terça-feira, dezembro 07, 2010

Descontrolo


E o tempo corre suavemente como o vento ligeiro em dia morno de Outono
A amargura impera nos sentimentos que estão ao de cima e atravessa o íntimo pensamento de que não consigo livrar-me
A muito custo vou desviar-me dos escolhos semeados à toa, sem alinhamento, sem qualquer propósito, que não seja o de me transtornar a marcha, lenta ainda assim, através da maldita rampa inclinada para os abismos da consciência que me perturba o raciocínio, incoerente na fala, inconsequente nos propósitos


Mal, em tudo mal, nos actos carregados de responsabilidade rejeitada


Meu ver de todo enevoado, de tudo distanciado, da realidade refugiado, em cima de nada apoiado,
Esperança relegada para nunca mais, ora esperançosa do mais ínfimo momento de bem estar


Não encontro sossego em mim, nem à volta de mim, nem nada, nem antes, nem depois, nunca, nem pode ser ou vir a ser…
E a depressão preenche praticamente todo o espaço interior, não deixando lugar para qualquer coisa que fique para além da solidão


A razão embutida pelas emoções negativas, acima de tudo, inquietantes, permanentemente no controlo do corpo que já nem sei como ainda não soçobrou, tão açoitado tem sido, pela agrura dos tempos recentes

Sem comentários:

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...