sábado, dezembro 31, 2011

Amanhecer CCC



Aqui e em qualquer lugar
de um e do outro lado do mar

assim foi determinado
definido por calendário
em qualquer fuso horário
este ano é quase finado

a lua, a terra, o sol, energia
todos os astros em movimento
concorrem para este momento
este ano não terá mais um dia

se tudo correr como se espera
amanhã dizemos, o 2011 já era!


VAMOS TERMINAR EM BELEZA
ESQUECER TODA A INCERTEZA
ERGO A TAÇA AO NOSSO POVO
NUM BRINDE DE FELIZ ANO NOVO!

quarta-feira, dezembro 28, 2011

Natais



Já cá cantam sessenta e três,
Pró ano haverá outra vez..?

Que não seja pior, se puder...
Ou pelo menos que seja igual
Mas se não for, não faz mal,
Tanto faz, venha o que vier.

E já estou atrasado para o jantar
Não posso escrever mais, vou desligar.

segunda-feira, dezembro 26, 2011

A Fonte 597


Bem longe da minha terra, em viagem pelas Grandes Antilhas,
não posso deixar (que mania) de registar mais uma fonte:
Numa praça de Punta Cana, frente à discoteca "La Bachata" - nome de uma dança folclórica, típica da Dominicana - podemos ver a escultura de D. Quixote, uma espécie de homenagem aos últimos colonizadores da ilha, os espanhóis.

sábado, dezembro 24, 2011

amanhecer CCXCIX



Outro lugar,
outro clima,
outro mar,
outras flores,
outro ar,
outra luz,
outro Natal,
PARA TODOS UM BOM NATAL!

quinta-feira, dezembro 22, 2011

A Fonte 596


Fonte da Carranquinha

(Palácio dos Marqueses de Fronteira, Lisboa)
Classificado como Monumento Nacional, o palácio foi mandado construir em 1640, pelo 1º Marquês de Fronteira, D. João de Mascarenhas.
Hoje pertence à Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, e é a residência do actual e 12º Marquês de Fronteira, D. Fernando de Mascarenhas.
(uma lembrança para o meu amigo José Carranquinha que está de passagem pelo nosso Portugal)

sexta-feira, dezembro 16, 2011

a fonte 595


SINTRA, Palácio da Vila
Quantas vezes passei por aqui e nunca parei para fotografar a fonte?
Vezes sem conta, dado que este lugar se encontra no meu trajecto habitual para a "Casa da Praia".
Mas além disso, há aqui outra coisa curiosa - é uma vergonha, mas confesso:
ao contrário de muitos milhares, dezenas, centenas de milhar de turistas portugueses e estrangeiros que chegam de longe, eu (je, moi même) nunca visitei o interior deste Palácio.
Esta agora...?
Mas não perdi a esperança de algum dia arranjar alguém que me faça companhia numa visita.

terça-feira, dezembro 13, 2011

Autoretrato 36



Retrato de um ex-fumador inveterado.
Sete anos sem os malefícios do tabaco.
Convertido em esfumador de recordações.
Viciado nos benefícios do não fumador.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

A Fonte 594


"Salto El Limon", Rep. Dominicana
Talvez a maior e mais visitada catarata das Grandes Antilhas.
- Será possível, algum dia eu voltar aqui?
- Acho que não, porque as atribulações da cavalgada e caminhada para alcançar esta maravilha, são obstáculos difíceis de mais para a minha condição física. A hipótese de uma nova visita não recompensa o sacrifício, quando, para além do mais, a vista já não seria uma surpresa como da primeira vez.

domingo, dezembro 11, 2011

a ver navios 116



DISPERSÃO
..
Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida
Eu sigo-a, mas permaneço...


Mário de Sá-Carneiro, 1913

sábado, dezembro 10, 2011

Amanhecer CCXCVII



ANIVERSARIO

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.


