Capela da Misericórdia, Arouca
«Dizei-me se, entre tantos votos religiosos de reconhecimento que vedes cobrindo por completo as paredes das igrejas, já vistes pendurados um único de reconhecimento por cura milagrosa de loucura?
Decerto que não: os homens não costumam importunar os santos para obter uma graça dessa natureza.
Eis porque, enquanto se vêem, suspensos dos altares, ex-votos relativos a toda a espécie de graças recebidas, nenhum se encontra, todavia, que se refira a um caso curado de loucura.
Ora, bem vedes que ninguém deu graças a Deus, ou à Virgem, ou a qualquer santo, por ter recuperado o juízo.»
("Elogio da Loucura" - Erasmo de Rotterdão, 1509)
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