Onde?Nunca vou esquecer, nunca!
No dia 25 de Abril de 1974, estava aqui mesmo no meio deste povo, uma multidão de gente, maioritariamente composta por jovens como eu, meio curiosos, meio espantados, mas acima de tudo muito entusiasmados, com tudo o que se desenrolava à nossa volta.
Aqui em frente às portas do Quartel da GNR, no Carmo, tive a sorte, o prazer e a satisfação de assistir ao vivo, do princípio ao fim, a toda a sequência de acções (e reacções) que, na altura, me pareciam autênticas cenas de filme do cinema.
Um filme sonoro, e a cores onde eu participei como figurante activo - gritei, bati palmas, fiquei em "suspense" aquando da rajada de tiros, e depois suspirei, pus-me em bicos de pés, berrei, levei encontrões, safanões e no fim abraços, muitos abraços!
Alegria imensa, emoção tão grande.!
Se algumas coisas eu pudesse reviver, esta seria sem qualquer dúvida uma delas...
4 comentários:
Estavas numa idade de ouro, tudo o que fazias corria bem,
porque a vida deixava acontecer... hoje as coisas não iriam ter esse impacto.
O 25 de Abril foi uma explosão de confetis, foi uma porta aberta
Para novas mentalidades, sonhos e uma nova esperança.
As pessoas andavam adormecidas e acorrentadas sem motivação ou vontade de mudança,
nem valia a pena tentar ser criativo, pois ninguém dava valor.
Pena foi que esse 25 de Abril, não tenha selecionado pessoas á altura,
Para lhe dar continuidade e o devido valor, tudo se esvaiu e hoje esse dia é como outro dia qualquer.
Temos falta de pessoas de fibra, de novos capitães de Abril.
Luisa
Isso é um bocado verdade, M. Luisa.
Para muitos dos que, que como eu, viveram intensamente aquele tempo de mudança, de confiança no futuro melhor, passados 44 anos, quase todas as emoções e esperanças se foram transformando em apenas SAUDADE.
Eu estava lá muito perto, na Divisão de Fotografia e Cinema. Estávamos à espera de ordens superiores para sair em reportagem, o que veio a acontecer só à tarde!
Valeu a pena!
Ora bem, Kim, naquele dia, fez-me falta a presença junto a mim do meu fotógrafo preferido, que és Tu.
Durante muitas horas, não tive o prazer de encontrar um amigo com quem partilhar aqueles momentos únicos que vivi na Baixa de Lisboa.
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