Álvaro de Campos

quarta-feira, dezembro 07, 2011

A Fonte 593



ORTIGA (Mação)

Por aqui se pesca,
sável, peixe-rei e irós,
e se come a
fritada de peixe do rio,
servida com a
excepcional açorda de ovas.
e um carrascão,
vinhaça bem portuguesa,
a completar
uma noite em beleza.
Isto meus amigos,
não são coisas novas,
aconchegar o
estômago a enganar o frio
à maneira do
tempo dos nossos avós.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

a ver navios 115



o navio desaparece
rumo ao anoitecer
a onda que esmorece
no flanco da mulher

é o navio do desejo
vogando na lua cheia
e o homem, caranguejo
no céu feito de areia

o corpo que se esfrega
em agitação na praia-mar
no corpo que se entrega
na beira-rio, a ondular...

(rima de letras desenquadradas)

domingo, dezembro 04, 2011

a fonte 592



Vale de S. Gião
Um pequeno lugar nos arredores de Lisboa, já em plena região saloia, perto do Freixial, Cabeço de Montachique e Póvoa da Galega, para nomear apenas os lugares mais conhecidos.

Existe outro no concelho de Oliveira do Hospital.
Nesse outro vale dedicado ao santo (Julião, Gião ou João?) montei por algumas vezes a tenda de campismo, à beira das frescas e límpidas águas do Rio Alva, nos meus tempos de campista itinerante - já lá vão algumas décadas - que percorria todo o Portugal interior de tenda às costas.

sábado, dezembro 03, 2011

Amanhecer CCXCVI



Sui monti di pietra può nascere un fiore...
in me questa sera è nato l'amore per te!

Non son degno di te,
non ti merito più,
ma quando la sera tu resterai sola
ricorda qualcuno che amava te.


Este é um bocadinho do poema de uma canção que sobrevive na minha fraquíssima memória musical, há um ror de anos, há mesmo muitas décadas.
Porquê, não sei, talvez por ser uma letra romântica, por ser uma música bonita, ou por ser uma excelente interpretação do Gianni Morandi.
Ou terá sido por tudo isso mais a audição repetida vezes sem conta, nos "tops" da Rádio, em conjunto com uma provável situação afectiva da minha parte, naquele tempo, especialmente propícia...

sábado, novembro 26, 2011

Amanhecer CCXCV



as bagas de "não-sei-o-quê",
ao sol de, quase, inverno,
a meio da manhã de outono,
no ar o cheiro da lareira,
lume aceso para todo o dia,
do fim de semana no campo,
costumes do íntimo do povo,
perfumes do País interior,
coisas que é preciso viver...

segunda-feira, novembro 21, 2011

a fonte 591



Maçãs de Caminho

No verão passado, andei alguns dias, mais ou menos perdido, por estradas e estradinhas no pinhal interior centro do nosso pequeno País.
Como eu gosto de fazer, sem utilizar o GPS, nem olhar para o Mapa das Estradas, guiando-me apenas pela minha bússula interior e pelo sol.
Mais uma vez, passei por lugares bem interessantes, que nem fazia a mais pequena ideia que existiam, como foi o caso que hoje recordo aqui.
Uma curiosa toponímia:
depois das "Maçãs de D. Maria", mais curva menos curva, mais km menos km, lá estão as "Maçãs de Caminho".

domingo, novembro 20, 2011

A Cegonha



Olá cegonha
..
Ainda me lembro
De ouvir dizer
Que tu de longe
Os bebés vinhas trazer
Mas os homens vão crescendo
E as cegonhas a morrer
Ainda me lembro
Não pode ser
..


(Carlos Paião)

sábado, novembro 19, 2011

Amanhecer CCXCIV



Ontem, frio, chuva e trovoada,
Agora, um belo dia de sol.
Hoje o chapéu e o cachecol,
Não fazem falta para nada.

terça-feira, novembro 15, 2011

a fonte 590


SINTRA

Ao volante do Chevrolet pela estrada de Sintra,
Ao luar e ao sonho, na estrada deserta,
..
Vou passar a noite a Sintra por não poder passá-la em Lisboa,
Mas, quando chegar a Sintra, terei pena de não ter ficado em Lisboa.
Sempre esta inquietação sem propósito, sem nexo, sem conseqüência,
Sempre, sempre, sempre,
Esta angústia excessiva do espírito por coisa nenhuma,
Na estrada de Sintra, ou na estrada do sonho, ou na estrada da vida...

