sexta-feira, novembro 30, 2007

Autoretrato 23


Não sei porque é que escolhi este retrato para publicar?
Eu tinha uma ideia qualquer, em mente, mas esqueci-me.
Porra de cabeça esta. Cada vez pior.

Este intenso reflexo cor de bola de vidro das decorações da Árvore de Natal, leva-me a repensar que talvez eu tivesse intenção de escrever alguma coisa relacionada com o Natal, ou o Pai-Natal, as iluminações de Natal, as cores do Natal, os presentes de Natal, o ambiente Natalício, o fogo das lareiras na Consoada, o aconchego da família no lar, a felicidade efémera para os prendados, a falsa esperança para os desfavorecidos, para os desvalidos e para os marginalizados, a comiseração, a tolerância, a paz, a amizade, a solidariedade, a fraternidade, e eu sei lá que mais..?

Tudo o que, vocês outros, quiserem depositar aqui no sapatinho das prendas, ou acrescentar na lista dos desejos a enviar na Carta para o Polo Norte.

quinta-feira, novembro 29, 2007

a Fonte 69R


Recentemente, tenho revisto, in loco, algumas das quase duzentas fontes aqui divulgadas e reparei que foram recuperadas umas e outras (exemplo dos azulejos na fonte de Queijas) estão em curso trabalhos de recuperação.
Não sei se este Blog terá tido alguma (boa) influência nas actividades das secções de obras e património, desta ou daquela Autarquia ou Junta de Freguesia - se assim foi, ainda bem!

Compare-se, por exemplo, a imagem actual desta Fonte (69R) de Belas, com a da Fonte69 aqui publicada em Março/2007 - a obra até custou pouco (um saco de cimento, uns baldes de areia e tinta azul e branca), mas a diferença é MUITO GRANDE
.

quarta-feira, novembro 28, 2007

a Fonte 176


A-da-Beja,

uma pequena aldeia entre Belas, Amadora e Caneças;
a meio de uma encosta, voltada para nascente;
tem a cidade de Lisboa no orizonte distante;
tem esta fonte, desde 1845;
tem uma história, a fonte e a aldeia, mas agora... não interessa, não vou contar.

Cangaceiros


(Lampião no jardim interior, da casa de praia da Maria)

Lampião e Maria Bonita

O século passado estava
dando sinais de cansaço,
José e Maria presos
por matrimonial laço
em breve seriam pais
do grande rei do cangaço.
No dia quatro de junho
de noventa e oito, a pino
estava o Sol, e Maria
dava à luz um menino
que receberia o nome
singular de Virgulino.


Seu Virgulino Ferreira,
o conhecido Lampião,
Muito fala que é bandido,
o Imperador do Sertão.

Acorda Maria Bonita,
levanta vai fazer o café
Que o dia já vem raiando
e a polícia já está de pé...”


(Poesias populares dedicadas aos reis do cangaço brasileiro)

terça-feira, novembro 27, 2007

a Fonte 175


Mais uma nascente, subsidiária do Aqueduto das Águas Livres na encosta de Carenque, Belas.

de outro Mar


Quem te ensinou a nadar
Foi, foi marinheiro
Foi os peixinhos do mar

E nós, que viemos de
Outras terras
De outro mar
Temos pólvora,
Chumbo e bala
Nós queremos
É guerrear
Traz fogo
Traz fogo de arrasar

segunda-feira, novembro 26, 2007

a Fonte 174


Afinal, havia mais.
E todas aqui tão perto.
Já recolhi mais meia dúzia de imagens de fontes.
A primeira da nova série de "retratos" de fontanários e chafarizes, fica no Pendão - logo ali entre a Amadora, Queluz, Belas, Carenque.
Desde sempre, que tem água de nascente, boa e pura.
É com essa que vou curtir as azeitonas.

Trepadeiras



Com um grãozinho na asa,
a desoras, bastante tarde,
procurei entrar em casa,
sem fazer muito alarde.

A porta estava fechada.
Por uma janela aberta,
consegui trepar e entrei,
sem precisar de escada.


