(CASTELO DE VIDE)
O regresso do tempo em que procuro dentro de mim uma saída,
uma janela para o vida revivida, no outono que me preenche...
na falta de ar que me sufoca; até os pensamentos estrangulados,
já não conseguem fazer sentido para quem quer que os aperceba...
estou a voltar ao tempo em que escrever era preciso, para viver,
fazia-me tanta falta como comer e beber; caminhar era imperioso...
a vida não ficava à minha espera em casa; ela estava em cada esquina,
sem saber porquê, sem me avisar, todo o tempo era suposto gastar.