domingo, abril 02, 2006

monologamia XI


[ensaios]

Estava agora a pensar se era útil pensar nisto e chego a este ponto e mais uma redundancia de assunto. Afinal sou um cartesiano; ora merda para quem duvida das próprias dúvidas.
Hoje em dia ser cartesiano é chato, é coisa aflitiva, é bem pior é mesmo monótono, detesto-me também por isso. Não gosto daquilo que eu penso que pensam de mim erradamente, mas também não gosto daquilo que pensam (penso eu) acertadamente de mim.
Afinal não gosto que pensem em mim ou de mim e isso quer dizer que gostava de não existir (para não ser alvo de pensamento de outrem) e nesse caso ainda mais me desprezo porque essa é uma maneira de sentir do verdadeiro filho da puta (o desejo de não ter nascido) segundo diz muito bem o Alberto Pimenta no seu Discurso sobre.
Mas eu concordo com ele ou reconheço-me no que ele diz. Reconheço e recuso a minha parte daquilo que pensamos ser caraterística do filho da puta.

1 comentário:

Anónimo disse...

obrigada pelo amor perfeito, não me apetece escrever,estou na crise.DESCULPA E BEIJINHOS.

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