Mas, logo para a rua saltei
pois, não era a casa certa.
Afinal não era a fechadura,
nem a chave estava torta.


Sua grande cavalgadura,
ponha-se no olho da rua,
Você enganou-se na porta.
Não vê? Esta casa não é sua!


Acorda toda a vizinhança.
Com este grande alvoroço,

.. (continua, De Improviso)

domingo, novembro 25, 2007

a Fonte 173


A edilidade de Sintra, iluminou a fonte da rotunda mais ocidental da Vila.
Ao passar aqui, hoje à noitinha, tomei consciência que, já só falta um mês para o Natal.

Pindamonhangabenses (4)


(Azulejos de Jorge Colaço com "O Cruzeiro do Sul", a constelação guia dos navegantes portugueses na época dos descobrimentos)

"A Princesa do Norte"

Esta é a cidade que o meu sonho encerra!
Como uma sombra evocadora e mansa,
Por estas ruas e arrabaldes erra
Minha mais doce, mais feliz lembrança!

Meu olhar namorando não se cansa
De vê-la; a igreja, os casarões, a serra...
E o Paraíba que aos seus pés remansa
Quando eu digo baixinho: Minha Terra!

Ela é o cantinho que eu mais quero bem;
O meu lar, meu abrigo, minha taba.
Sei que outras terras mais progresso têm.

E que mais ricas muitas outras são;
Mas uma apenas - Pindamonhangaba,
Cabe inteirinha no meu coração!

(Balthazar de Godoy Moreira)

sábado, novembro 24, 2007

a Fonte 172


Agora, outra espécie de fonte;
a fonte de alimentação do meu computador.
Melhor dizendo, a filha da mãe da fonte de alimentação que deu cabo do disco rígido do meu computador.

Amanhecer XCIII


Foi um despertar com bastantes espinhos.

sexta-feira, novembro 23, 2007

a Fonte 171


À entrada de uma quinta em Almoçageme, Sintra.

a Margem



A sua amada acena da varanda,
para a silhueta de um Cacilheiro,
que desvanece no denso nevoeiro.
Ele cruza o rio p'ra Outra Banda.

De partida para a longa viajem,
disse, "adeus amiga, está na hora,"
Era preciso sair. Foi-se embora.
" vou passar p'ra Outra Margem."

Ele não ia atravessar o Rio Tejo,
mas sim o derradeiro Rio Letes.
Quero tornar a ver-te, prometes
voltar depressa, como eu desejo?

Não sei, vou pensar pelo caminho.
Se, por lá não encontrar ninguém,
Volto logo. O sítio não me convém,
Tenho muito medo de ficar sozinho.

(Lisboa, Nov. 2007)

quinta-feira, novembro 22, 2007

a Fonte 170


Arranja-se sempre mais uma fonte, para postar.
Esta é pertinho daqui, em Carnaxide.
É uma construção Pombalina.

"O Fidelíssimo Rei José I
Mandou para utilidade deste povo
Correr livre esta água
No ano do Senhor de 1766"

Está ligado, através de um aqueduto, à Mãe de Água da Serra de Carnaxide.
Nas traseiras deste, costas com costas, foi edificado em 1952, um fontanário moderno, revestido a azulejo, alimentado com água da rede publica.

a Regra


SE,

"TODA A REGRA TEM EXCEPÇÃO", É UMA REGRA.

ENTÃO, HÁ UMA REGRA QUE NÃO TEM EXCEPÇÃO.
LOGO, NEM TODA A REGRA TEM EXCEPÇÃO..!
É UMA CONTRADIÇÃO.

