segunda-feira, maio 31, 2010
Santos da Casa 22a
ELVAS
Travessa das Flores
Penso que era este o nome da florida rua, de alvas paredes caiadas e empedrado impecavelmente asseado, da cidade do Alto Alentejo, onde fotografei este recanto.
domingo, maio 30, 2010
a Fonte 530
ELVAS
Nunca tal havia visto:
- um candeeiro de iluminação pública a fornecer o que se pode chamar, água luminosa.
Bem pensado!
Uma simbiose perfeita entre a Companhia das Águas e a Companhia da Electricidade, para benefício do público na cidade.
sábado, maio 29, 2010
Amanhecer CCXXII
Coisa bonita de se ver,
os ninhos de Cegonha Branca, que hoje são abundantes em muitos lugares, de ambos os lados da fronteira Leste, entre Portugal e Espanha.
Nesta época eles estão recheados de casais com jovens descedentes, aspirantes a planadores, como estes que aqui no topo de uma chaminé fora de uso, aguardam ansiosamente o pequeno-almoço que o pai (ou a mãe) Cegonha há-de trazer no bico.
sexta-feira, maio 28, 2010
a ver navios 104
Eu não sei, que tenho em Évora
Que de Évora, me estou lembrando.
E ao passar o rio Tejo, agora
As ondas me vão levando.
(poesia popular)
quinta-feira, maio 27, 2010
a Fonte 529
Mais uma, das muitas que vislumbro apenas de passagem, quase sem parar, a não ser um instante, para captar a fitigrafia e seguir viagem.
Trata-se de coisa muito antiga e já teve água muito boa, a qual ainda jorra com fartura, mas... enfim, não quero dizer bem nem mal.
Quem souber mais acerca deste lugar no largo do fim da rua de Subserra, em Alhandra, que escreva aqui, se achar por bem empregue.
quarta-feira, maio 26, 2010
Falta pouco
«Em que pensa "Sô Manel",
aí sentado no poial, a meio das escadinhas, com um olhar tão ausente deste mundo;
no seu rosto, aflora uma expressão tão estranha, como se estivesse distante, longe desse corpo, já vivido;
tão fora deste tempo, que nem parece coisa sua, homem de acção e energia, que não se deixa abalar pela tristeza;
você que tem sempre na ponta da língua um verso, uma quadra, um dichote prazenteiro, que toda a vizinhança conhecida e reconhecida lhe suscita?»
«A esta hora, nem vivalma,
a calçada está quase morta, como se fizesse companhia aos vizinhos do Bairro, que foram abalando e que aos poucos me foram deixando, como hoje, aqui nas escadinhas, completamente só!
Só e mais nada, amigos, compadres... velhos amigos, que saudades.
Enfim, falta pouco para mudar isto.
O quê, ir-me embora desta terra? Não, ainda não. O que vamos mudar é esta monotonia.
Vamos convocar a vizinhança e pôr mãos à obra porque está na hora de começar a preparar o Bairro para receber as Festas dos Santos Populares de Lisboa.»
- Vamos a isso, que Lisboa é coisa boa!!!
aí sentado no poial, a meio das escadinhas, com um olhar tão ausente deste mundo;
no seu rosto, aflora uma expressão tão estranha, como se estivesse distante, longe desse corpo, já vivido;
tão fora deste tempo, que nem parece coisa sua, homem de acção e energia, que não se deixa abalar pela tristeza;
você que tem sempre na ponta da língua um verso, uma quadra, um dichote prazenteiro, que toda a vizinhança conhecida e reconhecida lhe suscita?»
«A esta hora, nem vivalma,
a calçada está quase morta, como se fizesse companhia aos vizinhos do Bairro, que foram abalando e que aos poucos me foram deixando, como hoje, aqui nas escadinhas, completamente só!
Só e mais nada, amigos, compadres... velhos amigos, que saudades.
Enfim, falta pouco para mudar isto.
O quê, ir-me embora desta terra? Não, ainda não. O que vamos mudar é esta monotonia.
Vamos convocar a vizinhança e pôr mãos à obra porque está na hora de começar a preparar o Bairro para receber as Festas dos Santos Populares de Lisboa.»
- Vamos a isso, que Lisboa é coisa boa!!!
terça-feira, maio 25, 2010
a Fonte 528
Mata de S. Domingos de Benfica
A fonte que alimenta o tal lago dos nenúfares e das rãzinhas calculadoras.
segunda-feira, maio 24, 2010
Romantismo
Nenúfares na Mata de S. Domingos de Benfica
Quando fotografava estas Flores de Lótus que encerravam as pétalas com o aproximar do por do sol, ouvi coaxar uma rã, que vislumbrei ali à minha direita, em cima de uma folha de nenúfar.
Naquele momento e local tão propício ao romantismo, em vez de me lembrar de um poema, veio-me à memória um estúpido e chato problema de programação de computadores.
