quarta-feira, junho 28, 2017

a Fonte 668


GUIMARÃES

Como estou mais uma vez de visita à "cidade berço", com esta vaga de calor imenso aproveito para deixar aqui uma pequena onda de frescura - que o digam os passarinhos que esvoaçando por esta alameda do centro da cidade, vêm aqui lavar as penas e matar a sede.

Quem é, ou pretende representar, a figura no pedestal? Não sei.
Quando foi feita e quem foi o autor da obra? Também não sei... mas não estou lá muito "ralado" com isso!

terça-feira, junho 27, 2017

o Santo azulejo


GUIMARÃES
(Igreja Nossa Senhora do Carmo)

Este enorme painel, fixado em 1940, na parede exterior da igreja, é impressionante. Para mim é um trabalho que representa muito bem a superior qualidade da azulejaria em Portugal - uma obra de arte e tecnologia.

segunda-feira, junho 26, 2017

Mais um Coreto

Paul
(Covilhã)

Terreiro do Santuário de Nossa Senhora das Dores, no Paul, um lugar na vertente sul da Estrela, a Cova da Beira.
O povoado desenvolveu-se num verdejante e largo vale irrigado pela Ribeira do Caia, que nasce na Serra da Estrela e desagua, não muito longe daqui, no Rio Zêzere.

Quando estou perto de um coreto como este, parecido com o da terra dos meus avós, acorre-me sempre um pouquinho de nostalgia. O coreto, é um símbolo presente nas minhas memórias de infância e juventude:
muitas horas de brincadeira, a jogar à "apanhada" com os "putos" do meu tempo, durante as chamadas férias grandes na zona Saloia.
a alegria da banda filarmónica, ou do "cavalinho" tocando música popular para animar as feiras e romarias da aldeia.

domingo, junho 25, 2017

a Fonte 667


Fonte da Imperial
(Largo do Intendente, (Lisboa)

Uma fonte pensada para bem servir os foliões das noites de festa dos santos populares - S. António, S. João e S. Pedro.

sábado, junho 24, 2017

Amanhecer DLIII

Rio Tejo
(Lisboa)

Como foi?
Bom!? Sim e não: talvez alguns momentos bons para recordar, outros menos maus que acabam por se desvanecer, como diz o hino, "entre as brumas da memória" e ainda uns quantos para esquecer, ou melhor, para não lembrar.

segunda-feira, junho 19, 2017

Viajar no Tempo

Costa da Caparica
(Portugal)

Deixamos a Europa, com o pôr-do-sol à vista, sobre o mar na costa oeste do continente.
Os raios de sol rasante sobre o mar, fazem sobressair a pequena ondulação que se dirige às praias.
E aqui vamos numa ponte aérea cruzando o Atlântico em busca de outras fontes, a ver os navios cá de cima, bem do alto. E vamos sem santos, pois, como estamos a subir, os santos não ajudam!
Daqui a oito ou nove horas, consoante a força dos ventos predominantes no Atlântico norte (em grande parte influenciados pela Corrente do Golfo) que neste caso são contrários.
Se tudo correr bem, chegaremos à América, com o pôr-do-sol à vista, mas não sobre o mar, pois estaremos na costa leste do continente.
Afinal já existem as viagens no tempo - sair de um lugar ao pôr-do-sol e chegar, nove horas depois a outro lugar, distante 7000 km, ainda ao pôr-do-sol.

sábado, junho 17, 2017

Amanhecer DLII


Museu dos Terceiros
(Ponte de Lima)

Um museu de Arte Sacra do norte do País, instalado no extinto Convento de Santo António dos Capuchos da Ordem Terceira de São Francisco, na margem esquerda do Lima.

Ao chegar-me à varanda nesta manhã ocorre-me o comentário de Miguel Torga, acerca desta região que, me parece, o poeta transmontano não apreciava grandemente:
"..no Minho tudo é verde, o caldo é verde, o vinho é verde…"

terça-feira, junho 13, 2017

A Fonte 666


Parque do Arnado
(Arcozelo, Ponte de Lima)

Este parque que se pode visitar na margem direita do Rio Lima, perto da ponte é um espaço muitíssimo agradável, óptimo resultado do trabalho de jardinagem e conservação da natureza.
A figura do santo na fonte, alguém me disse que era de St. António.
Não sei, mas, já que hoje é o dia dedicado a esse santo, acho que fica aqui bem.

segunda-feira, junho 12, 2017

O Santo das Escadinhas


Escadinhas de S. Crisóvão
(Mouraria, LISBOA)

Era noite, muito de noite (5h da madrugada na noite de St. António de Lisboa) quando captei esta imagem. Por isso, mal se vê, adivinha-se apenas, a imagem em relevo do santo cravado na parede ao cimo das escadas.
Mais para cima, no largo, devia aparecer a igreja do mesmo santo. Este templo deve ter sido o único edifício de Lisboa que resistiu quase incólume ao terramoto de 1755, mas agora, hoje encontra-se em muito mau estado de conservação. As riquezas artísticas no seu interior estão a precisar de grandes trabalhos de recuperação.
No recanto do lado esquerdo há um extraordinário mural, dedicado ao Fado e aos "castiços" hábitos e habitantes dos bairros típicos da cidade, pintado em 2012 por diversos artistas.