-Mas o que é que esta janela da capela da Nossa Senhora de Porto Salvo tem a ver com isto? Nada, é só para fazer confusão... e assim, chamar a atenção.
Se passarem por lá perto, vale a pena parar um bocadinho para apreciar os azulejos (sec. XVII, na reconstrução) que forram por dentro e por fora esta pequena igreja erigida na época dos Descobrimentos Portugueses, por marinheiros que se salvaram de uma viagem tormentosa.

quarta-feira, novembro 21, 2007

a Fonte 169


Fábrica da Pólvora Negra, em Barcarena.
Uma das duas únicas fotos de fontes (não publicadas) que escaparam à "explosão" do disco rígido do meu computador.
Os paineis de azulejos sobre o Chafariz, ilustram os acontecimentos mais marcantes do tempo em que a fábrica começou a funcionar (1540) e a data em que foi encerrada (1940) .

o Disco


Ao apreciar esta magnífica imagem (uma obra da natureza), comecei a escrever um poema dos tais... daqueles que a minha desgraçada veia poética (outra obra da natureza) costuma parir.

Já tinha debitado para o post, uma data de quadras com rima cruzada em sextetos - uma sim uma não - de modo tão esquisito que nem eu agora sei explicar.

Os versos, tinham uma métrica medida a olho, sem contar as sílabas, apenas alinhando-os verticalmente à esquerda e à direita, à vista desarmada, no ecran do computador.

E estava muito bem entretido, colando palavras (e espaços e vírgulas e pontos e tudo, até apóstrofes e hífens) inspirado pelo enquadramento do desvanecente disco solar, no entardecer da planura alentejana, quando... prrrrreeee!!!
- O disco do meu portátil aterrou de cabeça!
Centenas de fotografias, dezenas de textos, montes de contactos, e... sei lá que mais, já eram!

terça-feira, novembro 20, 2007

a Fonte 168



(Mãe-d'água em Carnaxide)

Mãe-d'água é o nome de uma sereia que habita as águas dos rios da Amazónia.


Como todas as outras sereias (as da Mitologia Grega), também esta é dona de indescritível beleza e canto maravilhoso, que encanta os pescadores quando passam muito tempo sozinhos a navegar. Muitos, não resistem ao seu delicioso canto e à sua beleza estonteante e são levados pela miragem dos seus olhos verdes, para morar com ela nas profundezas das águas onde desaparecem.

Quem sair para pescar, a horas mortas deve tomar cuidado para não incomodar a Mãe-d'água, nos seus domínios, posto que, durante a noite, ela facilmente se melindra e encanta o invasor castigando-o com uma febre alta que nenhum médico conseguirá curar. Apenas os rituais e mezinhas dos curandeiros índios lhes podem valer.

vou-membora


Vou-me embora, vou partir
mas tenho esperança
de correr o mundo inteiro, quero ir
quero ver e conhecer rosa branca
e a vida do marinheiro sem dormir

(Alentejano Desconhecido)


Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei.

(Manuel Bandeira)


Vou-me embora, vou-me embora
Vou sair dessa cidade
Vou-me embora, vou-me embora
Vou morar lá na Trindade

(Neto Trindade)


Vou-me embora pra Bahia,
Porque lá é meu lugar.
Tem a festa do Bonfim,
E o Mercado Popular.

(Capoeira Desconhecido)

segunda-feira, novembro 19, 2007

a Fonte 167


Chafariz da Porcalhota, no seu lugar original, nos anos 60.
O puto que vemos aqui à esquerda, caminhano na Travessa da Falagueira, até que, bem podia ser EU. Quem sabe...

Mulher Rendeira



Oiê, mulé rendeira
Oiê muié rendá
Tu me ensina a fazer renda
Que eu te ensino a namorar

Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namorar

Só vive suspirando
Sonhando acordada
O pai leva ao doutor
A filha adoentada
Não come nem estuda
Não dorme nem quer nada
Mas o doutor nem examina
Chamando o pai de lado
Lhe diz logo em surdina
Que o mal é da idade
E que pra tal menina
Não tem um só remédio
Em toda a medicina.


Zé do Norte, 1950


Há uma data de anos que não ouvia esta música brasileira, que também foi exito popular em Portugal.
A canção, fez parte da banda sonora do filme de Lima Barreto, "O Cangaceiro", 1950.
O filme, sobre a vida do famoso Lampião, ganhou o 1º prémio do Festival de Cannes.

domingo, novembro 18, 2007

a Fonte 166


- Je n'ais rien en particulier à dire... a propos de cette fontaine, aujourd'hui.
- I have nothing special to say... about this fountain, today.
- Não tenho nada de especial para dizer... acerca desta fonte, hoje.

