quinta-feira, março 01, 2007

Outras Rodas do Tempo



No número vinte e sete, entrei, já não sei porquê.
Era preciso, pensei? Ao acaso, trambulhando no caos... passei por tudo e por nada.
Não me lembro de cair, levantar, rastejar, comer o pó feito lama, molhada com lágrimas de alegria, jorrando de uma fonte de juventude.
No odor estival das flores das tílias, recordava a cascata de pedra-pomes, pingando humidade dos liquenes que bordejavam as frestas de onde assomavam inquietos os olhos das salamandras. Da impenetrável escuridão de uma cave soltavam-se os bramidos de um predador.
Por cima da luz, ressoava o esbater de poderosas asas de uma ave de rapina pairando em círculos, por cima de uma vida que se transformava.
A permanente metamorfose que está na origem das vidas da vida. Porque a vida se manifesta de diversas maneiras vivas e porque as diferentes formas de vida se chamam vidas.
Na filosofia, aprendemos que há dois conceitos fundamentais que é preciso conhecer acerca de todas as coisas:
  • a origem, quer dizer, de onde vem, onde começa, uma coisa e
  • a natureza, de que é feita ou de que se compõe uma coisa.
Pois bem, da vida sabemos explicar a origem.
Mas, e qual é a natureza da vida?

2 comentários:

Anónimo disse...

A natureza da vida somos nós que a fazemos,para bem e para mal.Maria

Carla D'elvas disse...

a vida é sempre o limite...
vive-a c serenidade e de sorriso no rosto :)
afinal, o sorriso é sempre o cartão de visita dos inteligentes!
a primavera, está a bater á porta e c ela td fika c outro colorido!
BOA VIDA com mts SORRISOS sempre :)

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