros picados e retire do lume.
Espalhe o queijo ralado sobre a massa (esparguete cozido "al dente") ainda quente, junte-lhe em seguida um pouco de caldo do frango e misture tudo.
Coloque os pedaços de frango por cima e sirva em seguida.

Cheira ao restaurante aqui de cima.

um Camarada


Um Canadiano (Fotociclista) em Lisboa.

Foi visto hoje, na Praça dos Restauradores.

domingo, janeiro 13, 2008

a Fonte 192


À entrada do Lugar do Estribeiro - entre Meca e Abrigada.
A água provém dos fundos algares calcáreos do Montejunto.

sábado, janeiro 12, 2008

Amanhecer XCIX


A fotografia daqui, anda por aí,
algures perdida no seio da netosfera.
Ou então ainda não foi criada... está
só em produção na minha imaginação.
Mais logo, se a encontrar, eu escrevo
a dizer qualquer coisinha...
..
Ei-la!
Cá está, a imagem do amanhecer de hoje.
Abrigada dos ventos do Norte, pelo imponente monolito da Serra do Montejunto.
Espelho de nuvens. Intocado.
Manhã clara, pós madrugada gelada; água fria, transparente, aguarda os convidados para a fotografia de grupo.
A festa vai começar daqui pouco; tarda nada começam a chegar os amigos - a reunião é hoje.
Estribeiro, na Abrigada; as terras do Oeste, que ficam mais a Leste;
na fronteira onde se misturam Saloios com Ribatejanos.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Tarde, tarde...



Tarde, tarde, o dia esvai-se, no tempo
o relógio vai parar durante a noite,
mais uma noite desligado, à espera
de recomeçar a contagem de mais um dia
mais algumas horas que eu vou passar
não sei como, e ainda não sei onde..?

Não vou dizer onde ando,
Nem sequer onde estive.
Porque há gente que vive,
Por aí me atormentando.

Por muito que eu queira,
Denunciar o mandante
Que pagou ao meliante,
Não encontro maneira.

Dizem que eu devia contar...
Que podia, tudo descrever...
Mas eu nada estou a fazer.
Ainda não consigo divulgar.

Desconfio do que (des)conheço...
Pode haver alguém à espreita,
Numa esquina do caminho,
Por onde já não vou passar.

Mas já é tarde para recuar.
Não se pode diluir em vinho,
O mal que esta vida enfeita.
Afinal, é isto o que mereço?

quinta-feira, janeiro 10, 2008

coisa boa!


Lisboa das Naus

Lisboa à beira-mar, cheia de vistas,
Ó Lisboa das meigas Procissões!
Ó Lisboa de Irmãs e de Fadistas!
Ó Lisboa dos líricos pregões...
Lisboa com o Tejo das conquistas,
Mais os ossos prováveis de Camões!
Ó Lisboa de mármore! Lisboa
Quem nunca te viu, não viu coisa boa!


(António Nobre)

quarta-feira, janeiro 09, 2008

a Fonte 191


Só mais uma... e pronto, acabaram as fonte de Havana.

Obs.:
Há por lá, mais fontes monumentais em mármore de Carrara , mas eu não as fotografei.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Teddy Boy


A designação, apareceu pela primeira vez em 1953, escrita no diário Inglês "Daily Express", para designar o novo estilo (a moda) da juventude da época - a renovação do post-guerra.
Por esta data, o que viria a ser o mais famoso "Teddy Boy" americano, Elvis Presley era ainda um simples camionista, que se encontrava, todavia muto próximo de atingir o seu grande êxito, "It's Now Or Never".

Elvis, nasceu no Missisipi, a 8 de Janeiro de 1935.
E, no dizer de muitos dos seus fãs, "Elvis Não Morreu", festeja hoje os seus 73 anos de idade.

