Esta fonte não tem história, nem beleza de assinalar, mas a casa em fundo essa sim, tem uma história triste - ardeu por completo.
Aqui mesmo em frente existe hoje um complexo hoteleiro 5 estrelas - um daqueles "aqua SPA heath club e etc., etc." - que aproveita a água da nascente termal que existe no lugar e tira partido da excelente localização na margem do rio Alva.
Quanto à história das termas ou caldas, encontrei os eguinte:
A água é de natureza sulfúrea sódica, hipotermal (26º) e usada no tratamento de "dermatoses" e "reumatismo" e segundo os habitantes do lugar «a água da nascente tem uma característica especial, quando o tempo está bom fica transparente, quando o tempo está mau fica leitosa, mesmo da cor do leite. Quando o céu está limpo fica limpo, quando está para chover muda de cor.»
Noutros tempos os banhos eram dados em casas particulares dos moradores da aldeia, pagando estes, uma percentagem ao concessionário ou rendeiro. Nos anos 60 os banhos custavam aos "aquistas" 5$00 (escudos) - 1$00 pertencia ao concessionário do poço.
Para cada banho eram precisos 7 a 9 cântaros (de 20 litros cada) que eram carregados às costas, num percurso de cerca de 70 m, em ligeira subida, desde o “poço” até ao local do aquecimento, uma caldeira a lenha por detrás da casa.
O número de banhos dependia do próprio "aquista", de como sentia as melhoras, mas era tradição (lenda) que os banhos tinham de ser em número ímpar - 9 , 15 ou mesmo 21.
Cada banho durava cerca de 15 minutos, depois o "aquista" ficava a suar por mais 20 minutos no quarto.
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