"Ao Volante", de Álvaro de Campos

sábado, novembro 12, 2011

Amanhecer CCXCIII



Acordei tarde e a más horas.
Não dormi como devia ser,
E agora estou mal disposto.
Mas a noite foi a meu gosto
Fartei-me de comer e beber...
Vou-me deitar. Estim'as melhoras!

(in comphidencias)

quinta-feira, novembro 10, 2011

a fonte 589


Fragas de S. Simão

(Figueiró dos Vinhos)

Ao longo de todo o curso da Ribeira de Alge - desde a nascente, nas faldas da Serra da Lousã, até à foz, em lugar magnífico na albufeira do Zêzere - existem locais interessantíssimos, do ponto de vista turístico e não só.
É o caso do sítio onde se encontra esta pequena nascente, fio de água pura. Na beira do caminho que ladeia uma levada, na margem direita da ribeira, junto às ruínas de uma antiga azenha e praia fluvial, construídas bem lá no fundo de um apertado desfiladeiro; ou, como dizem ali na região, num lugar "fundeiro".
Estive aqui no pico do Verão; a água na ribeira corria suavemente mas com intensidade; gostava de poder visitar o local, agora; com as recentes chuvas de Outono, imagino a corrente, na parte estreita da fraga - deve ser impressionante, um espectáculo aterrador.

quarta-feira, novembro 09, 2011

Autoretrato 35



Aqui vou eu de partida
no barco p'rá Trafaria
vou tirar uma fotografia
p'ra dar à minha querida;


antes que se acabe o dia;
antes que se acabe a vida;
antes que acabe a corrida;
antes que acabe a companhia.

(no "Tejo de Lisboa", 2011)

segunda-feira, novembro 07, 2011

a fonte 588


Fonte das Lages (Aldeia de Xisto do Mosteiro)

Praia fluvial na "Ribeira de Pera" - Pedrógão o Grande.
Também esta se encontra bem apetrechada de infraestruturas:
WC, chuveiros, bar e restaurante com esplanada, parque de merendas, nadador-salvador, vigilantes, Posto de Socorros, zona de estacionamento, instalações e acessos para pessoas com deficiência, chapéus-de-sol e espreguiçadeiras, zona relvada, parque infantil, e muita água corrente para nadar e brincar.

E para beber tem ali por perto a fonte de água fresca - mas recomendo cuidado para quem tenha receio das abelhas é preferível ficar longe das bicas e do tanque desta fonte pois andam por ali em redor da água enxames delas.

domingo, novembro 06, 2011

O Desejo



Esta versão da "Maja Desnuda",
encontra-se há quase um ano sobre o cavalete no meu atelier de garagem,
aguardando a disponibilidade do artista (eu?) para os retoques finais do quadro.
Ao olhar para a "Minha Lambisgoya", recordo-me sempre de alguém que,
respondendo a uma pergunta sobre a sua vida íntima, amorosa, confessou:

Já tudo não passa de um breve desejo
Em apenas alguns minutos satisfeito
Com um abraço apertado e um beijo
No sofá da sala a servir de leito.


(Lambisgoya, in "Comphissões" 2010)

sábado, novembro 05, 2011

Amanhecer CCXCII



Um susto.
Hoje ao despertar, com o olhar e o discernimento ainda mal adaptados à luz do novo dia, fiquei todo arrepiado, resultado de um reflexo natural de defesa, ao pousar a vista na terrina de flores secas que está sobre a mesa da sala.
Por breves instantes, um lampejo, o que se vê nesta imagem pareceu-me ser a cabeça de uma espécie cobra escondida no meio daquela folhagem, com as goelas, melhor dizendo, fauces abertas pronta a atacar.
Não é frequente, mas acontece, a gente deparar-se com situações desta natureza. Situações que desencadeiam reacções fisiológicas não controladas pela vontade, como são a maioria das acções regidas pelo sistema nervoso simpático, o qual, nesses casos se torna antipático, pois faz com que o (seu dele) organismo manifeste atitudes de defesa primária.
O pêlo eriçado, o arrepio na pele, a contracção muscular esquelética, o fecho ou vasoconstrição, dos capilares cutâneos, o acelerar do batimento cardíaco, e mais... tudo reacções fruto da libertação no sangue de uma dose elevada da hormona de stress, ou a adrenalina.

