quinta-feira, dezembro 21, 2006

A noite de natal



A todos um Bom Natal

A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós

No Natal pela manhã
Ouvem-se os sinos tocar
E há uma grande alegria, no ar

Nesta manhã de Natal
Há em todos os países
Muitos milhões de meninos, felizes

Vão aos saltos pela casa
Descalças ou com chinelos
Procurar suas prendas, tão belas

Depois há danças de roda
As crianças dão as mãos
No Natal todos se sentem, irmãos

Se isto fosse verdade
Para todos os Meninos
Era bom ouvir os sinos tocar.

The night before



The night before Christmas

Twas the night before Christmas, when all through the house
Not a creature was stirring, not even a mouse.
The stockings were hung by the chimney with care,
In hopes that St Nicholas soon would be there.

The children were nestled all snug in their beds,
While visions of sugar-plums danced in their heads.
And mamma in her ‘kerchief, and I in my cap,
Had just settled our brains for a long winter’s nap.

When out on the lawn there arose such a clatter,
I sprang from the bed to see what was the matter.
Away to the window I flew like a flash,
Tore open the shutters and threw up the sash.

The moon on the breast of the new-fallen snow
Gave the lustre of mid-day to objects below.
When, what to my wondering eyes should appear,
But a miniature sleigh, and eight tinny reindeer.

With a little old driver, so lively and quick,
I knew in a moment it must be St Nick.
More rapid than eagles his coursers they came,
And he whistled, and shouted, and called them by name!

.. (Clement Clark Moore, 1822)

La nuit avant


La nuit avant Noël

C'était la nuit de Noël, un peu avant minuit,
A l'heure où tout est calme, même les souris.

On avait pendu nos bas devant la cheminée,
Pour que le Père Noël les trouve dès son arrivée.

Blottis bien au chaud dans leurs petits lits,
Les enfants sages s'étaient déjà endormis.

Maman et moi, dans nos chemises de nuit,
Venions à peine de souffler la bougie,

Quand au dehors, un bruit de clochettes,
Me fit sortir díun coup de sous ma couette.

Filant comme une flèche vers la fenêtre,
Je scrutais tout là haut le ciel étoilé.

Au dessus de la neige, la lune étincelante,
Illuminait la nuit comme si c'était le jour.

Je n'en crus pas mes yeux quand apparut au loin,
Un traîneau et huit rennes pas plus gros que le poing,

Dirigés par un petit personnage enjoué :
C'était le Père Noël je le savais.

.. (Clément Moore, 1822)

quarta-feira, dezembro 20, 2006

a Fonte 48



Na rua lado da Igreja de S. Vicente de Fora (Lisboa)
Nova Feira da Ladra

É na Feira da Ladra que eu relembro
uma toalha velha, toda em linho,
que já serviu uma noite de Dezembro,
e agora cheira a Setembro,
como o Outono sabe a vinho.
Não valem muito mais que dois pintores
os quadros das paisagens que eu já sei,
mas valem, pelos frutos, pelas flores
que em São Vicente das Dores,
fora de mim, eu pintei.

O que é que eu vou roubar à Feira?
Um beijo de mulher trigueira.
Aqui um coração, ali uma gravura.
É a Feira da Ladra ternura.
O que é que eu vou trazer da Feira?
Um corpo de mulher braseira.
Aqui está um lençol, bordado como dantes.
Esta Feira da Ladra é dos amantes.

(Ary dos Santos)

terça-feira, dezembro 19, 2006

domingo, dezembro 17, 2006

Amanhecer L(a)



Domingo de manhã e ainda estamos em Colares.
Este painel de azulejos na fachada das Caves do Visconde de Salreu.
Mas quem foi afinal, o fundador desta adega regional?

Fui saber mais.

sábado, dezembro 16, 2006

Amanhecer L


(Painel de azulejos na parede exterior da Adega Regional)

O Sábado de manhã - o nº 50 - de 2006.
Como de costume... estamos em Colares.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

autoretrato 15



Aqui estais, finalmente, meus amigos!
Ai! não é a mim que procurais?
Hesitais, mostrais surpresa?
Insultai-me é melhor! Eu não sou mais eu?
Mudei de mão, de rosto, de andar?
O que eu era, amigos, acaso não mais sou?

Tornei-me, talvez, outro?
Estranho a mim mesmo? De mim mesmo, fugido?
Lutador que muitas vezes venceu a si mesmo?
Que muitas vezes lutou contra a própria força,
ferido, paralisado pelas vitórias contra si mesmo?

(Friedrich Nietzsche)

quinta-feira, dezembro 14, 2006

a Tormenta



Temporal, tempestade, trovoada, procela ou borrasca,
sinónimos no tesaurus.

