domingo, janeiro 20, 2008

Versejar ao Luar



Seis e meia da tarde, parece noite,
apesar do ver bem o caminho,
à luz de uma "lua-quase-cheia",
já é tarde para andar de bicicleta.
Vou arrumar as rodinhas e
sentar-me aqui, no paredão,
(sitting on the doc of the bay...)
à beira-rio a fazer versos à lua.
Mas, fazer versos para quem?

Para, quem não os pode ouvir,
para quem não os quer ler?!!
- Então não... isso,
fica para outra vez,
lá para o dia de São Nunca.
Vou mas é embora para casa,
solidão por solidão, lá,
sempre estou menos sòzinho,
quero dizer, falo sòzinho,
à mesma, mas pelo menos,
estou bem acompanhado.
..

Tempo perdido a escrever
versos com rima forçada.
Para quê, se ninguém vai ler,
o que a gente sente, é nada.

Assim, vou dizer uma quadra,
em poesia seca, uma merda;
se a quem ler lhe desagrada,
tá bem, não é grande perda.

Ó lua que vais tão alteada,
redonda como um tamanco.
Ó Maria, traz cá a escada,
qu'eu não chego lá c'o banco.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não brinques com a poesia
Tu és poeta, não mintas.
Inda que queiras brincar
Nunca escondas o que sintas.
Maria

Poema Esquecido

Praia Grande, Sintra Ao captar esta imagem, criei uma poesia. Decerto, inebriado por um momento de solidão, em que me senti inserido na pai...