Dúvida:
- Espera lá, não é bem assim..? Acho que é, mas vou rever os meus conhecimentos de fisiologia humana e depois completo o assunto...
Diagnóstico:
- Pronto, já fiz a revisão da matéria - é mais ou menos assim.
- O texto é aceitável - pode seguir.

sexta-feira, novembro 04, 2011

a fonte 587



OLEIROS
Ainda na sequência do mais recente passeio pelas Praias Fluviais da região interior centro.
Esta relíquia de chafariz encontra-se na zona balnear conhecida por "Açude Pinto".
Uma represa de água límpida e fresquíssima, no curso da Ribeira da Sertã.
Mais uma praia de bandeira dourada que foi classificada como a melhor de 2011.
Conheço praticamente todas as praias da região do Pinhal Interior e posso afirmar que esta foi, sem dúvida alguma, aquela onde encontrei as melhores infra-estruturas de apoio e lazer.

Nota:
quem tiver interesse visite a página (http://www.praiasfluviais.com/praias.asp) para saber mais.

quinta-feira, novembro 03, 2011

o Abraço



Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida.
Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram.
Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor.
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes.


(Joaquim Pessoa, in "Ano Comum")

segunda-feira, outubro 31, 2011

A Fonte 586


BOMBARRAL
O Jardim "Buddha Eden" é, sem dúvida, uma (mais uma) espantosa realização do controverso Comendador Berardo.
Rodeado pelos extensos vinhedos da centenária Quinta dos Loridos, onde se produz vinho e espumante desde o século XVI, há um enorme museu ao ar livre, onde toda a gente pode apreciar gratuitamente, centenas de estátuas de todos os tamanhos, dversos materiais, diferentes origens, estilos, épocas, culturas e religiões orientais.

domingo, outubro 30, 2011

a Felicidade


No meu local mais ou menos secreto e predilecto de Lisboa - o Jardim do Torel.
Na tarde calma, sentado neste mesmo banco, espraiando distraidamente a vista sobre os telhados da avenida até ao rio.
«E então pensei, neste momento não sinto nada em especial, não estou triste nem alegre, nem me doi nada, não tenho queixas.
Excelente! Isso quer dizer que sou feliz!»
Foi esta a dedução lógica que me ocorreu ao lembrar-me da seguinte verdade enunciada por um pensador dos clássicos. Disse ele,

"A felicidade é como a saúde: se não sentes a falta dela, significa que ela existe."

Isso quer dizer que a gente é verdadeiramente feliz quando não dá por isso..?

sábado, outubro 29, 2011

Amanhecer CCXCI


É um conforto para os sentidos, todos,
sair para a rua de manhã num Sábado como o de hoje.
Um Sol verdadeiramente radioso no ar morno,
seco, lavado, após alguns dias de chuva e vento.

Maravilhas da natureza viva.
Assim encontrei as cores quentes do Outono reflectidas nesta espécie de frutos que parecem, mas não são, Medronhos.
São apenas os portadores de sementes de um arbusto (cujo nome não sei) que é vulgar nos nossos jardins publicos.

quarta-feira, outubro 26, 2011

A Fonte 585



Algures na EN350,
a uns 700 metros de altitude, a meia encosta da Serra de Alvelos, entre Pedrógão e Oleiros.
Uma obra da extinta Junta Autónoma das Estradas (JAE 1995).
Não é bonita nem feia, mas tem (ou tinha) o mais importante - água corrente que, apesar de escassa devido ao verão anormalmente prolongado, era fresquinha, leve e saborosa.
*
Para mim, ao contrário do que se diz em geral, a água pode ter diferentes sabores e composição, e ser classificada de acordo con isso, tal e qual, isto é, mais ou menos como o vinho. Só a água pura dos laboratórios de ciência química é que não tem propriedades organolépticas - é inodora, incolor e insípida.

