À entrada (ou saída) da aldeia de "Covas do Ferro"
(freguesia de Almargem do Bispo)
Eu tenho algum receio de melindrar os genuínos sentimentos bairristas dos habitantes desses lugares, por isso digo que este é apenas mais um fontanário dos muitos que existem por todo o Concelho de Sintra.
Alguns, na verdade, se poderiam classificar como sendo um bocadinho pirosos, foleiros ou mal enjorcados - isso depende do ponta de vista estético do apreciador - mas uma coisa é certa, eles servem muito bem a função para que foram construídos muitas vezes graças aos esforços e boa vontade de pessoas simples do lugar.
Aqui mesmo, neste sítio, lembro-me bem de já ter parado por duas vezes, lavar as mãos e beber água.
(freguesia de Almargem do Bispo)
Eu tenho algum receio de melindrar os genuínos sentimentos bairristas dos habitantes desses lugares, por isso digo que este é apenas mais um fontanário dos muitos que existem por todo o Concelho de Sintra.
Alguns, na verdade, se poderiam classificar como sendo um bocadinho pirosos, foleiros ou mal enjorcados - isso depende do ponta de vista estético do apreciador - mas uma coisa é certa, eles servem muito bem a função para que foram construídos muitas vezes graças aos esforços e boa vontade de pessoas simples do lugar.
Aqui mesmo, neste sítio, lembro-me bem de já ter parado por duas vezes, lavar as mãos e beber água.
7 comentários:
Piroso, é apelido. Se eu tivesse de olhar duas vezes para isto, fugia.
Aliás, vou fugir, para o por-do-sol da Porcalhota.
É triste, mas é lindo.
Bom fim de semana.
Maria
Concordo que não é a construção mais inspirada que já vi na vida, mas não fará mais sentido olhar para estas três qualidades com um certo carinho (em vez, apenas, de um certo horror estético)?
Como é visível na imagem, esta fonte data dos anos 60.
Ainda que não procurando reminiscências bafientas de qualquer género, esta fonte (como as restantes também aqui retratadas, todas da mesma época) foi construída numa altura em que dominava o associativismo, a 'união' para garantir a 'força' - cada um dava à 'terra', para a construção da fonte, aquilo que tinha: a areia, os tijolos, a mão-de-obra, as sobras da pedra,... Apesar da sua pobreza visual, estas fontes têm o seu valor noutros campos. Ainda hoje, a sua manutenção é feita pelas pessoas da 'terra' e não por algum organismo oficial.
Pirosa? Provavelmente.
Foleira? Talvez.
Mal enjorcada? É capaz.
Genuína e marcador cultural inconfundível? Definitivamente.
=) *
PS - Freguesia de Almargem do Bispo, na qual se inserem, entre outras, a localidade de Negrais e Covas de Ferro.
O amigo "Cova-ferrense" tem a sua razão - e é forte.
Conheci muito bem toda a região nos anos 60, quando ainda existia a "carreira" da Sintra Atlântico que ia de Lisboa a Almargem do Bispo.
Além da geografia desses lugares, que então ficavam no fim-do-mundo, também conheci de muito perto as gentes e confirmo aquilo que o amigo diz sobre a "voluntariedade" do povo.
Estes "posts" de fontes nem sempre fazem apreciação estética das construções - por vezes calha.
Aquela fonte deve ter sido construída pelo teu pai e tu pelo Luis de Camões , tal é a tua foleirisse.
Não estou de acordo com o comentário anterior.
Apesar de tudo, não o vou eliminar. Faz falta um pouco de decondescendência.
Concordo contigo. Realmente vir de Magoito para a zona rural dizer mal do que outrora as pessoas construiram com sacrificio ... Faz um favor à comunidade cibernauta e apaga mas é o teu blog ...
O Magoito não é p'ráqui chamado, mas até podia ser, se tivesse pelo menos uma fontezita que valesse a pena fotografar.
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