sexta-feira, maio 02, 2008
ou nada
Tudo ou Nada
enquanto não chega
o tempo fica parado
à espera num espaço
fora de todos os lugares
a fuga do pensamento
ao sabor dos ventos
livre do desprazer
acumula o cansaço
no fundo dos algares
no escuro, encerrado
o depósito de mágoa
por cima, o desalento.
uma leve esperança
agita os sentimentos;
escuta: parar é morrer!
dentro duma frágua
num fogo que dança
a emoção incendiada
remexe na memória
à procura de nada
nas cinzas história
da justiça que é cega.
(O Outro Eu - Maio, 2008)
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