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Um homem na cidade
Agarro a madrugada
como se fosse uma criança,
uma roseira entrelaçada,
uma videira de esperança.
Tal qual o corpo da cidade
que manhã cedo ensaia a dança
de quem, por força da vontade,
de trabalhar nunca se cansa.
Eu sou o homem da cidade
que manhã cedo acorda e canta,
e, por amar a liberdade,
com a cidade se levanta.
Algumas estrofes de um poema que evoca a vida, a liberdade e a esperança na minha cidade, Lisboa, O grande poeta do século vinte, Ary dos Santos, escreveu e um grande fadista, Carlos do Carmo, cantou.
E recordo agora com saudade, que tive o previlégio de conhecer pessoalmente, tanto a um como o outro, no auge das suas carreiras, nos anos 70 - era o tempo em que eu (trabalhador da RTP / estudante universitário e fotógrafo nas horas vagas) era assíduo frequentador das noites do "João Sebastião Bar".
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