Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti eu possa buscar o sentido dos sentidos, o sentido da vida.
Procura-me com os teus antigos braços de criança, para desamarrar em mim a eternidade, essa soma formidável de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram.
Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor.
Abraça-me. Uma vez só. Uma vez mais.
Uma vez que nem sei se tu existes.
(Joaquim Pessoa, in "Ano Comum")
1 comentário:
Bicho
Bela foto, belo texto, digno de quem o escreveu. Gosto muito do Joaquim Pessoa.
Abraço grande
Maria
Enviar um comentário