Tempo, já tive,
mas gastei muito, não tenho mais,
foi um dia,
foram dois, três e outros tantos e tais.
Eram cravos,
que eram flores, não eram pregos,
no prato
com batatas fritas, mostarda e oregos.
Não os de comer,
pregos daqueles de pregar.
Foi o tempo,
foi o vento, foi o ar e o sal do mar.
O ar azul,
a era verde e ao longe um vendaval.
A espuma
sobe até às nuvens - está tudo mal;
qualquer coisa
se eleva no ar e sem ar fica o céu
e no fim,
debaixo desta trampa, aqui estou eu.

(em, poemas do tempo)

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Fado Tartesso




Chamava-se Habidis e foi Rei,
dos Tartessos o mais afamado,
porque inventou a'gricultura
atando dois bois a um arado.
E também publicou uma lei:
para uns, trabalho com fartura
para outros, farto pão e choriço.
Criou então sete classes sociais,
e decretou, não contente com isso:
- Os nobres não trabalham mais!
..

terça-feira, dezembro 12, 2006

a Fonte 47


Giovani Lorenzo Bernini

Não sei se o autor foi o Bernini filho ou o pai (escultores Napolitanos), posto que ambos desenharam algumas fontes monumentais em Roma.

Esta aqui na foto, não faz parte das fontes famosas de Roma, é pouco conhecida pois não é muito grande e encontra-se mais ou menos escondida numa rua do bairro típico do Trastevere - o Bairro de Alfama, lá do sítio.

domingo, dezembro 10, 2006

era pequenino



Quando eu era pequenino,
Acabado de nascer.
Inda mal abria os olhos,
Já era para te ver.

Quando eu já for velhinho,
Acabado de morrer.
Olha bem para os meus olhos
Sem vida te hão-de ver.

(Cancioneiro, Quinta do Bil)

quinta-feira, dezembro 07, 2006

a tarde



É tarde. Se é tarde, viesse mais cedo!

Nunca é tarde para aprender!

De manhã ao monte, de tarde à fonte.

Quem tarde vier comerá do que trouxer.

Tarde se arrepende quem tudo despende.

Embora tarde, sempre chega a verdade.

Sol de Inverno, tarde sai e cedo vai.

Março, marçagão, de manhã Inverno, de tarde Verão.

Laranja, de manhã é Ouro, de tarde é Prata, e à noite mata!

Quem torto nasce, tarde ou nunca se endireita.

Mais tarde ou mais cedo, isto tinha que acabar...

Não é tarde nem é cedo! É agora!

..vou já embora. Chiça! Até que'nfim.

Mais vale tarde do que nunca!

quarta-feira, dezembro 06, 2006

a Fonte 45



Granja (Vialonga)

Poço equipado com três zingarelhos para trazer a água, que já não tem, para cima para o chafariz.

terça-feira, dezembro 05, 2006

a comunicar



Hoje acordei com forte disposição
para escrever mais qualquer coisa.
Mas, o meu pensamento não poisa.
Parece que me faltou a imaginação.

Será problema de psiquiatria? Talvez...
Pois é, tenho dificuldade em comunicar,
tudo aquilo que tenho estado a pensar.
Ora... que se lixe, fica para outra vez.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

a Fonte 44


Vialonga - Alverca
Não é bonita nem é feia;
para mim foi tão só, uma impressão refrescante naquela quente tarde de fim de Primavera quando por aqui passei quase no limite de 6 horas e 30 kms de caminhada.

sábado, dezembro 02, 2006

Amanhecer XXXIX


Um Sábado de manhã diferente.
Não é na várzea de Colares, comme d'habitude.
Temos um amanhecer na foz da Ribeira de Colares.

Quentes e boas


O Homem das Castanhas

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.

A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.

(Ary dos Santos)

sexta-feira, dezembro 01, 2006

quinta-feira, novembro 30, 2006

os Moinhos

Lisboa
Na encosta da Ajuda, em Lisboa.

Sobre uma das sete colinas, a que se encontra mais a ocidente, mesmo voltada para o Atlantico e para o ocaso do Sol de todo o ano.
Há nesta Lisboa cidade, dois moinhos de vento, daqueles grandes moinhos Saloios, típicos desta região litoral de Portugal.
Moinhos de verdade, que funcionam ainda e podem moer os grãos do trigo ou do milho para fazer a farinha e o farelo.

Lá muito em baixo, junto ao rio Tejo, avista-se a Torre de Belém. Entre a torre e a colina sobressai o pico da cúpula da Igreja de Santa Maria de Belém mais conhecida por Igreja do Mosteiro dos Jerónimos.
No horizonte sul, o alto relevo da outra margem, a outra banda, cujas íngremes encostas despejam uma mancha de sombra sobre a claridade dos reflexos do rio.
A foz, a barra, a enseada da Praia de Algés, a corrida das ondas contra a corrente, que passa sobre os bancos de areia do Farol do Bugio.
Mais longe, a tenue linha horizontal de separação entre o mar menos azul e o ceu mais azul.

quarta-feira, novembro 29, 2006

a Fonte 42



Outra fonte em Castro Verde,
sobre o poço, no largo fronteiro ao "S Clube" ou a "Santa Loucura", que é, segundo dizem:

"Um espaço onde o sagrado, coabita em profunda união com o profano."

