Ao olhar para esta fotografia que tirei por acaso, sem querer, logo, logo na minha mente, escrevi (apenas mentalmente - não converti em texto legível) um longo monólogo, dissertando sobre as vidas que, ao longo de nossas vidas, se vão, ora entrecruzando connosco, ora seguindo caminhos paralelos, mais próximos do nosso ou afastados... o telefone, o "smartphone", a televisão, a "internet", a notícia, a informação, os factos, a realidade palpável, a realidade virtual, a História, o Conhecimento, a verdade, a simulação, as emoções, a Tolerância, a irreverência, a Liberdade, a imaginação e a força de vontade que não tenho para continuar a escrever alguma coisa com jeito... "bolas", 70 anos - quase 71 - só penso que vou (ou estou) a caminho dos 80... "uma gaita", mais dia menos dia, não digo coisa com coisa e arrisco-me a passar mais tempo a olhar para trás, revivendo memórias do que vivendo a actualidade que me rodeia... mas talvez não, porque ainda gosto de viajar, conhecer coisas novas (para mim), ver outros lugares, passar pela vida de outras gentes, algures, onde quer que vá... ora bem, seja lá o que for, eu por cá vou andando até onde quando, o tempo o dirá!Pensei reler o texto para revisão, mas desisti face a uma dificuldade semelhante à que enfrentei ao tentar ler alguns livros do ("Nobel") Saramago.
segunda-feira, novembro 04, 2019
Imagem de Vidas
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2 comentários:
O texto não precisava de revisão, está bem escrito e diz
algo que tem a ver com o caminho da nossa existência.
Gostava de ainda ter 70 anos, mesmo sózinha ainda ia até
à Régua, ao Porto, a Vila Real, digamos mesmo com alguma
energia. Tenho menos um ano do que José Mário Branco que
já cá não está.Cada vez mais limitações de vária ordem
que ainda não tinha há poucos anos. Não sou nada
positiva e vejo esta parte final da vida uma tristeza.
Continue com as suas viagens, pois na minha opinião
ajudam a passar o tempo e alargam horizontes.
Uma grande tristeza, a partida do J. Mário Branco.
Ele, com a sua música, estará para sempre ligado
à intensa actividade social e cultural de uma década
da minha vida - entre os 20 e os 30.
É triste, sem dúvida, o Inverno da vida humana.
Não concordo com os eufemismos do estilo
"envelhecer é um privilégio, é isto e mais aquilo e etc..."
é uma "gaita", acho eu.
Enfim, vivemos o quanto podemos, e é tudo.
Boas melhoras, para si.
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