Numa parte das escadinhas, debaixo do arco, há uma livraria muito pequenina - o mais pequeno alfarrabista que eu conheço.

sábado, junho 10, 2017

Amanhecer DLI


Casa da Praia

A azáfama de um bichinho preto, pintalgado de branco, fez despertar a minha atenção, para a pequena flor, que alegra os canteiros do meu terraço durante os últimos meses da Primavera.
Não sei como se chama, nem tão pouco me recordo da designação do tipo de inflorescência - tão distantes estão as lições de Botânica do meu tempo de estudante do liceu - mas ainda me lembro que as pétalas abrigam os estames e o carpelo.
Neste caso, a macro-fotografia permite-nos observar a morfologia da corola:
tem 6 estames, com antenas bem carregadas de pólen, em redor do carpelo, cujo estigma baba uma bela quantidade de néctar.

quarta-feira, junho 07, 2017

A Fonte 665

Fonte dos Gatos
(SABUGAL)

Há um deus único e secreto
em cada gato inconcreto
governando um mundo efémero
onde estamos de passagem

Um deus que nos hospeda
nos seus vastos aposentos
de nervos, ausências, pressentimentos,
e de longe nos observa

Somos intrusos, bárbaros amigáveis,
e compassivo o deus
permite que o sirvamos
e a ilusão de que o tocamos

Manuel António Pina - "Os Gatos"

terça-feira, junho 06, 2017

O Santo desprotegido



Anjo da Guarda, Padrão de S. Miguel
(PONTE DE LIMA)

Na Idade Média era comum o receio de empreender viagens, e por isso a travessia de pontes era ocasião para rezas, à partida, rogando protecção para uma boa viagem, e à chegada, em agradecimento.
A capelinha do Anjo da Guarda, apesar de não se conhecer exactamente a época em que foi levantada, não escapa a esta relação com a velha ponte (romana e medieval) sobre o rio Lima.

Mas hoje, quem precisa de protecção é o pobre do santo. O coitado já esteve debaixo de água por diversas ocasiões de cheias do rio, já lhe faltam a espada e a balança que segurava nas mãos, as asas, bem como os pés estão um bocado maltratados.
E até, um sacana (persona tacaña e mezquina) dum galego, decidiu escrevinhar porcarias na parede do santuário.

segunda-feira, junho 05, 2017

A ver navios 567


Rio Tejo

Porque hoje é segunda-feira:
outra semana, é uma mudança, e eu sinto uma resistência ao empreender qualquer coisa nova - o princípio do dia, o começo da semana, mudança de mês, o novo ano, etc.
Será da idade? Parece-me que agora o tempo que passa, é mais passado enquanto antes era mais futuro.
Só a mudança de ares, isto é, viajar, não me provoca qualquer espécie de alergia.
Porque o fim-de-semana foi longo;
Porque o tempo não ajuda;
Porque não me ocorre dizer, ou fazer qualquer outra coisa (com jeito)... fico-me por aqui a ver os veleiros a bolinar no Tejo de Lisboa.

domingo, junho 04, 2017

A Fonte 664

Fonte de Sto. António
(CASEGAS)

Tenho pouco a dizer acerca deste chafariz:
- tem quase da minha idade;
- está bem conservado, agora, porque já o vi em muito mau estado, há alguns anos;
- deixei o enquadramento alargado, na fotografia, para abarcar o conjunto de coisas representativas da tecnologia do século passado.

sábado, junho 03, 2017

Amanhecer DL

CASEGAS

Mais uma ponte (talvez) romana, que ainda hoje se encontra aberta à circulação automóvel.
Por aqui passava uma das vias romanas que cruzavam o nosso país. Segundo li, algures, essa seria a "estrada da lã", ligando Sertã, Oleiros, Covilhã, Belmonte, etc.
Mas o que eu sei é que, para o almoço, vamos ter "Burlhões" - uma especialidade local, muito parecida com os "Maranhos" da Sertã. A diferença encontra-se nas ervas aromáticas que temperam estas iguarias - bucho de cabra, preenchido com carnes de caprino e arroz cozido - num caso, salsa e serpão e no outro, hortelã e coentros.

quinta-feira, junho 01, 2017

A Fonte 663


Fonte de Escada
(CASTELO BOM)

Não haverá certamente muitas fontes deste género, em Portugal - conheci outras duas ou três, mas que já desapareceram, aterradas.
Uma cisterna a céu aberto que acumulava as águas da chuva para servir de reserva aos habitantes, durante algum tempo, face a um eventual cerco do burgo.

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...