sábado, setembro 29, 2007

Amanhecer LXXXVI


Só hoje é que reparei que já estamos novamente no Outono.
Quando comecei a olhar em redor em busca de uma imagem para o "amanhecer" desta semana, apercebi-me que, as cores dominantes na natureza mujdaram, as flores de verão secaram e o ar tem cheiros diferentes.
Já passou uma semana de Outono e eu não sabia!!!
Ninguém me avisou. Não há direito. Nem uma notícia no Telejornal, nem um e-mailzinho a anunciar o Equinócio que teve lugar no dia 23 deste mês.
Na era do domínio da informação e comunicação, isto não pode acontecer. Ignorar um acontecimento natural que sucede apenas duas vezes por ano; não assinalar o dia em que o Sol se mostra durante 12 horas e se esconde durante outras 12 horas; quer dizer que nesta data, no hemisfério norte, a noite dura o mesmo que o dia.

sexta-feira, setembro 28, 2007

a Fonte 143


Quem vai e atravessa o rio,
lá p'rás bandas do Alentejo
Deixando para trás o casario
e castelo reflectidos no Tejo.

Saindo de Belver, em direcção ao sul, logo ali a meio da encosta do primeiro monte, com vista sobre o rio, encontramos esta fonte que tem, pasme-se, um LETREIRO INVULGAR, que diz assim: ÁGUA POTÁVEL.
Espantoso, extraordinário, coisa rara, numa fonte!!!

Cinco estrelas


A Estrela da Sé

Old sweet-shop and restaurant in one of the loveliest squares in the city.
It has kept its cubicles, vital for the trysts of the last century.
Take your loved one here for a 'tête à tête' lunch within wooden walls and chintz curtains.

The food is home-made and honest.

(Largo Sto. António da Sé, 4 - Lisboa)

Folha seca


Uma folha seca n'areia,
eu vi na Praia de Algés.
Lá estava, encontrei-a,
mesmo ali a meus pés.


(Quadra ao Gosto Popular, 2007)

quinta-feira, setembro 27, 2007

a Fonte 142


Quem atravessa a velha (1905) Ponte sobre o Tejo, para entrar em Belver, vindo do sul, não pode deixar de reparar na pintura destes muros mesmo no início da subida para a vila que El-Rei de Portugal, D. Sancho I doou à Ordem dos Hospitaleiros, já faz praí uns 800 (e tal) anos.

quarta-feira, setembro 26, 2007

o Arco

VIRTVTIBVS MAIORVM
VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO. P.P.D.
"Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento.
Dedicado a expensas públicas."

E está escrito no topo do Arco da Rua Augusta (Lisboa)

Autoretrato 6463


Não me lembro onde nem quando foz este retrato, mas, também não faz mal.
Quem é que quer saber por onde é que eu ando a tirar retratos ao espelho?
Ninguém! Por isso, não interessa, e não vou fazer o mais pequeno esforço de concentração para pensar no assunto.
O que está na imagem, à minha volta, o próprio espelho, etc, decerto me ajudaria a descobrir, mas como já disse - saber para quê?
Pela numeração da imagem (100_6463) no computador, deduzo que foi mais ou menos há 1000 fotografias atrás, pois a última imagem de hoje tem o número 100_7399.

terça-feira, setembro 25, 2007

Flor sem tempo


Na mesma rua
Na mesma cor
Passava alegre
Sorria amor
Amor nos olhos
Cabelo ao vento
Gestos de prata
De flor sem tempo
É dela o mundo
É a certeza de viver
Canta o sol
Que tens na alma
És a flor de ser feliz
Olha o mar
De tarde calma
Ouve o que ele diz


(Paulo de Carvalho)

a Fonte 141


Não tomei nota do nome do local e depois... claro, estava-se mesmo a ver que ia acontecer - esqueci-me!
Memórias... umas ficam outras não, ou outras vão.
Bem, mas sei que esta nascente, chafariz, serve de apoio a um lugar de merendeiros, algures entre a Sertâ e Castanheira de Pêra - ali para a região centro interior.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Pastor do tempo


