domingo, maio 11, 2008

sem fim


Tempo de repensar a passagem do tempo.
Tudo o que se pensa, o que se escreve, o que se diz, não é nada. Tudo o que se sente, o que parece que não se sente, o tempo que passa por cima de nós, não é nada. O tempo que nos precede desde sempre e que, recuando, nos alcança, para nos perseguir e ultrapassar a todo o momento, é impossível.

O tempo é tudo, mas não é nada que se possa definir.
É impalpável, é invisível e transcendental; mas é subjectivo e simultaneamente impessoal; é incomensurável pois não podemos dizer ao certo, nem de perto nem de longe, quando começou nem quando vai acabar, se acabar - será que o tempo, vai terminar, alguma vez?

Acabar, parar - como parar o tempo que é imparável.
Quando, no fim do tempo, depois de tudo, quando não houver mais nada, o que fcará? No fim em que tudo volta a não ser, quer dizer volta ao nada; tudo volta a ser igual ao princípio quando, ainda não era.
Antes de ser, era o quê, então, o tempo?
Antes de começar, como era? Onde estava guardado, escondido, fechado, à espera de começar a ser? Ser o quê? E quando começou, como foi; como dizem as sagradas escrituras, que "no princípio era o verbo..", mas qual princípio, quando começou a contagem? E o que havia antes do princípio, antes de começar o tempo..?

Eu acho que o tempo é infinito,
Não tem princípio nem fim.
E se nem todos pensam assim,
Para mim, é igual ao litro.

Sem comentários:

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...