terça-feira, maio 16, 2006

modos do campo

Obidos
porque passei há pouco junto a uma quinta que pertenceu a Cesário Verde;
porque conheci o local no tempo em que ainda havia verdadeiras quintas por lá;
porque li alguns poemas de Cesário dedicados ao campo e à vida no campo;
porque gostei da poesia e gosto do nome dessa terra: Linda-a-Pastora.
(digo Eu)

Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
Mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas cousas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos...

Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...

(disse Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos)

2 comentários:

Anónimo disse...

Tens de deixar de ler autores maníaco-depressivos.
Cesário, Pessoa, Florbela, todos eles muitos bons, mas maus para ti.
Abre a cortina e espreita mais além.

Anónimo disse...

Por favor Gi, estás crescido demais para não entenderes que já não és nem menino nem adolescente és simplesmente um homem maduro,que teve grandes momentos na vida e agora que cresceu,não pode contar com ninguém,apenas tu e a tua consciência têm que resolver esses pequenos problemas que na tua mente são uma montanha,apenas porque nunca te aconteceu nada assim.Envelhecer é algo que quase todos teremos que enfrentar com muita dignidade,paciência,e muito amor por nós próprios.De certeza que estou aqui a escrever para o boneco,e até me podes chamar de maluca,mas, pelo menos tentei,mas, se conseguir fico muito feliz.Temos sempre que dar algo de nós pelo próximo,só assim a vida terá sentido desculpa ,mas, últimamente o ´minha massa cinzenta anda preta, já ando a tomar os comprimidos espero as melhoras.Muita força isso não é o fim do mundo,é apenas um novo amanhecer, não arrumes as botas, tenta sempre novos caminhos bei.................................................agora é que tenho que ir dormir pois que a minha neta não me dá um minuto de desculpa estou com muito sono só digo asneiras para o maluco do Gi da maluca da Maria

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...