Arco do Bandeira.
Quem seria "o tal Bandeira" que deixou o nome ligado para sempre à cidade de Lisboa?
Sempre que passo por aqui fico a pensar:
Há coisas materiais, que ficam, no mesmo lugar, mais ou menos inalteradas,
por muito e muito tempo;as pessoas vão andando, vão passando, vão desaparecendo, vão mudando, vão-se renovando os olhares viventes;
há coisas, como aquela pastelaria da esquina da Av. da República, ao Campo Pequeno, que desaparecem no tempo e no espaço da vista dos vivos; a gente vai andando, a gente passa e de repente... já lá não estão, mudaram; o tempo mudou as coisas.
Mas a gente ainda consegue ver as coisas que já lá não estão!
As coisas que já não existem, afinal existem de muitas formas dentro d'a
gente!
Até que, a gente se vai, desaparece, e com isso se perdem definitivamente as coisas que já não existiam.
2 comentários:
As coisas que já não existem, mas que nós ainda conseguimos ver com a nossa memória, ás vezes até é bom. Mas se isso acontece com as pessoas que já desapareceram, então é o ficar só, é o desespero, é quase a loucura.
Este anónimo precisa de umas cargazinhas positivas,pois lá vão:Com as pessoas que já desapareceram,ficam as boas lembranças,os cheiros,as vozes,a imagem final,nunca devemos desesperar e sentirmo-nos sós,pois que quase sem sentir elas estão até mais perto talvez numa flor, num passaro,sentadas ao nosso lado,as pessoas nunca morrem nos corações dos que as amam. Quanto a este arco passei lá vezes sem conta pois que o meu pai trabalhava nesta rua e eu ia sempre almoçar com ele,por um acaso é uma coisa que marca muitas vidas,de agora e de outrora ele já tem muitos anos e está ali quase na mesma apesar de tudo,Beijinhos da Maria
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