Tarde, tarde, o dia esvai-se, no tempo
o relógio vai parar durante a noite,
mais uma noite desligado, à espera
de recomeçar a contagem de mais um dia
mais algumas horas que eu vou passar
não sei como, e ainda não sei onde..?
Não vou dizer onde ando,
Nem sequer onde estive.
Porque há gente que vive,
Por aí me atormentando.
Por muito que eu queira,
Denunciar o mandante
Que pagou ao meliante,
Não encontro maneira.
Dizem que eu devia contar...
Que podia, tudo descrever...
Mas eu nada estou a fazer.
Ainda não consigo divulgar.
Desconfio do que (des)conheço...
Pode haver alguém à espreita,
Numa esquina do caminho,
Por onde já não vou passar.
Mas já é tarde para recuar.
Não se pode diluir em vinho,
O mal que esta vida enfeita.
Afinal, é isto o que mereço?
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