Pois seja lá como for, deu um jeitão para abastecer as garrafinhas que levamos de viagem.

terça-feira, outubro 25, 2011

A ber nabios (115)



Se tivesse lugar no Douro, do Porto,
esta cena captada no Tejo, de Lisboa,
teria como título, "A Bela e o Monstro".

segunda-feira, outubro 24, 2011

a fonte 584


ORTIGA
também faz parte do roteiro das Praias Fluviais do Pinhal Interior.
Tem excelentes condições esta praia - Parque de Campismo, Estação de Comboio, restaurantes, esplanadas, tudo ali a jeito - junto ao paredão da barragem de Belver, na margem direita do Tejo.
Um pouco a montante, na outra margem, fica a Praia do Alamal - também muito bem equipada.

domingo, outubro 23, 2011

Meia noite


ORTIGA, na margem direita do Tejo
pertinho de Belver, Barragem e Castelo.

Naquela noite quente de Outono
Deambulámos pelas ruas desertas
A fazer tempo para chegar o sono.
Ao longe ouve-se o canto duma cigarra

E na casa da vizinha, de janelas abertas,
O rádio toca "Meia-noite, uma guitarra".

«Pelas ruas mais sombrias
Passa o tempo que passou
Serenatas de outros dias
Que a voz do tempo cantou»


P'las Escadinhas do Rio sobe uma aragem.
É fresca e traz muitos aromas misturados.
Tem cheiro de terra lavrada e flor de laranjeira
E o inconfundível odor de peixe na frigideira.
E tu disseste: "Ainda não estamos cansados,
Vamos até lá baixo, à beira da barragem".

..continua

sábado, outubro 22, 2011

Amanhecer CCXC


Estas flores não são no meu quintal
Encontrei-as à beira duma praia fluvial
Numa zona fundeira da Serra de Alvelos (região do Pinhal Interior Sul) fica a Praia do Malhadal, uma das quatro praias fluviais que conheço na Ribeira de Isna (afluente do Zêzere).
No Verão 2011, esta praia foi classificada "praia dourada", por apresentar, juntamente com a da Froia, a melhor qualidade da água - e podem crer que é verdade, eu estive lá para provar.

quinta-feira, outubro 20, 2011

a fonte 583


CONSTÂNCIA
Fiquei a saber que este lugar foi rebatizado por de D. Maria II, a pedido dos habitantes que, desde sempre, não achavam muita graça ao nome primitivo da sua terra - "Punhete".
El-rei D. Sebastião (por necessidade) e Luis de Camões (por imposição) aqui residiram temporariamente.
Não sei bem porque motivo, mas também eu gosto muito desta vila da foz do Zêzere.
No domingo, de passagem pela terra, resolvi estender a manta para um ligeiro pique nique, na relva do jardim virado para a praia fluvial.
Belo dia dia de calor, ideal para um mergulho na corrente de água fresca, logo ali, na confluência dos dois rios mais importantes de Lisboa.
- O Tejo, porque é o rio da minha cidade:
"Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar.
"

- O Zêzere, porque é o rio que mata a sede à grande cidade; é na albufeira do Castelo do Bode onde se capta a água (a melhor do país) que corre nas torneiras da cidade e arredores.

quarta-feira, outubro 19, 2011

Tudo por um beijo


Troco tudo por um beijo
Mais vale morder um desejo
Que ter toda a fama do mundo

Troco tudo por um beijo
Mais vale morder um desejo
Que todo o dinheiro do mundo


(Jorge Palma)

terça-feira, outubro 18, 2011

A Fonte 582


AREIAS (Ferreira do Zêzere)

Entre a "Venda dos Tremoços" e a "Aldeia dos Gagos", onde fui parar um dia destes, por acaso, ao procurar um atalho (caminhos novos) desde a N110 para a N238 e seguir depois para Dornes.
Uma pequena aldeia com uma grande património histórico, como é exemplo a Igreja Matriz (Nossa Senhora da Graça) e os restos de uma Torre Templária de estranha denominação - Torre do Langalhão ou da Murta, ou do Ladrão Guião.

