Respiro ainda, movo-me, caminho, removo-me de um lugar para outro onde pouso, todavia sem repouso
Voltam-me à lembrança palavras antigas, quase tão antigas como a minha escrita sentida
- «percorro fustigado na desesperança do nada um caminho de sépalas desprovido…»
quando na tarde calma da cidade quente, Domingo de férias, caminho indolente pelo meio da gente, em direcção ao passado que já não quero encontrar em nenhum lugar, porque tenho medo, sinto-me incapaz de afrontar a mudança.
Tudo em mim está de pernas para o ar e o mundo olha-me de cara à banda
Aos meus pés passam linhas invisíveis de vermes inchados de preconceitos assimilados, mal digeridos
Ah, que vontade de vomitar os restos do meu ser que se alimenta de paisagens de lugares de outro tempo, de outras vidas
Ah que falta de vontade de viver outra vez a mesma vida, não…
1 comentário:
Gostava de sentir que alguns
pensamentos aqui postos, me são
completamente indiferentes.
Controlar as memórias e encontrar
um caminho harmonioso para o presnte, não é fácil!.
M.Júlia
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