Recem-chegado lá em baixo, no fundo, caído, de imediato me levantei e... não, não foi assim.
Apenas me soergui e passei o olhar em redor - não vi mais perigos, não vi mais ninguém. Pudera! Claro que não iria encontrar ninguém, por ali. Era tão lá em baixo, era o fundo.
O fundo de quê? O fundo do tempo, da vida, do pensamento, pois então.
Ah, bem! Entendido, continuamos.
Levantei um pouco mais a cabeça e vi uma sombra colada à parede. Era apenas um vulto, não mais do que um baixo-relevo num muro, de onde brotava poesia:
"Selvagem por entre as sedosas pétalas
que guardam o delicioso licor, prometido
e anunciado por um enebriante aroma
que precede a conquista e a entrega."
Num esforço mais que sobrehumano, talvez mesmo sobrenatural, com a ajuda do meu outro eu, consegui balbuciar, numa tentativa fruste de reafirmação:
"Eu... estou aqui!
Se não me ouvirem,
se não me atenderem,
eu vou partir, ficando,
sem sair daqui para fora.
Parado no tempo, passando
- à margem de certa maneira
como disse o poeta e cantor de Abril,
José Mario Branco - fora do tempo."

domingo, setembro 23, 2007

a Fonte 140


Fonte da Vila - Castelo de Vide.
Esta foto já tem uns quinze anos - nesse tempo a água, que vinha directamente da nascente termal, ainda se podia beber.
Hoje, quem sabe? Já não passo por estas bandas há muitos anos.
Está na hora de "meter a quinta" e seguir estrada fora ao reencontro da Sintra do Alto Alentejo.
Ora aí está, uma boa ideia para o próximo fim-de-semana.

sábado, setembro 22, 2007

Amanhecer LXXXV


Custa um bocado a acordar.

Estou tão mole... mas vamos lá, tenho que fazer este post do regresso do amanhecer aqui na Várzea de Colares. Pronto, já está.

sexta-feira, setembro 21, 2007

O Camarelo


Este bicharoco entrou, há três dias, pela janela de minha casa dentro e começou a "falar" comigo. Quando fui encher um copo de água ele saltou para a torneira. Dei-lhe uma tigela com água, fui à rua comprar algumas sementes secas e ele foi ficando por cá.

Na mesma noite, quando o pessoal cá de casa o conheceu, ele foi de imediato adoptado - nem precisei de perguntar se o queriam ou não - acho que ele vai ficar. Ninguém acredita que eu não o comprei.
Hoje fiquei a saber que é uma espécie de papagaio miniatura da variedade Agapornis Roseicollis, mais conhecido em inglês por "Lutino Lovebird" ou em português por "Pássaro do Amor". Chiiii!!! Agora é que vai ser bom. Só amor...
Como ainda NÃO SEI SE É BICHO OU BICHA, vou-lhe chamando CARAMELO, ou CAMARELO, o que vai dar ao mesmo.

a Fonte 139


Chafariz das Minas

Numa das entradas/saídas da cidade de Castelo Branco, as bicas desta magnífica obra de arquitectura civil, jorram água com fartura.
Mas... pregado no frontão deste imponente chafariz Albicastrense, lá está bem visível por baixo do ano da construção (1825), o LETREIRO FATAL: ÁGUA NÃO POTÁVEL.

Saida


Semana da Mobilidade em Lisboa - oh faxavôr, o melhor é saírem, e vão andando a pé, porque com este infernal trânsito automóvel, o eléctrico não vai chegar a lado nenhum.

Entrada


Semana da Mobilidade em Lisboa - podem entrar "faxavôr" para dar uma voltinha higiénica pela cidade.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Velas enfunadas


Já tenho a vela enfunada
Marrano sem vergonha
Judeu sem coisa sem fronha
Vou de viagem ai que largada
Só vejo cores ai que alegria
Só vejo piratas e tesouros
São pratas são ouros
São noites são dias

Vou no espantoso trono das águas
Vou no tremendo assopro dos ventos
Vou por cima dos meus pensamentos
Arrepia
Arrepia
E arrepia sim senhor
Que vida boa era a de lisboa

O mar das águas ardendo
O delírio dos céus
A fúria do barlavento
Arreia a vela e vai marujo ao leme
Vira o barco e cai marujo ao mar
Vira o barco na curva da morte
Olha a minha sorte
Olha o meu azar




(Fausto Bordalo Dias)

quarta-feira, setembro 19, 2007

a Fonte 138

Monsanto
Monsanto da Beira.
O Pucarinho de alumínio lá está, sempre pendurado, para quem quiser beber água na fonte, próxima do que foi o consultório médico de Fernando Namora.