Era assim:
«Uma rã quer atravessar um lago de largura L, para alcançar um delicioso insecto que pode vir a ser o seu almoço. Para isso, em vez de nadar, optou por saltar sobre os N nenúfares indicados cada um pelas suas coordenadas (Xi, Yi), até à outra margem.
Porém, a rã só consegue saltar de um nenúfar para outro se a distância entre eles for menor ou igual a D cm. Além disso, de cada vez que dá um salto, a rã perde alguma energia. De facto, por cada salto maior que metade da sua capacidade máxima de salto S, a rã gasta 1 caloria.
A gulosa, inicia a travessia exactamente com E calorias de energia armazenadas no corpo, pelo que se necessitar de fazer E saltos mais longos do que a metade da sua capacidade de salto, o seu nível de energia atinge o zero e lá se vai o almoço.
A tarefa é descobrir o caminho que leva a rã até à outra margem com o mínimo número de saltos possível.
Ora bem, tendo em atenção que a distância entre dois pontos (Y1, X1) e (Y2, X2) é dada pela raíz quadrada de [(Y1-Y2)2 + (X1-X2)2], e que... enfim não vale a pena pensar mais nisso porque entretanto a libelinha do almoço já se pirou.»
a Fonte 527
Subserra
Quase no cimo da subida da encosta da Serra de A-do-Formoso (Alhandra) a caminho do local onde existiu o 1º dos 152 Fortes que compunham as Linhas de Torres.
domingo, maio 23, 2010
a ver navios 103
Urgentemente
É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
é urgente destruir certas palavras.
odio, solidão e crueldade,
alguns lamentos
muitas espadas.
É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras
Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.
(Eugénio de Andrade)
sábado, maio 22, 2010
Amanhecer CCXXI
quinta-feira, maio 20, 2010
a Fonte 526
quarta-feira, maio 19, 2010
Janela do Sudoeste
Nesta pequena janela
aberta sobre a calçada,
uma moça tão bela,
estava toda debruçada,
escutando com emoção
o que o rapaz atrevido
lhe sussurrava ao ouvido:
"És dona do meu coração".
(Eu sei que era verdade. Eu estava lá - em Vila NOva de Mil Fontes - e vi tudo.)
terça-feira, maio 18, 2010
Santos da Casa 2
Beco das Cruzes, em Alfama, Lisboa.
Neste caso, ou melhor, nesta casa, o santo é uma santa. Só não consegui perceber qual.
a Fonte 525
S. Domingos de Benfica
Nos limites do Parque Florestal do Monsanto, mesmo em frente ao magnífico Palácio dos Marqueses de Fronteira, na parede exterior da quinta contígua (ou integrada) aos domínios de uma Escola dos Pupilos do Exército.
História, pormenores da construção, datas, etc., não sei, não sei... não consegui perceber se há (ou se houve) qualquer inscrição gravada na lápide da frontaria.
segunda-feira, maio 17, 2010
a ver navios 102
Gosto dos rios, ainda mais que tudo,
gosto de subir às nascentes e partir
percorrendo, na descida até à foz,
aldeias, vilas e cidades ribeirinhas.
Depois, chegar ao mar e esquecer
a terra, a fonte, a serra, o monte
e ficar a olhar o infinito horizonte
onde o magnífico sol vai esmorecer.
(Isto digo Eu, que sou um bocado esquisito, ou como dizem os ingleses "peculiar")
domingo, maio 16, 2010
Autoretrato infra
Há pouco, posei para uma câmara fotográfica de infra-vermelhos
e quando olhei para o resultado - esta imagem aqui -
dei comigo a pensar como Bernardo Soares:
«Não sei o que sou...
e não sei o que sinto,
não sei o que quero sentir,
não sei o que penso nem o que sou.»
a Fonte 524
LISBOA
Velha, muito velha, antiga mesmo,
alcandorada num pequeno quintal, no cimo do que resta das primitivas muralhas de Lisboa (a Cerca Moura), em Alfama, perto do Largo de S. Rafael.
sábado, maio 15, 2010
Amanhecer CCXX
FLOR SEM TEMPO
Canta o sol
Que tens na alma
És a flor de ser feliz
Olha o mar
De tarde calma
Ouve o que ele diz
(lembrando a música do Paulo de Carvalho)
sexta-feira, maio 14, 2010
a Fonte 523
São Sebastião da Pedreira
Traço do arq. Francisco Cangalhas, inaugurado 1791.
Inserido no real plano de abastecimento de águas livres a Lisboa, alimentado pelo ramal que sai da Cruz das Almas para o Campo de Santana.
quinta-feira, maio 13, 2010
quarta-feira, maio 12, 2010
a Fonte 521
Sem dúvida que nas voltinhas de bicicleta se consegue apreciar muitas coisas que passam normalmente despercebidas a quem conduz (responsavelmente) um automóvel.