É a opinião de um, estupidamente grande, conjunto de (anormais) fãs que acreditam plenamente que Elvis vive ainda, escondido algures numa Ilha desconhecida.
Inexplicavelmente (voluntariamente?) retirado do mundo, "O Rei", faz algumas aparições públicas, de vez em quando - alguns dos seus alucinados fãs, afirmam tê-lo visto em diferentes localidades dos States.

o Sono


"O SONO, É A ANTECÂMARA DA MORTE"
..
Eu, nunca penso nisto, antes de dormir.
Se pensasse, nesta máxima do Shakespeare, provavelmente, iria ter grande dificuldade em adormecer.
A mim, esta frase, recorda-me apenas uma anedota dos tempos de estudante do Liceu; quem a contou pela primeira vez, foi um grande amigo, que frequentava a Escola Comercial de Veiga Beirão.

Na viagem de comboio, o Zé, ressona de boca aberta, resvalando para cima do passageiro do lado.
O outro, acorda-o com um encontrão e diz: "O sono é a antecâmara da morte." - William Shakespeare.
O Zé, abre um olho, fecha a boca, fecha os olhos, volta-se para o outro lado e recai no sono.
De novo o vizinho lhe interrompe o descanso, repetindo: "O sono é a antecâmara da morte." - William Shakespeare.
O Zé, não liga, e retoma o concerto sonoro. A cena repete-se uma terceira vez em que, o Zé, finalmente perde a paciência e retruca: "Vá chatear a pata que o pariu." - José Almeida.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

a Fonte 190


Na aldeia dos Fóios,
no alto da Serra das Mesas,
encontra-se a nascente do Rio Côa,
que segue para Norte ao encontro do Douro.

Na aldeia dos Fóios,
come-se um um belo Cabrito assado nas brasas,
produzem-se os melhores Queijos cabreiros da Beiras,
fabricam-se os mais saboros Enchidos de fumeiros caseiros.

Na aldeia dos Fóios,
numa fria noite de final de Dezembro aprendi a Cantar as Janeiras,
entrei na rusga, percorri as ruas, invadindo adegas, enchi a saca das oferendas,
de acepipes variados, doces e salgados, e... apanhei uma daquelas grandes bebedeiras.

Na aldeia dos Fóios,
arribei por acaso, naquela semana de Natal,
vindo de outra aldeia ali perto, a Sortelha medieval.
Já passaram mais de 10 anos, mas recordo perfeitamente,
tudo o que lá vivi, até sucumbir vencido pelos vapores da aguardente.

Hino dos Fóios

Fóios é a nossa terra
É a mais bela de Portugal
É um regalo conhecê-la
Porque como ela
Não há igual

Mesmo à beirinha de Espanha
E na nascente do rio Côa
É que nasceu esta terra
Que não inveja
Mesmo Lisboa

(..excerto)

domingo, janeiro 06, 2008

Os Sonhos


Foi o meu amigo Hortêncio, quem me enviou a
melhor mensagem de esperança de Ano Novo:

"NÃO DESISTAS DOS SONHOS, EM 2008.
SE NÃO ENCONTRARES NUMA PASTELARIA,
PROCURA NOUTRA."

sábado, janeiro 05, 2008

Liberdades


há muitas:

A Liberdade Física; a Liberdade Política; a Liberdade Religiosa; a Liberdade de Expressão; a Liberdade dos Povos; a Liberdade Individual; a Liberdade dos Outros; a Tua Liberdade e a Minha Liberdade.

Definições, também há:

Justiniano, Imperador de Roma disse,
"Libertas est potestas faciendi id quod Jure licet"
(A liberdade é a faculdade de fazer o que o Direito permite, ou a liberdade é a faculdade que cada um tem de fazer o que lhe aprouver, até que a força da Lei o impeça.)

Ulpiano, seu contemporâneo, exclamou,
"Libertas pecunia lui non potest"
(A liberdade não se paga com dinheiro) - o que, até nem era verdade..!

O jurista Gayo, afirmou,
"Libertas omnibus rebus favorabilior est"
(A liberdade é a mais preciosa de todas as coisas).