Navegar

Alfama Lisboa
Navegar navegar
Mas ó minha cana verde
Mergulhar no teu corpo
Entre quatro paredes
Dar-te um beijo e ficar
Ir ao fundo e voltar
Navegar navegar...


Já é tempo de partir
Adeus morenas de Goa
Já é tempo de voltar
Tenho saudades tuas
Meu amor, de Lisboa
..
(Fausto Bordalo Dias)

Imagem


Na (Barra do Tejo) Marina de Oeiras

terça-feira, setembro 18, 2007

a Fonte 137

Monsanto Beira
Chafariz Mono - não muito longe da casa onde viveu, o médico e escritor, Fernando Namora.
Em Monsanto da Beira - que chamaram, não sei porquê, a Aldeia mais portuguesa de Portugal.

Flor mais


Flor. Mais uma flor. Mais nada... de mais.

O Resistente


A casa bastante mal tratada, quase em ruínas, sem telhado, sem porta, sem janelas, desde há muito tempo, desde que eu me lembro...
Na fachada, "O AMORZINHO" (este painel) resiste ao temporal, ao sol, à chuva, ao frio, ao calor e à maresia que envolve todos os dias aquela falésia sobre as Azenhas-do-Mar.

Quando passo por lá, lembro-me do meu amor, um bocado mal tratado por uma relação bastante arruinada, mas que vai resistindo, não sei como, ao tempo e sobretudo ao mau tempo; a derrocada da casa é eminente, mas... o amor vai ficar.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Medelim



Quando vi o nome da aldeia no letreiro da estrada, ali perto de Idanha-a-Nova, pensei que tinha lido mal. Até então, só tinha conhecimento da existência de Medellin, cidade da Colômbia, conhecida mundialmente como sede dos maiores carteis da droga.

Por isso, segui o caminho e fui lá ver, para tirar dúvidas. Então não é que existe mesmo uma terra chamada Medelim, na região de Castelo Branco?

E imaginem que, eu não conhecia!!! Mas agora, posso dizer que vale a pena lá ir e apreciar calmamente esse lugar que hoje é conhecido como a Aldeia dos Balcões.

Os Balcões (que só conhecia em Trás-os-Montes) são uma espécie de alpendres, ou varandas cobertas, onde se encontra a porta principal da casa, a que se acede por uma escadaria lateral construida sobre a entrada para a loja do gado, no piso térreo.

a Fonte 136



Coimbra, tem mais encanto, na hora da despedida!
Lisboa, tem o seu encanto, a qualquer hora da vida.
Cá para mim, tem mais à chegada do que à partida.
É um encanto tamanho, que tem forma desmedida.

Por isso eu digo: Lisboa, tem mais encanto c'a sei lá o quê!

Em Lisboa, você pode ter um chafariz à mesa.

domingo, setembro 16, 2007

sábado, setembro 15, 2007

Amanhecer LXXXIV



Mais logo, às 9:30 da "madrugada", aqui à volta, vai andar muita gente, às voltas com a BICICLETA.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Gaivotas 14

AMPLIAR
Quando eu era puto, lembro-me que era costume fazerem-me a seguinte pergunta de algibeira:
- O que fazem 12 Pardais em cima do telhado?

Respostas, havia muitas, para todos os gostos:
- Fazem uma dúzia. Ou,
- Fazem sombra. Ou... etc.

Hoje, também eu, posso perguntar:
- O que fazem 14 Gaivotas em cima do telhado?

Assim, á primeira impressão, acho que:
- Fazem merda! Estão ali a cagar o TELHADO NOVO da Adega.

