Sem Título
Indicai-me um outro caminho,
uma vereda ou um carreiro,
mas um percurso diferente,
porque neste por onde vou
escorregando sem controlo,
não tem nas áreas de repouso
nada que me sirva de consolo
para o recobro das energias...
Uma alternativa, um desvio,
uma mudança de direcção,
que já não consigo escolher,
não arrisco, não sou capaz,
pois não acerto nunca.
Sempre a direcção errada,
só completos falhanços.
Basta uma luz no fim da estrada
para me orientar e prosseguir,
andando, com o sentido no futuro.
(sem Nome, em Lisboa e em todo o lado, sem Data)
Indicai-me um outro caminho,
uma vereda ou um carreiro,
mas um percurso diferente,
porque neste por onde vou
escorregando sem controlo,
não tem nas áreas de repouso
nada que me sirva de consolo
para o recobro das energias...
Uma alternativa, um desvio,
uma mudança de direcção,
que já não consigo escolher,
não arrisco, não sou capaz,
pois não acerto nunca.
Sempre a direcção errada,
só completos falhanços.
Basta uma luz no fim da estrada
para me orientar e prosseguir,
andando, com o sentido no futuro.
(sem Nome, em Lisboa e em todo o lado, sem Data)
1 comentário:
Bicho: Há um fado muito antigo, de que não me lembro o auor, que diz:
Quiz dar-me Deus, um fado, um rumo, uma estrada,
Caminhos, eu sei lá, aqueles que me deu,
Quiz dar-me Deus esperança, e em tudo fui errada,
talvez porque troquei o seu fado pelo meu.
De tudo o que passou, ainda resta acesa
a chama da saudade, fogueira já no fim.
E nada vale a pena, resta-me esta certeza
daquele destino errado traçado para mim.
Também me sinto assim às vezes. Depois, uma flor, uma fonte, uma paisagem bela, uma palavra amiga e, tudo volta ao lugar.
Maria
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