(São Pedro de Sintra)

Janelas sem casa


Por detrás da vidraça, há figuras paradas no tempo,
espreitando a rua;
suas sombras rastejando pelo soalho quando o luar
entra pelas janelas;
que importa saber de onde vens, ou para onde vais,
só a vida é toda tua;
também o presente, esse eterno devorador do futuro,
já passou por elas!


(ora bom, vá lá alguém entender..?
as merdas do caraças que me saem aqui para os textos..!)

sábado, novembro 17, 2007

a Fonte 165



O Consumo

Até p'rós cães compram perfumes
e champôs, marca etcétera e tal,
neste país dos brandos costumes,
"A vida está difícil?", diz o Pessoal.

(rima do Ti Compadre, 2007)

Amanhecer XCII


Vento! Chuva! Temporal! Está prometido para hoje,
Sábado de manhã, abro a janela, com algum receio:
- Ora Viva! O anunciado mau tempo ainda não veio!
Vou já p'ra rua apanhar o sol, a ver se ele não foge.

(o que é que hei-de fazer?
há dias em que eu penso, assim... em verso?)

sexta-feira, novembro 16, 2007

a Fonte 164


Esta fica em Nafarros,
quase em frente à propriedade do camarada Bochechas, ex-presidente e ex-governante.
Por falar nisso, aqui vai esta, mesmo a calhar,

O Governo

Os nossos políticos lá em Lisboa?
Dizem: "agora, ou vai ou racha"!
Eu cá p'ra mim, eles falam à tôa!
Olhe lá. Atão voismecê não acha?

(rima do Ti Compadre de Montemor, 2007)

Porta 9A


Não, não estou enganado, não senhor!
Esta porta Nove (9) é uma porta Nova (9A).

quinta-feira, novembro 15, 2007

a Fonte 163


No Domingo passado, em Montemor-o-Novo,
conversei com um alentejano velho,
sentado numa esplanada fronteira a este belo chafariz.
Enquanto bebericava a sua "mini" Sagres
com uma machinha de torresmos (fritos na hora
e servidos com umas pedrinhas de sal grosso,
à moda do alentejo) para fazer boca,
ele lá foi rimando umas quadras a calhar,
como esta (e outras que hei-de publicar):

O Clima

O tempo está muito alterado...
Ele é, muito sol e pouca chuva.
No monte queixa-se o Morgado:
Temos muita parra e pouca uva!

(Ti Compadre, Montemor 2007)

quarta-feira, novembro 14, 2007

a Pintura



Cores do Outono verdadeiro,
Que a Natureza criou.
Ou terá sido um tinteiro,
Que Deus aqui entornou?


(alguém... pintou)

a Fonte 162



Colhi azeitonas numa oliveira
Que encontrei além no monte.
Vou curti-las bem à maneira,
Só com sal e água desta fonte.


(rima e é verdade...
a fonte ainda tem água de nascente na Serra de Sintra;
as azeitonas colhi-as no Monte da Cabeça Gorda;
daqui a uns oito dias eu digo se ficaram bem curtidas)

Hans Christian


Andersen,
o autor de contos infantis, como "A Pequena Sereia", "O Pequeno Polegar", viveu algum tempo em casa da família O'Neill, na Trav. dos Clérigos, hoje a "Casa do Adro", aqui mesmo ao lado desta que fotografei há bocado.
«Diz-se que todo o estrangeiro poderá encontrar em Sintra
um pedaço da sua pátria. Eu descobri aqui a Dinamarca.
E todo o caminho da serra é um jardim,
onde a natureza e arte maravilhosamente se combinam,
no mais belo passeio que se pode imaginar.»


«Como tem este país todos os encantos !
Da Dinamarca, a terra, as searas, os verdes campos,
O cacto, a oliveira, no Sul abundante,
Ares tão puros, raios de sol brilhantes.»

