domingo, junho 18, 2006

no quarto dia


(Quinta-feira, 15 de Junho de 2006)

O desprezo não é problema!
Suporta-se bem, ou melhor, ignora-se como se fosse um normal reflexo.
Ser desprezado, acaba por não ser nada de especialmente grave: eu desprezo os pássaros que estão neste momento à minha volta aqui no jardim a chilrear – oiço, mas não me diz nada, tanto me faz, se não estivessem cá, não faria diferença nenhuma. Só não escreveria sobre eles, mais nada.
As flores vermelhas que estão a baloiçar ao sabor da brisa do sul e as abelhas que entram e saem dos cálices, com as patas cobertas de pólen amarelo, também estão incluídas no meu desprezo pelos seres que me rodeiam.
Eles vivem bem com isso e eu também. Eles não me procuram, não precisam de nada de mim...
Como eles, aprendi a viver com o desprezo: aquela flor é bem bonita e atraente para as abelhas, independentemente de eu lhe “passar cartão” ou não; o pintassilgo pousado neste raminho aqui perto de mim, está todo entretido a exibir ao sol a penugem laranja do papo e a repenicar uma cantoria, apesar de eu não estar interessado em fazer nenhuma captação de vídeo da exibição.

3 comentários:

Anónimo disse...

Un grand plaisir de te retrouver ici, Fotociclista!
Beijinhos.

Anónimo disse...

É triste saber que apesar das férias continuas com as tuas mágoas,quando é que deixas essas parvoíces e pensas só em coisas que te dão prazer, tens que educar a tua mona para só pensar em coisas muito boas,eu sei que é dificil,mas,isso só mostra que as tuas células cérebrais estão a ficar com as baterias fracas,tens que dormir,porque não praticas yoga,é muito bom para essas coisas.Um beijinho da Maria que tem estado muito mona,sem lhe apetecer falar.

Anónimo disse...

è verdade estás lá ou cá? Maria

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...