sexta-feira, janeiro 18, 2008

a Fonte 195



Custa, doi, ver esta imagem.
Custa, doi mais ainda imaginar este local.
Custa, doi muito pensar que vamos ter que voltar aqui.
Esta é,
a fonte de todas as minhas reservas de amargura,
a fonte onde vou beber as dúvidas do meu maior temor,
a fonte do Suplício de Tântalo da minha agonia invisível,
a fonte que espera por mim há quase 4 anos - eu vou voltar
a fonte que vai servir para, lavar a mágoa ou afogar o desgosto.

Esta que foi,
a fonte de vida - na terra onde nasceu minha Avó e nasceu minha Mãe,
é agora,
a fonte que me enche a alma de desgosto que faz trasvazar para a consciência um sentimento estranho, de desprezo(?) por mim mesmo.

Mas, há mais, muito mais... coisas do género, "mais valia não ter nascido".
Esta noite, dormi muito mal. Acordei, duas ou três vezes, a pensar no mesmo.
Começou a contagem decrescente!

2 comentários:

Anónimo disse...

luis
Há um velho tango argentino, que diz:
Volver, com la fronte marchita
Las niebes del tempo platiando
mi sien.
Sentir, que es um soplo la vida
que los años son nada
se febril la mirada
Errante em las sombras
Te busca e te nombra!
Vivir, con el alma
Aferrada,
A um dulce recuerdo
Que lhoro otra vez.
Não sei o nome do autor, mas penso que é um pouco o que sentes sentes
Maria

O Bicho disse...

Tango Argentino = Gardel, o maior.
Vou tentar ouvir.
Brigado, Maria.

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