"A energia, a luz, o som e a sensualidade aliados à arte, à estética e à beleza leva-nos a um mundo envolto em magia e pura felicidade onde se soltam todas as emoções que transbordam nos gestos, nas palavras, num olhar, que por vezes é tão intenso como o brilho das estrelas."

E um dos maiores locais de diversão no Baixo Alentejo.

terça-feira, novembro 28, 2006

a Fonte 41



Chama-se a Mina do Telhadinho - na encosta de Carnaxide.

sem nada



Saí de mim em busca de ventura,
Daquele bem que em vão idealizei.
Minha esperança fez-se mais escura
Quando sem nada, nada, a mim voltei.

segunda-feira, novembro 27, 2006

de Cesariny



Muita vez vim esperar-te e não houve chegada
De outras, esperei-me eu e não apareci
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço

Se algum de nós vier hoje é já bastante
Que dê o nome e espere. Talvez apareça...

(Mário Cesariny)

domingo, novembro 26, 2006

ir e voltar



Quem parte leva saudades,
Quem volta traz alegria.
Queria partir na certeza,
De poder voltar um dia!

(escreveu um poeta dos Açores)

a Fonte 40



Painel de azulejos de meados do século passado.
Um lugar do concelho de Oeiras com um estranho nome, de remotas e obscuras origens - Carnaxide.

sábado, novembro 25, 2006

Amanhecer XXXVII



Já não me lembrava que também chove e faz frio
e que de vez em quando (felizmente são poucas vezes)
não aparece o Sol no Sábado de manhã em Colares.

sexta-feira, novembro 24, 2006

o Lixo



Há dias fui dar um passeio,
Pela vila e suas cercanias,
E chocou-me a falta de asseio,
Ao ver por lá tantas porcarias.

E como não posso ficar alheio,
A estas imagens tão sombrias,
Digo que é triste, desolador e feio
O que se passa nos nossos dias.

São caixas, vidro, papel ou lata,
Plástico, ferro velho e madeira,
Que desvirtuam a paisagem.

Aí vazados por gente ingrata,
Á terra de que é herdeira,
E da qual degrada a imagem.

(Tio Carlos, poeta do Rio Alva)

quinta-feira, novembro 23, 2006

a Fonte 39



Aqui neste lugar não fica nada mal
Como ficaria em qualquer parte
Porque é uma bela obra de arte
Mais est'outra fonte municipal.

(Rotunda de Queijas - Oeiras)

O Desalento



Porque a vida não pára, eu, vacilante,
Quero parar, mas sinto, apavorado,
Que, mais a mim, se chega a cada instante,
O fim do meu caminho limitado!

Como vai longe! Ai, como vai distante
O tempo em que vivia descuidado,
E me falava a doce voz cantante
Desse presente que se fez passado!

E a ele volto e não encontro nada,
Que me fale da vida amargurada
Que ao recordá-la ainda me angustia.

Com que tristeza tudo, tudo lembro,
Neste dia cinzento de Novembro,
Nesta manhã viúva de alegria!

(JM Lopes de Araújo, Poeta dos Açores)

quarta-feira, novembro 22, 2006

a Bicicleta



Monto na minha bicicleta
Que não tem asas mas voa.
Não é preciso ser atleta,
Para pedalar por Lisboa.

Sentindo o vento no rosto,
Levando na face um sorriso.
Da felicidade sinto o gosto,
Como se viajasse no paraíso.

(Poesia da Treta, 2006)

a Fonte 38


Ainda no Concelho de Oeiras.
O que resta de uma fonte monumental.
Na estrada de Leceia, o letreiro diz:

PROIBIDO LAVAR AUTOMOVEIS

terça-feira, novembro 21, 2006

as Barcas



Cantiga de Amigo

Em Lixboa sobre lo mar
barcas novas mandei lavrar,
ay mia senhor velida!

Em Lisboa sobre lo lez
barcas novas mandei fazer,
ay mia senhor velida!

Barcas novas mandei lavrar
e no mar as mandei deitar,
ay mia senhor velida!

Barcas novas mandei fazer
e no mar as mandei meter,
ay mia senhor velida!

(João Zorro, Poeta do Mar, Sec. XIII)

segunda-feira, novembro 20, 2006

a Fonte 37



Mais uma exaltação no Município do Sr. Isaltino.
Na foz do Tejo.
Fonte monumento, caravela, memória dos navegadores portugueses.