segunda-feira, outubro 17, 2011

Baralhado


Eu não sei bem quem tu és
Sei que gosto dos teus pés
Do teu olhar atrevido

Tu baralhas-me a razão
Invades-me o coração
E eu ando um pouco perdido

domingo, outubro 16, 2011

A Fonte 581


Na parede lateral da Igreja Matriz de DORNES,
esta fonte foi homenagem dos paroquianos locais ao Padre Artur Mendonça das Neves, em 12 de Outubro de 1968 que nessa data cumpria os primeiros 10 de 50 anos que esteve ao serviço desta paróquia.
Dornes é vila de poucos habitantes concentrados em poucas casas dispostas em meia dúzia de ruelas apertadas e íngremes, que convergem no largo da Igreja Matriz e Torre Templária bem no cimo de um penhasco, istmo e miradouro com uma extraordinária vista sobre a albufeira do Zêzere.
Desde há muitos anos - vinte e tal - que este lugar é visita obrigatória nos meus passeios pela região.

sábado, outubro 15, 2011

Amanhecer CCLXXXIX


"Nem mais, nem ontem!"
Não sei a que propósito veio aqui parar esta tradicional expressão da língua portuguesa popular - ou era para começar a escrever qualquer coisa que passou indelével pela minha mente, ou, simplesmente veio-me à cabeça, ocorreu-me e... pronto. Estou muito pior!

A imagem que, não tenho a certeza mas, creio não ter nada a ver com isto, é actual, é de hoje.
São os "Brincos de Princesa" do meu quintal, que refloresceram de forma extraordinária, nestes primeiros quinze dias de Outubro, princípio de Outono, que mais parece o final de Primavera.
Assinalo assim, com esta visita à florista, o regresso à Net, do "Fotociclista".

terça-feira, junho 14, 2011

A Fonte 580


Mais uma Fonte dos Amores (Ortiga, Mação),
como tantas outras que temos visto por este mundo fora,
dedicadas aos amores infelizes, aos amantes desditosos,
"Pedro e Inês", "Romeu e Julieta" ou ainda "Tristão e Isolda"



…quero-vos eu tal ben
Qual mayor poss’ e o mui namorado
Tristan sey ben que non amou Iseu
quant’ eu vos amo, esto certo sey eu…


(uma cantiga em que o rei-poeta português D. Dinis, compara o seu amor por uma donzela com o de Tristão por Isolda)

sábado, junho 11, 2011

Amanhecer CCLXXI



Não foram poemas nem rosas
Que colheste no meu colo
Foram cardos, foram prosas
Arrancadas do meu solo

(1981 - Talvez o mais conhecido poema de Miguel Esteves Cardoso e certamente a mais conhecida canção interpretada por Manuela Moura Guedes)

segunda-feira, junho 06, 2011

A Fonte 579



Vale do Jamor (Cruz Quebrada)

Tem uma data - 1849 - passaram 162 anos neste tanque de regadio da antiga quinta.

sábado, junho 04, 2011

Amanhecer CCLXX



Imagem bonita para uma canção igualmente bonita, mas triste, que não me sai da cabeça desde há alguns dias.

Seasons in the Sun

«Goodbye, my friend, it's hard to die
When all the birds are singing in the sky,
Now that the spring is in the air,
With the flowers everywhere,
I wish that we could both be there!»

(Terry Jacks, 1974 - versão inglesa de "Le Moribond" de Brel)

quinta-feira, junho 02, 2011

a ver navios 114



Quando as palavras não são tão dignas quanto o silêncio,
é melhor estar calado a ouvir, a ver e... esperar.

segunda-feira, maio 30, 2011

Rodas do Tempo (4)



Dos nossos medos
nasce a nossa coragem
e nas nossas dúvidas
vivem as nossas certezas.
Os sonhos anunciam
outra realidade possível
e os delírios outra razão.
Na desorientação
esperam-nos achados
porque é preciso perdermo-nos
para nos voltar a encontrar.

(Eduardo Galeano)

sábado, maio 28, 2011

Amanhecer CCLXIX



Lisboa

Não é um sítio qualquer
É Lisboa, cidade do Tejo
A minha cidade mulher
Quase tudo o que desejo

terça-feira, maio 24, 2011

a ver navios 113



Triste
Muito
Desgosto
Imenso
Sentimento angustiante que nasce cá dentro e vai crescendo...
Sensação incómoda do mundo exterior que me rodeia e me invade...
Tudo junto, é horrivelmente degradante do espírito, pesadelo da mente; é mal do corpo, doença fisiológica, sofrimento físico.

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...