"Sete, vira a folha ao canivete".
Esta espécie de rima, fazia parte de uma lenga-lenga muito em voga nos putos da escola da minha infância.
Não sei o que era virar a folha a um canivete, mas também nunca quis saber. Nunca perguntei a ninguém qual era sentido da coisa, nem eu nem os outros putos.
Brincar! Essa era a prioridade, o nosso objectivo de vida, no imediato - a curto e a médio prazo.
Quanto a coisas a longo prazo, projectos a perder de vista num futuro longínquo, mais ou menos duvidoso, incerto, era complicado imaginar - o tempo não chegava para tudo.
Quando muito, algumas histórias aos quadradinhos ajudavam-nos a abrir um pouco as cortinas do futuro e dar uma espreitadela para o lado de lá.
"Emílio Salgari, Condor, Cavaleiro Andante, Mandrake", publicações em banda desenhada de histórias e novelas de autores de ficção científica, como Júlio Verne.
Bem, pois era, e então? Até aqui, já todo o mundo sabe, já muita gente escreveu. Esta conversa era para dizer mais o quê? Não sabem? Nem eu! Amanhã, que é oitro dia, talvez...
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