Sofrendo tempestades e ondas cruas,
Vencendo os torpes frios no regaço
Do Sul, e regiões de abrigo nuas,
Engolindo o corrupto mantimento
Temperado com um árduo sofrimento.

(Camões)

domingo, novembro 19, 2006

a Lingua


Uma língua é o lugar donde se vê o Mundo
e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir.

Da minha língua vê-se o mar.

(Vergílio Ferreira)

sexta-feira, novembro 17, 2006

a Fonte 36



Inauguramos hoje aqui a secção
dedicada a fontes monumentais;
começa com S. Jorge e o Dragão
no Município do Isaltino Morais.

(Rotunda de Queijas)

quinta-feira, novembro 16, 2006

quarta-feira, novembro 15, 2006

a Retreta



Aqui vai a Banda dirigindo-se para a Retreta.

O quê, os músicos vão aliviar as águas, satisfazer as necessidades?
Pois... não.

Dirigem-se para um local onde irá decorrer um concerto.
Retreta é = actuação de banda musical, ao ar livre.

a Fonte 34



No recanto de uma ruela de Ourique.

terça-feira, novembro 14, 2006

a Simbiose



Líquen - a mais perfeita combinação de esforços, entre dois seres vivos de espécies diferentes.

Uma Alga e um Fungo reuniram-se e desenvolveram (a simbiose completa) a forma ideal de colaboração para assegurar a sobrivência de ambos em hambiente hostil - em locais onde cada um deles por si só não conseguiria subsistir.

segunda-feira, novembro 13, 2006

a Fonte 33



Não tem beleza arquitectónica, mas ao seu estilo, não deixa de ser uma fonte.

Pequenina mas, quando é preciso, deita água com fartura... presume-se.

sábado, novembro 11, 2006

Amanhecer XXXV



A névoa da madrugada que persiste na várzea de Colares e encosta do Penedo, ao raiar do sol num morno dia de S. Martinho.

Tradicional



No dia 1 de Novembro, nalgumas aldeias do Oeste (Saloias), ainda se assiste ao tradicional peditório do Pão-por-Deus.
Bandos de miúdos, munidos de sacolas de pano, percorrem as ruas, as lojas, invadem os quintais, como nesta aldeia do Mucifal - Sintra, reclamando dos viznhos, algumas guloseimas ou outras pequenas oferendas para encher a sacola.

sexta-feira, novembro 10, 2006

as cores



Aguarela de cores vivas - Outono desfocado no Castelo de Orik.

a Fonte 32

(Estrada Montemor - Évora)

Fiz uma revisão aos "posts" com Fontes e não percebo como inseri o texto, seguinte, que agora penso que não está correcto - trata-se da "Fonte de Patalim - restaurante" e não "Rei das Bifanas".
Parque de estacionamento de "O Rei das Bifanas II".
Tenho que voltar a passar por lá:
1º) fotografar em pormenor a estatueta da moçoila sobre a fonte.
2º) as Bifanas no pão, até fazem crescer água na boa, só de recordar!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Evening Star


(White House - train station in Alentejo)

'Twas noontide of summer,
And mid-time of night;
And stars, in their orbits,
Shone pale, thro' the light
Of the brighter, cold moon,
'Mid planets her slaves,
Herself in the Heavens,
Her beam on the waves.
I gazed awhile
On her cold smile;
Too cold- too cold for me-
There pass'd, as a shroud,
A fleecy cloud,
And I turned away to thee,
Proud Evening Star,
In thy glory afar,
And dearer thy beam shall be;
For joy to my heart
Is the proud part
Thou bearest in Heaven at night,
And more I admire
Thy distant fire,
Than that colder, lowly light.

(Edgar Allan Poe - 1827)

quarta-feira, novembro 08, 2006

A fonte 31



(Torrão do Alentejo - à beira do Rio Xarrama)

Outra margem

E com um búzio nos olhos claros
Vinham do cais, da outra margem
Vinham do campo e da cidade
Qual a canção? Qual a viagem?

Vinham p’rá escola. Que desejavam?
De face suja, iluminada?
Traziam sonhos e pesadelos.
Eram a noite e a madrugada.

Vinham sozinhos com o seu destino.
Ali chegavam. Ali estavam.
Eram já velhos? Eram meninos?
Vinham p’rá escola. O que esperavam?

Vinham de longe. Vinham sozinhos.
Lá da planície. Lá da cidade.
Das casas pobres. Dos bairros tristes.
Vinham p’rá escola: a novidade.

E com uma estrela na mão direita
E os olhos grandes e voz macia
Ali chegaram para aprender
O sonho, a vida, a poesia.

(Poesia: Maria Rosa Colaço, natural do Torrão)
(Música: Os Trovante)

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...