quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Alvorada
E de súbito um corpo!
Alvorada sombria,
Alvorada nefasta envolta nuns cabelos...
Eram negros e vivos. Quem sofria, só de vê-los?
Eram negros e vivos como chamas.
Brilhavam, azulados sob a chuva.
Brilhavam, azulados, como escamas
De sereia sombria, sob a chuva...
Veio cedo de mais a trovoada;
O vento me lembrou, de quem eu sou.
Alvorada suspensa!
Contemplada por alguém que chegou a uma sacada
e à beira da varanda vacilou.
(David Mourão Ferreira)
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1 comentário:
Lindo o poema do David. Bela a foto. Lindo o sentimento.
Beijinho
Maria
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