como estou aqui
na beira-rio
ao sol da manhã:
- espero a mudança
da maré!
sozinho, calado,
sentado ao sol
armazem de calor:
- espero a sombra
dos dias!
aquecido por fora
em fogo brando
requentado por dentro:
- espero pelo fim
do dia!
vou ficar talvez,
olhos fechados
pensamento parado:
- espero que passe
a vontade!
a vontade
de sair desta terra
para outro lugar
para outro mar
para longe
fugir daqui:
- pois, mas para quê,
fugir, de quê?
de mim... não consigo fugir assim.
na beira-rio
ao sol da manhã:
- espero a mudança
da maré!
sozinho, calado,
sentado ao sol
armazem de calor:
- espero a sombra
dos dias!
aquecido por fora
em fogo brando
requentado por dentro:
- espero pelo fim
do dia!
vou ficar talvez,
olhos fechados
pensamento parado:
- espero que passe
a vontade!
a vontade
de sair desta terra
para outro lugar
para outro mar
para longe
fugir daqui:
- pois, mas para quê,
fugir, de quê?
de mim... não consigo fugir assim.
2 comentários:
Bicho:
Fugir para quê se levamos connosco, todas as incertezas, dúvidas, angústias, lembranças e saudades?
Mais vale ficar e reaprender a viver com isso tudo e com aquilo que temos de bom; os companheiros, os filhos, os netos, os amigos.
Desejo que tenhas tido um bom dia de anos.
Beijo
Maria
É claro, Maria... não há outra maneira; vamos ficando por cá, mais ou menos acompanhados;
fugir de nós próprios, só (talvez)através da insanidade se consegue.
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