sexta-feira, novembro 23, 2007

a Margem



A sua amada acena da varanda,
para a silhueta de um Cacilheiro,
que desvanece no denso nevoeiro.
Ele cruza o rio p'ra Outra Banda.

De partida para a longa viajem,
disse, "adeus amiga, está na hora,"
Era preciso sair. Foi-se embora.
" vou passar p'ra Outra Margem."

Ele não ia atravessar o Rio Tejo,
mas sim o derradeiro Rio Letes.
Quero tornar a ver-te, prometes
voltar depressa, como eu desejo?

Não sei, vou pensar pelo caminho.
Se, por lá não encontrar ninguém,
Volto logo. O sítio não me convém,
Tenho muito medo de ficar sozinho.

(Lisboa, Nov. 2007)

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