Numa rua pouco frequentada do centro histórico de Sintra,
escondida num recanto da parede lateral da Igreja de S. Martinho.
Ao mergulhar nas ondas de água quente, abri os olhos, como é meu costume, e vi...E era um bikini pequenino às bolinhas amarelas, tão pequenininho que mal cabia nela...
vi as cores voltarem aos seus lugares habituais na natureza - as algas verdes e castanhas riscando o fundo de areia mesclada de iridescências madrepérola dos fragmentos de pequenas conchas;
vim ao de cima e vi aparecer do nada uma faixa de céu azul anil que pousou sobre o verde escuro das copas dos pinheiros mansos no cimo da falésia que bordeja a praia;
vi as flores amarelo-esverdeadas e rosa-pálido dos chorões que se arrastam pela acentuada inclinação das escarpas de pedra de areia recortada pelos sulcos escuros de antigas correntes de água da chuva;
mergulhei outra vez e vi... aquela inglesa jeitosinha de pele bem rosadinha, típica dos seus primeiros dias de praia do Algarve; e ela tinha um bikini.
Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...