«Quando, querendo Deus, em breve passear
Nas galerias de faias do meu país natal,
Voará muitas vezes meu pensamento
Para o belo país que é Portugal».


(Hans Christian Andersen, 1866)

terça-feira, novembro 13, 2007

a Fonte 161


A Câmara Municipal de Viana do Alentejo,

fez esta obra para dar de beber às alimárias: em especial bois e cavalos.

Rua das Amadas


Diálogo na Rua das (Bem ou Mal) Amadas

Se te armas em calona,
Ó minha ganda maluca.

Com um carôlo na mona,
Faço-te saltar a peruca.

Olhó mangas da Porcalhota!!!
Tu tens a mania que és mau.
Mas olha que aqui a velhota,
É capaz de te dar com um pau.

Afinal, comé quié?
Tás aqui, tás axar!

Levas um pontapé...
Quinté vais plo ar!

Tu pensas que és o maior.
Tás armado em mete nojo,
Põe-te a fancos, qué melhor.
Ó inda vais pra casa de rojo.

Que raio de porra esta!
Malvada sorte a minha.
Para ajudar à festa...
Só cá faltava a vizinha.

Pois! Vou-mimbora,
Ó minha! Tou no ir.

Ora bem! Tá na hora.
Vá lá ver! Tocá bulir...

Adeus, ó vai-tembora...
Já é tempo de partires
Ao encontro da aurora.
Dá notícias, se a vires...


(Cantos ao Desafio, Nov. 2007)

segunda-feira, novembro 12, 2007

Vou-me embora


Vou-me embora, pare de gritar.
Vou-me embora, tenha calma,

Mas deixe-me deitar pra fora,
Tudo o que me vai na alma.
E depois eu vou-me embora.

Não precisa de m'empurrar!

Se, nem pedi para entrar,
Eu não quero ficar por cá.

Agora, basta, já disse tudo.
Pronto, vou sair daqui, já!
Entrei calado e saio mudo.
Pois não me deixam falar.


Mas que grande chatice...
É melhor não dizer nada.
Vamos lá ver se o amigo,
Quer levar uma lambada.
Pare de embirrar comigo.
Vou-me embora, já disse!

(disse, Um Gajo Qualquer, em Nov. 2007)

domingo, novembro 11, 2007

a Fonte 160


Fonte do Horto de Recreio

no Paço dos Henriques de Trastâmara.
Um jardim estilo Mudéjar junto à Capela de Nossa Senhora da Conceição
(Capela das Conchas) anexos ao Paço Real da Vila das Alcáçovas.
Já agora, aproveito para destacar que, todo este conjunto histórico da arquitectura portuguesa quinhentista se encontra bastante degradado, porque desde há muito que está ao Deus-dará, ou seja, completamente entregue à bicharada.

as Penas



As aves que cruzam os céus,
têm penas em vez de pêlo.
Olha como voam tão levezinhas.

Ajuda-me a levantar os véus,
para me livrar do pesadelo.
Solta da alma as penas minhas.

(poemeus e poeminhas)

sábado, novembro 10, 2007

a Fonte 159


Ora aqui está novidade.

O quê? Este velho fontanário mecânico da travessa do Paço Real, em Alcáçovas?
Esse já toda a gente está farta de ver.
Agora, o que nunca tinha sido aqui apresentado, era uma imagem com a participação especial de dois figurantes.
Melhor dizendo, dois figurões: o Kim e o Bilo, a compor o enquadramento da fonte.

Amanhecer XCI


Lembro-me do "borrego ensopado" bem ensopado com muitas garrafas de tinto.
Depois, esqueci o resto; mas... foi uma noite longa e muito animada.
Seguida de
- um mergulho na água fresca para limpar da pele o fumo do tabaco;
- um relaxezinho ao sol do Verão de S. Martinho, para recuperar energias;
e foi assim o despertar no Monte da Cabeça Gorda, em Alcáçovas.

sexta-feira, novembro 09, 2007

a Telha


Parei a olhar para este monte de telha portuguesa, e pensei:
- "Chiça, hoje estou cá com uma telha..!"

