sábado, maio 05, 2007

a Faina


A faina já não é o que era
Os barcos estão parados
Continuam p’rali à espera
De um patrão e contratados

Com as botas p’los joelhos
Vão lançar ao largo no mar
As redes, bóias e aparelhos
Para peixe e polvos apanhar

Fiapos de algas verdes coladas
Na tez morena, tisnada do sol
E curtida pelas brisas salgadas,
Brilham na noite à luz do farol.

Se a chuva forte cai a rodos
Fustigando de lado as vidraças
Ai, o perigo é igual para todos,
Não sentem diferença de raças.

A bordo todos são como irmãos
Do mais velho até o mais moço
No mar lavam a cara e as mãos
E também as panelas do almoço.

(Ericeira, Maio 2007)

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