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Chamar-te a ti, Lisboa, camarada,
e depois, eu sei lá, enlouquecer.
Que a loucura é quase um grão de nada
e tu tens um nome de mulher.
Ou dizer que és a minha namorada.
Devagar. Não vá alguém saber
que fizemos amor de madrugada
e tu trazes um filho por nascer.
Se eu inventar de noite a liberdade
de poder beijar-te os olhos e morrer,
no teu ventre não há fado nem saudade
mas apenas os filhos que eu fizer.
E pode ser que eu guarde a tempestade
de ter que aqui ficar. E então dizer
que sobre a minha boca ninguém há-de
pôr rosas de silêncio, se eu quiser.
(Joaquim Pessoa)
4 comentários:
Para saber: o Joaquim Pessoa, é um Poeta do Barreiro. É da minha idade e quando o conheci era um verdadeiro Barreirense - vermelho.
Escreve sobre ti para te conhecer melhor,mas por favor não mintas.
mentira???
Não se pode responder a um anónimo, não é Gigi?
Quim
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