E diz ele, o Fernão Capelo Gaivota, voltado de frente para as outras gaivotas:
- Vocês já pensaram, se eu não tivesse vindo? Isto seria um encontro de 13... um azar.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Azulejo 13



Há alguns belos paineis de azulejo, que ainda revestem as fachadas de prédios de Lisboa, resistindo aos rigores do clima, à passagem do tempo, às intervenções de restauro dos proprietários e aos ataques dos construtores civis.



Por exemplo, neste painel evocativo da oficina que funcionava no nº 13, de uma das ruas ali para as traseiras Sé Velha, por enquanto, ainda só falta praí uma dúzia de azulejos.

a Fonte 135


Alfama, Lisboa - Chafariz de Dentro, ou Chafariz dos Cavalos.
No próximo Sábado, espero encontrar aqui por perto o Kim e mais as suas queridas fãs de blog á minha espera para almoçar, lá pelo meio-dia-e-meia.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Flores e cores


Manifestações de Primavera fora de tempo.
Esta exuberância de cores e flores não é normal nesta época do ano, na nossa latitude.
Algo está a mudar neste clima.

domingo, setembro 09, 2007

a Fonte 134


Por acaso conseguem ver se Eu estou ali na fotografia, a jogar à Sueca naquela mesa no Jardim do Prícipe Real de Portugal?

Não? Ah! Pois claro que não.
Eu estou aqui, do lado de cá, a tirar a fotografia em andamento na minha bicicleta.

Um verdadeiro FOTOCICLISTA, pois então!!!

sábado, setembro 08, 2007

Amanhecer LXXXIII


Já não tínhamos aqui "amanheceres" de Sábado, faz uns tempos.
Até já perdi a conta à numeração romana, mas penso que este será o número 83.

Uma vista para um os amontoados de sucata marítima, nas margens do Rio Tejo - Seixal.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Flor outras


Em flores daqui e dali, (ainda) podemos ver (e fotografar)
umas quantas destas maravilhas que crescem muito bem
nas dunas de areia salgada na Praia-das-Maçãs.
Só é pena (já) não terem um aroma perfumado
como algumas das suas congéneres da mesma espécie.

a Fonte 133



Pensava que já tinha postado esta, mas afinal ainda não.
Então aqui fica: Lugar da ATALAIA (Cabo da Roca, Parque Natural de Sintra-Cascais, Portugal)

É um bocado antiga (1766) mas não é assim uma obra admirável.
Apesar de tudo, pode-se beber a água que sai da bica - basta, para isso, abrir a torneira e esperar que a Junta de Freguesia tenha as contas de água em dia, pois os SMAS da Câmara Municipal não perdoam; cortam o fornecimento a quem não paga.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Flores daqui e dali


Nas minhas voltinhas, às vezes, dá-me para embirrar com as flores.
Qero dizer: elas é que se metem comigo. Saltam-me à vista. Na maior parte dos casos, faz-me impressão elas serem tão perfeitas.
Depois, dou por mim a andar à volta delas como se fora uma abelha, a tirar fotografias de todos os ângulos e mais alguns.

Isto é o mal de ter uma máquina fotográfica digital - se andasse com a minha velha (de 30 anos) clássica Nikon reflex, não acontecia nada disto. A não ser que voltasse a montar o meu próprio laboratório de revelação e impressão de fotografia, à semelhança do que tive (muito graças à ajuda do Kim) nos idos anos 70.

Esperem por mim


Façam aqui um favorzinho ao Je:
- tomem-me conta da bicicleta enquanto eu vou até lá baixo ter com aquele pessoal a apanhar uma ondas.

quarta-feira, setembro 05, 2007

a Fonte 132


Passava um bocado das 3 horas da madrugada.
Subindo a Serra de Sintra, perto das Almoinhas Velhas (gosto do nome deste lugar), quase parei para beber água, nesta que foi fonte desde 1916.

Mas (in)felizmente, apercebi-me da presença do letreiro do costume.

O catrapázio, ÁGUA IMPRÓPRIA PARA CONSUMO, que hoje em dia, faz parte integrante de quase todas as fontes, fontanários, chafarizes, poços e afins do nosso muito mal PêDêéMizado portugalzinho dos autarcas.

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...