sábado, maio 23, 2015
Amanhecer CDLXXII
Algarve
Sentado na borda da falésia, à sombra de um pinheirito encravado numa rachadura do arenoso chão de saibro.
Inspiro devagar o ar quente com cheiro a mar, alfazema e rosmaninho. Uma brisa refrescante e inebriante que mistura a maresia com a ligeira nortada que desce das encostas da Serra de Monchique até à beira-mar.
Lá em baixo, o mar chão é um espelho azul que reflecte o céu anil.
Não tem ondas nem barcos, tudo é calma, sossego, não há pressa, não há ansiedade, não há vento, não há gritos, não há o ruído dos motores, das buzinas, das rodados raspando no asfalto...
Paz - ao meu redor e no meu interior - os meus sentidos descansam em paz, ainda que por alguns momentos, que vale a pena guardar para sempre recordar.
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