Mais uma, a 2ª fonte, que eu nunca tinha visto antes - uma real obra de D. PEDRO II (o Pacífico) de Portugal - em Setúbal, a cidade que é uma maravilha, para quem gosta de andar de bicicleta.
terça-feira, maio 11, 2010
infeliz mente
«Não sou um ateu total,
todos os dias tento encontrar um sinal de Deus,
mas infelizmente não o encontro.»
José Saramago
segunda-feira, maio 10, 2010
a fonte 520
Fonte de Palhais, Setúbal
Deu-me na bolha, farto de estar quieto, apanhei um comboio e mais outro e.só parei em Setúbal.
E lá chegando, fui andando... e logo, logo - tinha que ser - junto ao Jardim, ou Praça do Quebedo, eis que um chafariz se atravessa no meu caminho.
O primeiro que encontro em Setúbal.
Para variar, até sei como se chama, e qual a sua história:
O Chafariaz do Quebedo - obra pombalina (1772) dirigida pelo Coronel de Engenharia José Bruno Cabedo.
a ver navios 101
Gosto de barcos, gosto do mar,
gosto de fotografar, fixar e rever
as imagens, as curvas das ondas,
o recorte na linha do horizonte,
as chaminés, os mastros, as velas,
das silhuetas que transportam vida
sobre as águas, ou a morte afogada
em salgada água ou em negro alcatrão.
(..isto era Eu a falar!)
domingo, maio 09, 2010
o repouso
Domingo ao fim da tarde,
na hora em que está quase a começar o jogo mais importante do Campeonato nacional de futebol 2009/2010, nas ruas de Lisboa (Alfama), quase ninguém passa - só o Fotociclista "marado", que vai de regresso a casa depois de mais uma voltinha turística pelo burgo - a calmaria reina nas vielas e escadinhas.
A hora é propícia ao repouso - então há que aproveitar agora porque mais logo, a festa na cidade, vai ser até às tantas.
sábado, maio 08, 2010
Amanhecer CCXIX
Barcarena
"Maio, maduro Maio..."
Já lá vai, distante no tempo, o tempo deste cantar.
Hoje, esquecido o refrão, temos um "fantástico" dia invernoso.
"Maio, maduro Maio..."
Já lá vai, distante no tempo, o tempo deste cantar.
Hoje, esquecido o refrão, temos um "fantástico" dia invernoso.
sexta-feira, maio 07, 2010
a fonte 515
quinta-feira, maio 06, 2010
Santos da Casa 72
Santos ao pé da porta...
Santo antónio veio 'Alfama
Este cantinho abençoar
Trazendo felicidade
A quem nele se encontrar!
quarta-feira, maio 05, 2010
a fonte 514
Mais longe que esta, não conheço (ainda) - fica para lá do Oceano Atlântico.
Passei por ela na véspera de Natal 2009, uma tarde de chuva; era tardinha e a chuva não era miudinha (para condizer) - choveu a potes, uma "carga de água" daquelas de antigamente e depois... a brisa quente do Ocidente, ligeira mas persistente, levou toda a humidade do chão e a noite ficou morna, quase quente; os odores da terra, das plantas, do mar, exalaram em força e o ar ficou pesado, difícil de aspirar; ah!!! os cheiros de além-mar...
terça-feira, maio 04, 2010
a ver navios 100
Sem saber porquê
acordo a meio do rio
de volta à minha cidade
a luminosa capital
em viagem para Lisboa
a minha terra natal
vindo da outra banda
o tempo está para o frio
nem uma gaivota voa
as colinas da saudade
na margem que mal se vê
saiu mal esta poesia
por vezes acontece
muitas vezes mesmo
não faz mal, é natural
tal como a vida, a poesia
tem marés - nem sempre anda
a favor da corrente
às vezes pára!
Pára e fica...
acordo a meio do rio
de volta à minha cidade
a luminosa capital
em viagem para Lisboa
a minha terra natal
vindo da outra banda
o tempo está para o frio
nem uma gaivota voa
as colinas da saudade
na margem que mal se vê
saiu mal esta poesia
por vezes acontece
muitas vezes mesmo
não faz mal, é natural
tal como a vida, a poesia
tem marés - nem sempre anda
a favor da corrente
às vezes pára!
Pára e fica...
segunda-feira, maio 03, 2010
a fonte 513
domingo, maio 02, 2010
especial
Suas pétalas são pura suavidade,
e a cor parece acentuar a fragilidade;
mas seus espinhos ferem pela certa,
quem lhe pegar com pouco cuidado
como na vida, a sua beleza e frescura
são coisas de pouca dura;
uma Rosa simples, colhida hoje no meu quintal,
oferecida a uma mulher muito especial - a Mãe.
a fonte 512
sábado, maio 01, 2010
amanhecer CCXVIII
Sábado na Feira da Ladra,
preparam-se para a festa do 1º de Maio,
"Os três da vida airada":
Um - «topem só o meu novo corte de cabelo.»
Dois - «bué fixe e que tal a cor deste baton.»
Três - «deixem-se lá de mariquices e vamos embora.»
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