Mas, não sei porquê?
Está uma manhã deliciosa.
O Sol aberto.
Não há nem vento.
Um tempo morno.
O ar limpo, leve.
Cheira bem a Outono.
Sabe bem respirar fundo.
Que sossego...
Até apetece andar a pé.
Devagar, sem pressa de chegar a... lado nenhum em especial.
Vou andando, à toa.
Vagueando sozinho.
Subindo e descendo calçadas.
Travessas e escadinhas.
Enchendo a vista e o cartão de memória da máquina fotográfica.
Que maravilha de quintais e jardins.
E que belas casinhas...
E magníficas vistas.
Por aqui acima, por ali abaixo.
Algures, entre S. Pedro e a Vila de Sintra.

quinta-feira, novembro 08, 2007

a Fonte 158


Não é nada bonita... mas,
até não é muito feia... e
serve para,
matar a sede à passarada;
dá jeito para,
regar os vasos de flores do quintal ao lado;
e eu bebo água, quando
cruzo a Marginal pelo túnel do Dafundo, durante
os passeios de fotociclista à beira Tejo entre Algés e a Cruz Quebrada.

Autoretrato 22


Estou à janela.
Nas águas-furtadas, dum telhado (Travessa dos Clérigos, Calçada de Sta. Maria) em Sintra.

quarta-feira, novembro 07, 2007

a Fonte 157


Muitas vezes coloco aqui
Fotos com fontes foleiras.
Não é o caso desta que vi,
Ali na várzea de Laveiras.

(A construção é de 1800 e tal e tinha nascente no verdejante vale da Ribeira de Barcarena, a montante de Caxias).

a pena


Esta pena que escreve,
Tudo aquilo que sinto,
Às vezes ela faz greve,
Pois sabe que eu minto.

(Fernando Pessoa, escreveu qualquer coisa parecida com esta.
Eu pensei quando peguei nesta pena de gaivota, caída na areia.)

terça-feira, novembro 06, 2007

outro mundo


Ao deixar a terra onde nasci,
levo na alma um desasossego.
Vou buscar bem longe daqui,
noutro mundo, um emprego.

(poemameu)

segunda-feira, novembro 05, 2007

a Fonte 156



Ó que porcaria de fonte esta!
Dizia ele com sentida mágoa:
Porcausa da largura da testa,
Não consigo beber aqui água.

(Rossio, Lisboa)

Forrobodó


Céu e Mar

De onde vem o sol,
não se vê o farol
Nesse céu e mar,
sonho viajar
Onde está você
quero te encontrar
Já é onde quero estar
se você não vê
não há como entender
nesse céu e mar,
sonho navegar
mesmo sem querer
não há como evitar
já é onde eu quero estar
..
Nesse por de sol
Hei de ver o farol
Neste céu e mar
Sonho em viajar
Seja para voar
Ou só para navegar
Aonde a paz vou encontrar!


(Forrueiros, música popular brasileira)
(O "forró", numa praia da Barra do Rio Tejo)

domingo, novembro 04, 2007

Sem fim


Mar sem mim,
não posso lá chegar,
céu sem fim,

não consigo alcançar,
azul enfim,

eu vejo tudo a passar,
longe de mim...

sábado, novembro 03, 2007

sexta-feira, novembro 02, 2007

a Fonte 155

Caxias
Cascata da Quinta Real de Caxias.
Ah!!! Como seria uma coisa bem bonita de se ver se...

- se houvesse alguma aguinha a escorrer pelas pedras abaixo para animar o ambiente (a vista e o ouvido) e para que o pequeno lago das Ninfas da base, tivesse um bocadinho melhor aspecto;

- se as estátuas em terracota da autoria de Machado de Castro, não estivessem de tal forma degradadas, que já nem se percebe o que representavam.

É o que resta dos jardins do Paço Real, que se podia considerar uma espécie de "casa da praia" da família Real portuguesa, nas primeiras décadas de 1800.

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...