quarta-feira, março 22, 2006

monologamia IX


Porque não me exponho, porque não me ofereço eu às pessoas sem o cuidado (prévio) de ter bem coladinha, à vista, a etiqueta com indicações precisas ou preciosas para a preservação cuidada de mim.
Na verdade não tenho nada meu para vender, só posso dar aquilo que é possível ser concebido neste mundo.
Porque é que tomo consciência eu destas coisas. Porque não ignoro verdadeiramente tudo isto. Porque é que estou a perguntar se estou a pensar que estou a afirmar. Pergunto ou respondo. Uma e outra coisa nem uma nem outra.
Duvido. Não me reconheço no que os outros pensam de mim. Porque sou tão sensível a quem tem falta de carinho ou ternura e depois não consigo arranjar em mim o mundo necessário para satisfazer capazmente uma só pessoa dessas.
Porque me olho no espelho, não devo ter a imagem que sinto.

3 comentários:

Anónimo disse...

Estes amores são mesmo uma perfeição.e a foto também Maria

Anónimo disse...

Não te olhes no espelho e sentir-te-às como és.
Carente, de tanta coisa e a vida no último terço, só tens de ser como sempre foste.
Vamos aproveitar o resto do tempo Gigi e não pensar nas coisas complicadas da nossa existência.
E se eu puder ajudar-te, ajudo-me a mim mesmo.

Anónimo disse...

Gi aquilo que vês ao espelho é o corpo e a cara exactamente da pessoa que tu foste e ainda és,Sempre te vi da mesma maneira não noto diferença,apenas conheço melhor a pessoa que tu és e acho que encontrei muita sensibilidade amor carinho e dedicação ao próximo e muita revolta dentro da tua mente,isso devido a teres dado inconscientemente tudo sem receberes nada em troca,mas, a vida dá muitas voltas e ñinguém sabe o que o futuro nos reserva.Um dia o relógio acerta a hora, e o caminho será mais fácil de percorrer.Beijinhos e vive melhor contigo,nós somos sempre a companhia de nós próprios,se me saír o euro milhões doute tudo que me pedires dentro dos possiveis.
Maria
Maria

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...