[elevador do Lavra - Lisboa]
poema do abandono em si (III)
Estampado no colmo da minha imperfeição está o âmbito do meu terminar e recomeçar, está a ampulheta vertente insaturada no perpetuosismo do ser porquê... do ser nada porquê, porque não se é só por ser, ainda mais renovado imperfeitamente na compreensão de tudo, todo o resto, compreendo eu sei; mas não sei nada do tudo? que é isso de saber tudo de alguma coisa? que é isso de saber de tudo alguma coisa? pergunto porque não me dizem porque escrevo? como pisas o chão que se te sobrepõe? como te debruças sobre o que não existe - onde vai a abstracção subtrair o seu móbil?
para que vais abrir o segredo do ser,
- para do nada fazer ser?
- ou para do ser fazer nada!!!
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