Quando as coisas não correm na medida dos nossos desejos, muito contribuirá para o nosso contentamento pensarmos nas coisas agradáveis e encantadoras que nos pertencem;
na mistura, o melhor eclipsa o pior.
Quando os nossos olhos são ofuscados pela claridade excessiva, nós acalmamo-los olhando para a verde relva e para as flores;
todavia, mantemos a mente absorta com o que é penoso e forçamo-la a remoer sem trégua os vexames, desviando-a violentamente de pensamentos mais reconfortantes.
Plutarco, "Do Contentamento"
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