Na minha infância,
as brincadeiras alternavam entre o Chafariz da Porcalhota e este outro no pequeno jardim fronteiro à casa da minha Avó, no Livramento (freguesia da Azueira no Concelho de Mafra).
A pedra do bordo deste chafariz, foi polida por mim, milhares de vezes esfregada, pelas minhas mãos, pelos meus calções, pelas solas das minhas sandálias, enquanto brincava às escondidas ou à apanhada, com o meu primo Luis Fernando e outros putos da aldeia.De manhã, de tarde e às vezes, até tarde, nas quentes noites de Verão, em que caçava os grilos que se escondiam, por entre as folhas caídas, no fundo do tanque, que, se bem me lembro, nunca teve água.
Lembro-me especialmente de um miúdo, chamado Quirino, que por ironia, além de ter um nome pouco vulgar, sofria ainda de um defeito na fala que não lhe permitia dizer os Quês.Ainda por cima, o puto (Qu)irino era neto da vizinha (Qu)inhas.
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