A Revolução Francesa, proclamou a Declaracão dos Direitos do Homem e do Cidadão, que consagra a liberdade, como Direito Fundamental, definido nos seguintes termos:
"Liberdade é a faculdade de fazer tudo aquilo que não prejudique o outro".
(sendo esta, provavelmente a definição mais conhecida, hoje em dia)

Quer dizer, que a liberdade humana deve ser acompanhada pelo sentido da responsabilidade, a fim de evitar converter-se em libertinagem.

Em todas as épocas, se tem procurado, sem que se haja logrado alcançar a solução ideal para um eterna problema:
o equilíbrio perfeito entre o direito do indivíduo actuar sem interferências alheias e a necessidade que a comunidade tem de lhe restringir a liberdade.
Será lógico, por isso, concluir que,
"Liberdade em Democracia é uma Utopia"?

Amanhecer XCVIII


Eis as cores captadas no meu primeiro amanhecer na maior ilha das Caraíbas.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

um Conto


DOIS CAMINHOS

Ontem, ao sentir nas minhas mãos geladas, o contacto fremente dos teus dedos cheios de febre, eu senti dentro de mim o baque forte de uma sensação desconcertante, que me fez tremer e encheu de pavor.
Minutos depois daquele enleio, que voltou a realizar o milagre da junção das nossas almas, ao mirar-me nos teus olhos negros e parados, deixei-me esquecida de tudo o mais, penetrar pelo seu fluido estranho ao ponto de me toldar e absorver nas dobras desse mistério, que já foi o rastilho da minha embriaguês antiga.
E apateceu-me fugir! Fugir imediatamnete, soltar as tuas mãos, não ver mais os teus olhos! Agora, impaciente, percorrerás, com os olhos dilatados, àvidamente, a rua, querendo rasgar clareiras por entre a multidão apressada, no desejo de lobrigar o meu vulto de oriental esguia... Porem esperarás em vão. Não posso cumprir a promessa. Faltarei!
Por isso escrevo estas páginas com o sangue quente da paixão rubra que reacendeste, diluido na tinta transparente das lágrimas que sinto cair dentro da alma, alagada agora pela mágoa imensa da certeza de perder-te definitivamente.

(excerto de um conto de Lúcia de Castro, 1947, Século Ilustrado)

quarta-feira, janeiro 02, 2008

a Fonte 189


Prontos, já que ninguèm protestou veementemente, aqui vai mais uma.

Encontrei-a no centro da Plaza Vieja,
a Fonte que antigamente abastecia de água os residentes foi reconstruída, agora só para servir de ornamento, com Mármore de Carrara.
Não é bonita nem é feia. Antes pelo contrário, não tem graça nenhuma, mas enfim... suponho que deve ter sido uma oferta do povo da Toscana (Itália) ao povo de Habana (Cuba).

El Buzon


Para todos os que estão fartos,
mesmo fartinhos das tretas deste "blog",
nomeadamente da saga das Fontes, ou
do folhetim dos Amanheceres,
têm aqui,

"el buzon de sugerencias e reclamaciones"
(a caixa de sugestões e reclamações)
ou "el buzon de correo" - a caixa do correio,
para usar à vontade - toca a mandar vir, ó gente!

a Limpeza


E, mais uma vez, ganharam as Brancas.
As Pretas ficaram todas fora de combate.

O jogo foi assim uma espécie de "limpeza étnica".

terça-feira, janeiro 01, 2008

o Olhar


"Se poderes olhar, vê. Se poderes ver, repara."

(José Saramago)

a Fonte 188


Fechei o Ano Velho,

pairando
no céu do misterioso Triângulo das Bermudas;
velejando
nas ondas turquesa do Mar das Caraíbas;
mergulhando
nas águas de cristal dos Recifes de Coral;
dançando
a Rumba e a Salsa, numa rua de Habana Vieja;


Abri o Ano Novo,

voando
a jacto, de regresso à Nossa Terra,
ansioso
cheio de pressa para "postar";
trazendo
para aqui mais algumas Fontes,
das muitas que, em todas as Latitudes, em todos os Continenets, se vão atravessando no meu caminho errante!
Oh... a seca, continua!
(desta vez, com água, num Jardim de Havana)

El Mojito


Mais palavras para quê...

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...