Nenúfares na Mata de S. Domingos de Benfica
Quando fotografava estas Flores de Lótus que encerravam as pétalas com o aproximar do por do sol, ouvi coaxar uma rã, que vislumbrei ali à minha direita, em cima de uma folha de nenúfar.
Naquele momento e local tão propício ao romantismo, em vez de me lembrar de um poema, veio-me à memória um estúpido e chato problema de programação de computadores.
Era assim:
«Uma rã quer atravessar um lago de largura L, para alcançar um delicioso insecto que pode vir a ser o seu almoço. Para isso, em vez de nadar, optou por saltar sobre os N nenúfares indicados cada um pelas suas coordenadas (Xi, Yi), até à outra margem.
Porém, a rã só consegue saltar de um nenúfar para outro se a distância entre eles for menor ou igual a D cm. Além disso, de cada vez que dá um salto, a rã perde alguma energia. De facto, por cada salto maior que metade da sua capacidade máxima de salto S, a rã gasta 1 caloria.
A gulosa, inicia a travessia exactamente com E calorias de energia armazenadas no corpo, pelo que se necessitar de fazer E saltos mais longos do que a metade da sua capacidade de salto, o seu nível de energia atinge o zero e lá se vai o almoço.
A tarefa é descobrir o caminho que leva a rã até à outra margem com o mínimo número de saltos possível.
Ora bem, tendo em atenção que a distância entre dois pontos (Y1, X1) e (Y2, X2) é dada pela raíz quadrada de [(Y1-Y2)2 + (X1-X2)2], e que... enfim não vale a pena pensar mais nisso porque entretanto a libelinha do almoço já se pirou.»
1 comentário:
há tanta vida num paul que fica sempre cativante observar. Cumprimentos
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