terça-feira, junho 06, 2017

O Santo desprotegido



Anjo da Guarda, Padrão de S. Miguel
(PONTE DE LIMA)

Na Idade Média era comum o receio de empreender viagens, e por isso a travessia de pontes era ocasião para rezas, à partida, rogando protecção para uma boa viagem, e à chegada, em agradecimento.
A capelinha do Anjo da Guarda, apesar de não se conhecer exactamente a época em que foi levantada, não escapa a esta relação com a velha ponte (romana e medieval) sobre o rio Lima.

Mas hoje, quem precisa de protecção é o pobre do santo. O coitado já esteve debaixo de água por diversas ocasiões de cheias do rio, já lhe faltam a espada e a balança que segurava nas mãos, as asas, bem como os pés estão um bocado maltratados.
E até, um sacana (persona tacaña e mezquina) dum galego, decidiu escrevinhar porcarias na parede do santuário.

1 comentário:

M,Franco disse...

Património muito mal tratado.
Lamentável!

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...