Estava eu muito quietinho, concentrado a fotografar este cálice de "Madre-Silva" (um arbustro silvestre, comum na nossa terra, cujo aroma intenso, eu gosto especialmente) quando o "tlãooooo" do sino da Igreja de Colares, ali mesmo por cima da minha cabeça, me sobressaltou.
Com o sino a tocar não consegui fotografar.
Com o sino a tocar não consegui fotografar.
Enquanto esperava, aquele ecoar das badaladas pelo vale abaixo, foi-me transportando no espaço e no tempo para uma outra aldeia saloia, terra de meus Avós, não muito longe desta, onde eu passava as minhas férias de Verão, naquele tempo em que se chamavam as Férias Grandes.
Sino, coração da aldeia.
Coração, sino da gente.
Um, a sentir quando bate,
Outro a bater quando sente!
(António Correia de Oliveira)
Sino, coração da aldeia.
Coração, sino da gente.
Um, a sentir quando bate,
Outro a bater quando sente!
(António Correia de Oliveira)
1 comentário:
Bicho:
Um sino a tocar numa manhã
Uma quadra de Correia de Oliveira
Um cheiro a Madre Silva ou hortelã
Lembra a nossa infância toda inteira.
Maria
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