Vizinha que estás à janelaEspreitando para a ruaA ver um carro a chegar.Manda calar a cadela.A estúpida está com a luaE não pára de ladrar!
Instantâneos e impressões de viajante
Vizinha que estás à janelaEspreitando para a ruaA ver um carro a chegar.Manda calar a cadela.A estúpida está com a luaE não pára de ladrar!
Praia Grande, Sintra
Ao captar esta imagem, criei uma poesia.“Diante da vastidão do tempo e da imensidão do espaçoé uma alegria para mim partilhar uma época e um planeta com você.”Carl Sagan
Praia das Maçãs, Sintra
Acontece por vezes, após uma noite de mar agitado, com ondas alterosas fustigadas por ventos fortes e sabe-se lá que mais outras condições são necessárias para resultar na produção de tão grande aglomerado de espuma do mar, na orla marítima.
Pois bem, a selecção musical que os auscultadores vão injectando directamente no meu cérebro, provoca-me um estranho estado de alheamento do que me rodeia, inebriando todos os meus outros sentidos, consegue exacerbar a sensibilidade virada para o interior - resultado, a nostalgia tomou conta do momento, capturou o meu tempo algures no espaço.
Foi então que me senti regressar ao tempo em que fazia, com prazer, algum esforço mental (ou intelectual) para escrever - por vezes alguma coisa relacionada com um momento, com um estado de espírito, com uma memória ou, simplesmente uma descrição de sentimentos destilados, quero dizer extrovertidos - o olhar perdido mergulhando numa fotografia.
Muito tempo sem escrever - sinto que preciso, devo continuar, ainda que em esforço… amanhã talvez...
Que impressão! Um sentimento exacerbado de solidão. Mais nada.
Perscruto o ambiente e, na rua apercebo apenas o silêncio fechado.
As chuvas de primavera são muito bem vindas:
estas águas fazem falta nos campos e nas cidades;
elas vão amaciar a terra antes de ser lavrada para as sementeiras;
e vão engrossar o caudal dos ribeiros e preencher as charcas
e outros reservatórios de água utilizada nas culturas de regadio;
a água corrente há-de lavar as ruas, as estradas e as paredes exteriores das casas;
vai fazer descolar do alcatrão das estradas aquela película de borracha dos pneus
e de gasóleo queimado pelos motores dos automóveis.
Deu resultado, quem diria, a minha experiência em doçaria caseira.
A receita mais simples que encontrei na Net,
foi a que me pareceu mais adequada às minhas capacidades.
Misturam-se, por ordem, todos os ingredientes na batedeira,
e com dois pequenos extras da minha autoria, envolve-se muito bem e... pronto.
Após meia hora de forno, já se sente o aroma - delicioso! - na cozinha.
Apenas mais uma forma de fazer uma coisa diferente,
das limpezas, pinturas, arrumações, pequenas reparações,
rearranjos na disposição do mobiliário e decoração da casa.
Trabalhos necessários, alguns sim, outros não, mas todos indispensáveis
para manter alguma actividade física nos intervalos das refeições.
Após a minha única e breve visita à Holanda (dois dias e duas noites, em 1988),
prometi a mim mesmo, revisitar os Países Baixos, mas com estadia mais demorada.
"O prometido é devido", pensei eu quando há dois meses, estava tudo pronto e preparado para uma viagem de 5 dias.
«coisas para ver ou rever em Amsterdam: museu Van Gogh, fábrica Eineken, pontes e canais e montras do "Red Ligth District"; as feiras de queijo, os moinhos nos "polders" e os campos de tulipas nos arredores...»
Ora bem, não há certezas nesta vida - por causa do "COVID-19", foi tudo cancelado.
Fronteiras fechadas!
Viagens aéreas anuladas!
NO CONTROLO Fotografia de trabalho a marcador (edding) preto sobre papel cavalinho - 60 x 50 - perdido no tempo. Vizinha que estás à janel...