domingo, fevereiro 10, 2013

a ver navios 126


Este pequeno batel, acostado na margem do Tâmega, junto a Amarante, serve de mote para uma das muitas lendas de S. Gonçalo.
Certo dia de Romaria, Gonçalo havia ficado de castigo a guardar o milho que secava na eira, enquanto seus pais iam para a festa.
À saída, seu pai, Gonçalo Pereira, recomendou ao barqueiro: «se o filho aparecesse por aquelas bandas não o atravessasse, sob pena de ter de se haver com ele no regresso.»
Ainda o barqueiro não tinha acabado de coçar o queixo já Gonçalinho, rapioqueiro, lhe pedia para atravessar. Negação imediata do barqueiro; novo pedido; nova negação.

Gonçalinho pensativo, olhou o céu, o rio, o barqueiro e, num repente, tirou a capa que trazia pelos ombros, lançou-a à água, sentou-se nela e, com um cajadinho que sempre o acompanhava, remou até à outra margem, para espanto do barqueiro, que não queria acreditar no que estava vendo.
Foi à festa e voltou atravessou o rio da mesma maneira: sentado na capa e a remar com o cajadinho.

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